Médicos lutam contra o tempo para salvar bebê de jovem com morte cerebral mantida por aparelhos em MT

Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, sofreu um aneurisma durante gravidez e teve morte decretada no dia 1º de janeiro. Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, teve morte cerebral após aneurisma Arquivo pessoal O caso da gestante Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, que está sendo mantida viva por aparelhos, após morte cerebral, é delicado devido o período de gestação, segundo o obstetra e ginecologista Pedro Luiz Silva, que atua na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, onde a paciente está há cerca de 1 mês. Ao g1, o profissional explicou que a idade gestacional não permitia realizar o parto do bebê, caso fosse realizado, ele não sobreviveria. Os médicos estão lutando contra o tempo para que o bebê não nasça antes do período viável e assim, garantir a saúde da criança. "Temos tentado ganhar alguns dias para que ele consiga sobreviver e diminuir a chance de ter alguma sequela devido à situação de nascer muito antes do tempo., para que tenha condições de chegar melhor na UTI", explicou. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp De acordo com o obstetra, a gestação está por volta da 26ª semana, o que é considerado um período adequado, no entanto, o bebê precisaria de todo o suporte da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo é que a criança dependa o mínimo possível da UTI e se desenvolva em boas condições de saúde. Entenda o caso Joyce está sendo mantida viva por aparelhos devido à gravidez Arquivo pessoal No dia 20 de dezembro de 2024, Joyce passou mal em Jaciara, a 148 km da capital. Ela foi para o hospital do município e após desmaiar e o quadro piorar, foi internada. Em poucos dias, Joyce foi transferida para Rondonópolis e passou por uma cirurgia. Nos dias seguintes, o cérebro dela começou a inchar, sendo necessário um procedimento médico em que parte do crânio é removido para abrir espaço para o cérebro. Apesar dos esforços dos profissionais, Joyce teve a morte cerebral decretada no dia 1° de janeiro. O marido de Joyce, João Matheus Silva, de 23 anos, contou como está lidando com a situação. "A verdade é que eu não consigo acreditar no que está acontecendo. A pior parte é saber que as crianças vão crescer sem mãe", lamentou. Joyce e João estão juntos há seis anos e vieram para Mato Grosso em busca de oportunidades de trabalho, acompanhados das duas filhas, de 3 e 7 anos. João começou a trabalhar como ajudante em uma ferrovia e Joyce trabalhava como vendedora antes da gravidez. A família agora busca uma forma de arrecadar dinheiro para enviar o corpo de Joyce para Tocantins, após o nascimento do bebê. Em nota, a Santa Casa de Rondonópolis disse que não há previsão para o parto. Gravidez com condição rara mobiliza médicos e transfusão intrauterina pode salvar bebê

Jan 21, 2025 - 18:30
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Médicos lutam contra o tempo para salvar bebê de jovem com morte cerebral mantida por aparelhos em MT

Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, sofreu um aneurisma durante gravidez e teve morte decretada no dia 1º de janeiro. Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, teve morte cerebral após aneurisma Arquivo pessoal O caso da gestante Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, que está sendo mantida viva por aparelhos, após morte cerebral, é delicado devido o período de gestação, segundo o obstetra e ginecologista Pedro Luiz Silva, que atua na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, onde a paciente está há cerca de 1 mês. Ao g1, o profissional explicou que a idade gestacional não permitia realizar o parto do bebê, caso fosse realizado, ele não sobreviveria. Os médicos estão lutando contra o tempo para que o bebê não nasça antes do período viável e assim, garantir a saúde da criança. "Temos tentado ganhar alguns dias para que ele consiga sobreviver e diminuir a chance de ter alguma sequela devido à situação de nascer muito antes do tempo., para que tenha condições de chegar melhor na UTI", explicou. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp De acordo com o obstetra, a gestação está por volta da 26ª semana, o que é considerado um período adequado, no entanto, o bebê precisaria de todo o suporte da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo é que a criança dependa o mínimo possível da UTI e se desenvolva em boas condições de saúde. Entenda o caso Joyce está sendo mantida viva por aparelhos devido à gravidez Arquivo pessoal No dia 20 de dezembro de 2024, Joyce passou mal em Jaciara, a 148 km da capital. Ela foi para o hospital do município e após desmaiar e o quadro piorar, foi internada. Em poucos dias, Joyce foi transferida para Rondonópolis e passou por uma cirurgia. Nos dias seguintes, o cérebro dela começou a inchar, sendo necessário um procedimento médico em que parte do crânio é removido para abrir espaço para o cérebro. Apesar dos esforços dos profissionais, Joyce teve a morte cerebral decretada no dia 1° de janeiro. O marido de Joyce, João Matheus Silva, de 23 anos, contou como está lidando com a situação. "A verdade é que eu não consigo acreditar no que está acontecendo. A pior parte é saber que as crianças vão crescer sem mãe", lamentou. Joyce e João estão juntos há seis anos e vieram para Mato Grosso em busca de oportunidades de trabalho, acompanhados das duas filhas, de 3 e 7 anos. João começou a trabalhar como ajudante em uma ferrovia e Joyce trabalhava como vendedora antes da gravidez. A família agora busca uma forma de arrecadar dinheiro para enviar o corpo de Joyce para Tocantins, após o nascimento do bebê. Em nota, a Santa Casa de Rondonópolis disse que não há previsão para o parto. Gravidez com condição rara mobiliza médicos e transfusão intrauterina pode salvar bebê