Em discurso de despedida, Biden deseja sucesso a Trump e fala em ameaças à democracia dos EUA

Discurso na última semana de governo é uma tradição entre os presidentes dos Estados Unidos. Biden deve fazer balanço da gestão. ARQUIVO: Biden discursa do Salão Oval da Casa Branca em julho de 2024 White House Em discurso de despedida, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desejou sucesso a Donald Trump e disse que o país enfrenta várias ameaças à democracia. A fala foi feita diretamente do Salão Oval da Casa Branca, na noite desta quinta-feira (15). Essa pode ter sido a última chance de Biden de tentar mudar a visão negativa sobre seu mandato. As últimas pesquisas indicavam que a aprovação de Biden estava em torno de 40%, com muitos americanos reclamando sobre problemas relacionados ao alto custo de vida e imigração. O presidente iniciou o discurso celebrando o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O plano que será implementado foi elaborado pela equipe de Biden. As negociações para o tratado foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito. Ao longo do discurso, Biden elencou alguns feitos da gestão e disse que pavimentou um caminho para que os Estados Unidos continue avançando. O presidente desejou sucesso a Trump, mas disse que democracia do país enfrenta muitas ameaças. "Hoje, uma oligarquia de extrema riqueza, poder e influência está tomando forma na América, o que realmente ameaça toda a nossa democracia, nossos direitos e liberdades básicos e a oportunidade justa de todos progredirem." Despedida Biden não está deixando a Casa Branca da maneira como esperava. No ano passado, ele tentou se candidatar à reeleição, mas acabou desistindo diante de pressões e preocupações envolvendo a idade avançada dele. O presidente apoiou a vice-presidente Kamala Harris na corrida à Casa Branca. No entanto, a democrata foi derrotada por Donald Trump. Agora, Biden se prepara para transferir o poder a alguém que ele descreveu como uma ameaça existencial à democracia do país. O democrata reconheceu que parte de suas promessas de campanha não foram cumpridas em uma carta aberta divulgada na manhã desta quarta-feira. "Concorri à presidência porque acreditava que a alma da América estava em jogo", escreveu Biden. "A própria essência de quem somos estava em jogo. E isso ainda é verdade." O restante da carta destacou os feitos do governo, incluindo tirar o país da pandemia de coronavírus, apoiar a indústria nacional e limitar o custo de medicamentos prescritos. O discurso da noite de quarta-feira encerra não apenas a presidência de Biden, mas também suas cinco décadas na política. Ele foi o senador mais jovem do país aos 30 anos, após ser eleito para representar seu estado natal, Delaware, em 1972. Biden tentou a presidência em 1988 e 2008 antes de se tornar vice-presidente de Barack Obama. Depois de dois mandatos como vice, Biden era considerado aposentado da política. Contudo, ele voltou ao centro do palco como o improvável candidato democrata em 2020, derrotando Trump na Casa Branca. "Em nenhum outro lugar do mundo, um garoto com gagueira e origens modestas de Scranton, na Pensilvânia, e Claymont, em Delaware, poderia um dia se sentar atrás da Mesa Resoluta no Salão Oval como Presidente dos Estados Unidos", escreveu Biden em sua carta. "Dei meu coração e minha alma à nossa nação. E fui abençoado milhões de vezes em troca com o amor e o apoio do povo americano."

Jan 15, 2025 - 22:30
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Em discurso de despedida, Biden deseja sucesso a Trump e fala em ameaças à democracia dos EUA

Discurso na última semana de governo é uma tradição entre os presidentes dos Estados Unidos. Biden deve fazer balanço da gestão. ARQUIVO: Biden discursa do Salão Oval da Casa Branca em julho de 2024 White House Em discurso de despedida, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desejou sucesso a Donald Trump e disse que o país enfrenta várias ameaças à democracia. A fala foi feita diretamente do Salão Oval da Casa Branca, na noite desta quinta-feira (15). Essa pode ter sido a última chance de Biden de tentar mudar a visão negativa sobre seu mandato. As últimas pesquisas indicavam que a aprovação de Biden estava em torno de 40%, com muitos americanos reclamando sobre problemas relacionados ao alto custo de vida e imigração. O presidente iniciou o discurso celebrando o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O plano que será implementado foi elaborado pela equipe de Biden. As negociações para o tratado foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito. Ao longo do discurso, Biden elencou alguns feitos da gestão e disse que pavimentou um caminho para que os Estados Unidos continue avançando. O presidente desejou sucesso a Trump, mas disse que democracia do país enfrenta muitas ameaças. "Hoje, uma oligarquia de extrema riqueza, poder e influência está tomando forma na América, o que realmente ameaça toda a nossa democracia, nossos direitos e liberdades básicos e a oportunidade justa de todos progredirem." Despedida Biden não está deixando a Casa Branca da maneira como esperava. No ano passado, ele tentou se candidatar à reeleição, mas acabou desistindo diante de pressões e preocupações envolvendo a idade avançada dele. O presidente apoiou a vice-presidente Kamala Harris na corrida à Casa Branca. No entanto, a democrata foi derrotada por Donald Trump. Agora, Biden se prepara para transferir o poder a alguém que ele descreveu como uma ameaça existencial à democracia do país. O democrata reconheceu que parte de suas promessas de campanha não foram cumpridas em uma carta aberta divulgada na manhã desta quarta-feira. "Concorri à presidência porque acreditava que a alma da América estava em jogo", escreveu Biden. "A própria essência de quem somos estava em jogo. E isso ainda é verdade." O restante da carta destacou os feitos do governo, incluindo tirar o país da pandemia de coronavírus, apoiar a indústria nacional e limitar o custo de medicamentos prescritos. O discurso da noite de quarta-feira encerra não apenas a presidência de Biden, mas também suas cinco décadas na política. Ele foi o senador mais jovem do país aos 30 anos, após ser eleito para representar seu estado natal, Delaware, em 1972. Biden tentou a presidência em 1988 e 2008 antes de se tornar vice-presidente de Barack Obama. Depois de dois mandatos como vice, Biden era considerado aposentado da política. Contudo, ele voltou ao centro do palco como o improvável candidato democrata em 2020, derrotando Trump na Casa Branca. "Em nenhum outro lugar do mundo, um garoto com gagueira e origens modestas de Scranton, na Pensilvânia, e Claymont, em Delaware, poderia um dia se sentar atrás da Mesa Resoluta no Salão Oval como Presidente dos Estados Unidos", escreveu Biden em sua carta. "Dei meu coração e minha alma à nossa nação. E fui abençoado milhões de vezes em troca com o amor e o apoio do povo americano."