Motorista que testemunhou acidente com 41 mortos em rodovia de MG diz que carreta invadiu contramão e bateu em ônibus
Condutor deu depoimento nesta terça-feira (24) e disse não viu a pedra se desprender da carreta, mas afirmou que o veículo estava em alta velocidade. Acidente envolvendo três veículos em Teófilo Otoni é o mais letal em rodovias federais desde 2007. Acidente em MG: polícia ouve mais uma testemunha
O caminhoneiro Aldimar Ferreira Ribeiro, de 61 anos, prestou depoimento à Polícia Rodoviária Federal na manhã desta terça-feira (24). Ele testemunhou o acidente envolvendo um ônibus, uma carreta carregada com uma pedra de granito e um carro de passeio que deixou 41 mortos e 11 feridos na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), na madrugada do último sábado (21).
O homem, que teve o caminhão atingido de raspão pela carreta, disse que decidiu procurar a polícia por não concordar com a versão de testemunhas que presenciaram o acidente.
A tragédia ocorreu na altura do KM 285 da BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni. A principal linha de investigação da Polícia Civil é de que o acidente foi causado por uma pedra de granito que se soltou do carreta - a pedra só foi removida da rodovia nesta segunda (23).
Sobreviventes que estavam no carro de passeio, entretanto, deram outra versão em entrevista ao Fantástico. Segundo eles, o ônibus foi se aproximando de uma baixada, quando um pneu traseiro estourou e o veículo acabou avançando na contramão.
“Nós estávamos vindo no acostamento, eu e o ônibus, o ônibus estava na minha traseira. Eu vi quando o caminhão balançou, aí quando eu olhei para atrás, pelo retrovisor, vi um impacto tão grande e depois só fogo”, disse Aldimar Ferreira.
O caminhoneiro ainda disse que não viu a pedra se desprender da carreta, mas afirmou que o veículo estava em alta velocidade. O homem também disse que não ouviu nenhum pneu estourando.
“Se o pneu tivesse estourado eu teria escutado, porque o ônibus estava atrás de mim”, disse.
Aldimar afirmou que auxiliou no resgate de três crianças envolvidas no acidente, mas que não conseguiu voltar depois ao local, porque o ônibus ficou totalmente em chamas.
“As crianças estavam saindo do ônibus andando, um pouco tontas, eu fui lá e peguei elas e coloque no acostamento. Tinha uma criancinha que estava com fogo na cabeça, outra ensanguentada, uma menina gritando de dor”, contou.
Acidente mais letal desde 2007
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão ocorreu às 3h30 e envolveu o ônibus, o carro de passeio e a carreta que transportava a pedra de granito. Com 41 mortos e 11 feridos, foi maior tragédia em rodovias federais desde 2007, início da série história da PRF.
Só na segunda-feira (24), o motorista da carreta que carregava a pedra de granito se entregou à polícia no início da tarde, em Teófilo Otoni. Ele foi ouvido e liberado.
Ainda há uma pessoa hospitalizada, no Hospital Santa Rosália, em Teófilo Otoni. Desde domingo (22), 14 corpos já foram identificados e 11 liberados para familiares.
A Polícia Civil informou que tem feito a identificação com a maior agilidade possível, mas que não é possível dizer em quanto tempo todas as vítimas serão identificadas, porque é um trabalho complexo, devido ao fato das vítimas terem sido carbonizadas.
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Sobreviventes que estavam no carro de passeio, entretanto, deram outra versão em entrevista ao Fantástico. Segundo eles, o ônibus foi se aproximando de uma baixada, quando um pneu traseiro estourou e o veículo acabou avançando na contramão.
“Nós estávamos vindo no acostamento, eu e o ônibus, o ônibus estava na minha traseira. Eu vi quando o caminhão balançou, aí quando eu olhei para atrás, pelo retrovisor, vi um impacto tão grande e depois só fogo”, disse Aldimar Ferreira.
O caminhoneiro ainda disse que não viu a pedra se desprender da carreta, mas afirmou que o veículo estava em alta velocidade. O homem também disse que não ouviu nenhum pneu estourando.
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Aldimar afirmou que auxiliou no resgate de três crianças envolvidas no acidente, mas que não conseguiu voltar depois ao local, porque o ônibus ficou totalmente em chamas.
“As crianças estavam saindo do ônibus andando, um pouco tontas, eu fui lá e peguei elas e coloque no acostamento. Tinha uma criancinha que estava com fogo na cabeça, outra ensanguentada, uma menina gritando de dor”, contou.
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De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão ocorreu às 3h30 e envolveu o ônibus, o carro de passeio e a carreta que transportava a pedra de granito. Com 41 mortos e 11 feridos, foi maior tragédia em rodovias federais desde 2007, início da série história da PRF.
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