Baile Charme de Madureira: notícia no NY Times, evento criado há 35 anos é patrimônio do Rio, centro da cultura negra e já inspirou novelas
Evento reúne cerca de 5 mil pessoas por semana e faz o Baile do Branco neste sábado (4). Festa é patrimônio imaterial cultural do Rio desde fevereiro de 2013. Baile Charme do Viaduto de Madureira é destaque no New York Times Destaque no jornal The New York Times, o Baile Charme do Viaduto de Madureira reúne 5 mil pessoas a cada edição semanal e terá neste sábado (3) a primeira edição de 2025, ano em que completa 35 anos de existência. O evento que desde 2013 é patrimônio imaterial cultural da cidade do Rio já inspirou novelas, uniu casais e se tornou uma das principais referências da cultura negra carioca, com influência da música norte-americana, como destacou o jornal. O DJ Michell, que toca e atua como um dos organizadores desde 1994, destaca que o sucesso é fruto do trabalho de muita gente que se esforçou para que o baile tornasse um sucesso. A reportagem em um dos jornais mais renomados do mundo reforça o potencial turístico da festa. “É importante para a cultura do charme, como um lugar de representatividade, e por ter seu espaço reconhecido pela mídia, como já era no Brasil e, agora, no mundo”, disse o DJ. Baile Charme do Viaduto de Madureira reúne 5 mil pessoas por noite Luiz Júnior/ Divulgação/ Baile Charme do Viaduto de Madureira A primeira edição deste ano será o Baile do Branco, em que todos vestem a cor não apenas na hora da virada, mas na celebração no ano novo (veja o serviço completo no Guia RJ). A festa existe desde 1990 no Viaduto Negrão de Lima. O dia da semana é mantido desde a primeira edição. “Começou primeiro com o bloco Pagodão de Madureira e depois começou o charme aos sábados”, explicou DJ Michell. Coisa de novela Conheça o baile charme que inspirou o autor de 'Avenida Brasil' Como uma demonstração de importância na cultura pop, o baile inspirou João Emanuel Carneiro na criação dos personagens do bairro do Divino na novela "Avenida Brasil". Em uma edição especial do Globo Repórter, em 2012, o autor destacou que o espaço conta com referências que, em um primeiro momento, podem ser pensadas como uma contradição, mas que lá se completam (veja acima o vídeo do Globo Repórter ). “Eu fui ao baile charme. É muito bom, muito animado. É um baile, curiosamente, que é sensual e, ao mesmo tempo, de família”, afirmou João Emanuel Carneiro à época. Recentemente, a novela “Volta por Cima”, de Cláudia Souto, também usou o baile charme como cenário para a trama. Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, na Zona Norte do Rio, em cena da novela 'Volta por Cima' Reprodução/ TV Globo R&B com tempero carioca O New York Times destacou a influência da cultura negra norte-americana que, ao longo dos anos, ganhou um tempero do Rio de Janeiro. A mistura está na música, na dança, nas roupas e no grafite nas paredes do espaço. O DJ Michell entende o encanto que tantas pessoas dançando juntas causa em quem observa os adeptos do estilo de vida do charme. “A influência musical começou com a norte-americana, e colocamos elementos cariocas, como a dança. A galera não ensaia e acaba dançando vários passinhos”, contou o DJ. “A gente colocou o nosso tempero.” O DJ destaca que essa adaptação do estilo conta não só com as músicas, como também na dança e no estilo, fazendo com que o espaço se torne um centro criativo da cultura negra. O local conta com oficinas de dança e grafite. Romance Baile Charme do Viaduto de Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro Luiz Júnior/ Divulgação/ Baile Charme do Viaduto de Madureira O flerte tanbém tem seu espaço na festa, mas nada de acelerar o passo: “É uma sensualidade com respeito. O baile do viaduto é um baile da era romântica. Você flerta de maneira diferente, não é desrespeitoso, é um flerte pelo olhar, pela conversa”, afirma o organizador. Michell revela que vários casais já se formaram debaixo do Viaduto Negrão de Lima e ele mesmo é um exemplo. Foi lá que conheceu a mulher, Lhidiane, com quem está junto há 20 anos e teve um filho, hoje com 8 anos. A criança ainda não frequenta o baile, mas mostra interesse, já tirou fotos e participou de oficinas. É o Baile Charme do Viaduto de Madureira já formando sua nova geração.
Evento reúne cerca de 5 mil pessoas por semana e faz o Baile do Branco neste sábado (4). Festa é patrimônio imaterial cultural do Rio desde fevereiro de 2013. Baile Charme do Viaduto de Madureira é destaque no New York Times Destaque no jornal The New York Times, o Baile Charme do Viaduto de Madureira reúne 5 mil pessoas a cada edição semanal e terá neste sábado (3) a primeira edição de 2025, ano em que completa 35 anos de existência. O evento que desde 2013 é patrimônio imaterial cultural da cidade do Rio já inspirou novelas, uniu casais e se tornou uma das principais referências da cultura negra carioca, com influência da música norte-americana, como destacou o jornal. O DJ Michell, que toca e atua como um dos organizadores desde 1994, destaca que o sucesso é fruto do trabalho de muita gente que se esforçou para que o baile tornasse um sucesso. A reportagem em um dos jornais mais renomados do mundo reforça o potencial turístico da festa. “É importante para a cultura do charme, como um lugar de representatividade, e por ter seu espaço reconhecido pela mídia, como já era no Brasil e, agora, no mundo”, disse o DJ. Baile Charme do Viaduto de Madureira reúne 5 mil pessoas por noite Luiz Júnior/ Divulgação/ Baile Charme do Viaduto de Madureira A primeira edição deste ano será o Baile do Branco, em que todos vestem a cor não apenas na hora da virada, mas na celebração no ano novo (veja o serviço completo no Guia RJ). A festa existe desde 1990 no Viaduto Negrão de Lima. O dia da semana é mantido desde a primeira edição. “Começou primeiro com o bloco Pagodão de Madureira e depois começou o charme aos sábados”, explicou DJ Michell. Coisa de novela Conheça o baile charme que inspirou o autor de 'Avenida Brasil' Como uma demonstração de importância na cultura pop, o baile inspirou João Emanuel Carneiro na criação dos personagens do bairro do Divino na novela "Avenida Brasil". Em uma edição especial do Globo Repórter, em 2012, o autor destacou que o espaço conta com referências que, em um primeiro momento, podem ser pensadas como uma contradição, mas que lá se completam (veja acima o vídeo do Globo Repórter ). “Eu fui ao baile charme. É muito bom, muito animado. É um baile, curiosamente, que é sensual e, ao mesmo tempo, de família”, afirmou João Emanuel Carneiro à época. Recentemente, a novela “Volta por Cima”, de Cláudia Souto, também usou o baile charme como cenário para a trama. Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, na Zona Norte do Rio, em cena da novela 'Volta por Cima' Reprodução/ TV Globo R&B com tempero carioca O New York Times destacou a influência da cultura negra norte-americana que, ao longo dos anos, ganhou um tempero do Rio de Janeiro. A mistura está na música, na dança, nas roupas e no grafite nas paredes do espaço. O DJ Michell entende o encanto que tantas pessoas dançando juntas causa em quem observa os adeptos do estilo de vida do charme. “A influência musical começou com a norte-americana, e colocamos elementos cariocas, como a dança. A galera não ensaia e acaba dançando vários passinhos”, contou o DJ. “A gente colocou o nosso tempero.” O DJ destaca que essa adaptação do estilo conta não só com as músicas, como também na dança e no estilo, fazendo com que o espaço se torne um centro criativo da cultura negra. O local conta com oficinas de dança e grafite. Romance Baile Charme do Viaduto de Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro Luiz Júnior/ Divulgação/ Baile Charme do Viaduto de Madureira O flerte tanbém tem seu espaço na festa, mas nada de acelerar o passo: “É uma sensualidade com respeito. O baile do viaduto é um baile da era romântica. Você flerta de maneira diferente, não é desrespeitoso, é um flerte pelo olhar, pela conversa”, afirma o organizador. Michell revela que vários casais já se formaram debaixo do Viaduto Negrão de Lima e ele mesmo é um exemplo. Foi lá que conheceu a mulher, Lhidiane, com quem está junto há 20 anos e teve um filho, hoje com 8 anos. A criança ainda não frequenta o baile, mas mostra interesse, já tirou fotos e participou de oficinas. É o Baile Charme do Viaduto de Madureira já formando sua nova geração.