Operação em MG cumpre mais de 120 mandados contra o tráfico, mirando facção parceira do Comando Vermelho
Casa de luxo alvo da operação em Maceió (AL). Reprodução O Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Militar realizaram uma operação contra o tráfico de drogas e o crime organizado com foco na facção Comando Vermelho (CV) e na afiliada dela no estado, Família Teófilo Otoni (FTO). Foram cumpridos mais de 120 mandados de prisão, de busca e apreensão e bloqueios judiciais que somam cerca de R$ 18 bilhões. Entre os itens apreendidos, estão drogas e armas. A operação também foi deflagrada no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Dos mais de 120 mandados, 48 são de prisão e 84 foram de busca e apreensão. Os detidos não foram identificados pelas forças de segurança. Oito veículos foram apreendidos e um imóvel de luxo, em Alagoas, avaliado em R$ 3,9 milhões, também foi bloqueado. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. As investigações revelaram que o Comando Vermelho estruturou um mercado atacadista do tráfico de drogas, abastecendo facções em diversos estados brasileiros. Relatórios de inteligência financeira identificaram depósitos fragmentados que totalizaram R$ 2,3 milhões em apenas uma semana. "Essa operação tem mais do que um efeito de desestruturar, ela atinge o coração financeiro das facções sobre com abrangência até na Amazônia. A gente pretende que esses recursos bloqueados sejam declarados como perdidos, e que a gente possa obter esse recursos para os cofres do estado", explicou o Procurador-Geral de Justiça do MPMG, Paulo de Tarso. A Família Teófilo Otoni A organização criminosa FTO foi descrita como uma empresa altamente estruturada, com fornecedores diretos na Colômbia e Venezuela. Em menos de um mês, o grupo adquiriu R$ 8,4 milhões em drogas vindas do Amazonas. No último ano, a força-tarefa apreendeu 26 armas e realizou diversas apreensões de entorpecentes. A operação, batizada de Custos Fidelis, reforça o compromisso das autoridades em desarticular financeiramente as redes criminosas que atuam no país. "Conseguimos identificar que, em apenas uma semana, eles movimentaram mais de 2 milhões de reais, chegando a mais de 8 milhões de reais em determinado período. Eles faziam isso para conferir aparência lícita a esses bens e valores, usando empresas de fachada, notadamente aquelas que trabalham com pescado. Esses valores eram recebidos e pulverizados em pequenos depósitos, uma tática muito comum na lavagem de dinheiro, conhecida como smurfing", informou Giovani Avelar Vieira, coordenador do Gaeco. Esta reportagem está em atualização Vídeos mais assistidos do g1 MG


Casa de luxo alvo da operação em Maceió (AL). Reprodução O Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Militar realizaram uma operação contra o tráfico de drogas e o crime organizado com foco na facção Comando Vermelho (CV) e na afiliada dela no estado, Família Teófilo Otoni (FTO). Foram cumpridos mais de 120 mandados de prisão, de busca e apreensão e bloqueios judiciais que somam cerca de R$ 18 bilhões. Entre os itens apreendidos, estão drogas e armas. A operação também foi deflagrada no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Dos mais de 120 mandados, 48 são de prisão e 84 foram de busca e apreensão. Os detidos não foram identificados pelas forças de segurança. Oito veículos foram apreendidos e um imóvel de luxo, em Alagoas, avaliado em R$ 3,9 milhões, também foi bloqueado. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. As investigações revelaram que o Comando Vermelho estruturou um mercado atacadista do tráfico de drogas, abastecendo facções em diversos estados brasileiros. Relatórios de inteligência financeira identificaram depósitos fragmentados que totalizaram R$ 2,3 milhões em apenas uma semana. "Essa operação tem mais do que um efeito de desestruturar, ela atinge o coração financeiro das facções sobre com abrangência até na Amazônia. A gente pretende que esses recursos bloqueados sejam declarados como perdidos, e que a gente possa obter esse recursos para os cofres do estado", explicou o Procurador-Geral de Justiça do MPMG, Paulo de Tarso. A Família Teófilo Otoni A organização criminosa FTO foi descrita como uma empresa altamente estruturada, com fornecedores diretos na Colômbia e Venezuela. Em menos de um mês, o grupo adquiriu R$ 8,4 milhões em drogas vindas do Amazonas. No último ano, a força-tarefa apreendeu 26 armas e realizou diversas apreensões de entorpecentes. A operação, batizada de Custos Fidelis, reforça o compromisso das autoridades em desarticular financeiramente as redes criminosas que atuam no país. "Conseguimos identificar que, em apenas uma semana, eles movimentaram mais de 2 milhões de reais, chegando a mais de 8 milhões de reais em determinado período. Eles faziam isso para conferir aparência lícita a esses bens e valores, usando empresas de fachada, notadamente aquelas que trabalham com pescado. Esses valores eram recebidos e pulverizados em pequenos depósitos, uma tática muito comum na lavagem de dinheiro, conhecida como smurfing", informou Giovani Avelar Vieira, coordenador do Gaeco. Esta reportagem está em atualização Vídeos mais assistidos do g1 MG