O Assunto #1369: A crise das democracias liberais

Na Alemanha, o parlamento aprovou a dissolução do governo do primeiro-ministro Olaf Scholz. a França, primeiro-ministro pediu demissão horas depois de uma votação na Assembleia Nacional o afastar do cargo. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio. O Parlamento da Alemanha aprovou a dissolução do governo do primeiro-ministro Olaf Scholz, após a aliança partidária que o apoiava se desfazer por divergências sobre como revitalizar a economia. Abriu-se caminho, então, para uma nova eleição, que deve acontecer em fevereiro de 2025. Era uma questão de tempo desde que o partido liberal democrata deixou a coalização do governo e Scholz ficou sem maioria parlamentar, no início de novembro. Enquanto isso, na vizinha França, o primeiro-ministro, Michel Barnier, pediu demissão horas depois de uma votação na Assembleia Nacional o afastar do cargo — ele tinha apenas três meses na função. Barnier foi alvo de uma moção de censura — quando deputados podem retirar um primeiro-ministro do cargo. Por trás do mecanismo, algo inédito: uma improvável aliança de esquerda e direita, ambas insatisfeitas. Do outro lado do continente Europeu, é o Canadá, igualmente um país desenvolvido, que dá sinais de crise com seu primeiro-ministro, Justin Trudeau. Parlamentares pediram a sua renúncia, pouco após a vice-premiê e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, pedir demissão, mergulhando o Canadá em uma crise política, na qual a situação econômica também pesou. Quem explica como esses cenários se convergem é Thomás Zicman de Barros, pesquisador na Universidade do Minho, em Portugal, e da Sciences Po, em Paris, na França. Na conversa com Natuza Nery, ele também fala sobre o peso da economia por trás das quedas e da impopularidade desses líderes e como essas mudanças podem refletir ao redor do mundo. O que você precisa saber: Olaf Scholz da Alemanha perde voto de confiança Extrema direita isolada e coalizões frágeis: saiba o que deve acontecer na Alemanha Primeiro-ministro da França entrega demissão a Macron, em meio à crise política Macron escolhe François Bayrou para primeiro-ministro Macron tem um novo primeiro-ministro, mas os mesmos problemas de sempre Vice-premiê do Canadá renuncia ao cargo por 'diferenças' com Trudeau sobre tarifas de Trump Renúncia de vice-premiê mergulha Canadá em crise política e ameaça Trudeau no governo O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva e Thiago Kaczuroski. Apresentação: Natuza Nery.

Dez 18, 2024 - 01:00
 0  0
O Assunto #1369: A crise das democracias liberais
Na Alemanha, o parlamento aprovou a dissolução do governo do primeiro-ministro Olaf Scholz. a França, primeiro-ministro pediu demissão horas depois de uma votação na Assembleia Nacional o afastar do cargo. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio. O Parlamento da Alemanha aprovou a dissolução do governo do primeiro-ministro Olaf Scholz, após a aliança partidária que o apoiava se desfazer por divergências sobre como revitalizar a economia. Abriu-se caminho, então, para uma nova eleição, que deve acontecer em fevereiro de 2025. Era uma questão de tempo desde que o partido liberal democrata deixou a coalização do governo e Scholz ficou sem maioria parlamentar, no início de novembro. Enquanto isso, na vizinha França, o primeiro-ministro, Michel Barnier, pediu demissão horas depois de uma votação na Assembleia Nacional o afastar do cargo — ele tinha apenas três meses na função. Barnier foi alvo de uma moção de censura — quando deputados podem retirar um primeiro-ministro do cargo. Por trás do mecanismo, algo inédito: uma improvável aliança de esquerda e direita, ambas insatisfeitas. Do outro lado do continente Europeu, é o Canadá, igualmente um país desenvolvido, que dá sinais de crise com seu primeiro-ministro, Justin Trudeau. Parlamentares pediram a sua renúncia, pouco após a vice-premiê e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, pedir demissão, mergulhando o Canadá em uma crise política, na qual a situação econômica também pesou. Quem explica como esses cenários se convergem é Thomás Zicman de Barros, pesquisador na Universidade do Minho, em Portugal, e da Sciences Po, em Paris, na França. Na conversa com Natuza Nery, ele também fala sobre o peso da economia por trás das quedas e da impopularidade desses líderes e como essas mudanças podem refletir ao redor do mundo. O que você precisa saber: Olaf Scholz da Alemanha perde voto de confiança Extrema direita isolada e coalizões frágeis: saiba o que deve acontecer na Alemanha Primeiro-ministro da França entrega demissão a Macron, em meio à crise política Macron escolhe François Bayrou para primeiro-ministro Macron tem um novo primeiro-ministro, mas os mesmos problemas de sempre Vice-premiê do Canadá renuncia ao cargo por 'diferenças' com Trudeau sobre tarifas de Trump Renúncia de vice-premiê mergulha Canadá em crise política e ameaça Trudeau no governo O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva e Thiago Kaczuroski. Apresentação: Natuza Nery.