The Town 2025 tem 2º dia com rock nostálgico, famílias na plateia e Green Day catártico

Green Day troca letra de ‘American Idiot’ para criticar Trump Bem diferente deste sábado (6), dominado por adolescentes, o domingo (7) de The Town foi povoado pelos nascidos entre os anos 1970 e 1990. Nos palcos, veteranos do rock mostraram repertórios nostálgicos, que marcaram a infância e adolescência de muitos dos que foram ao Autódromo de Interlagos -- alguns, acompanhados dos filhos. Principal atração da noite, o Green Day fez um espetáculo catártico, com críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, O Bad Religion deu uma aula de atitude e foi bem ao substituir o Sex Pistols, que cancelou a participação no festival. E, do alto dos seus 78 anos, Iggy Pop desafiou qualquer noção de idade e mostrou por que é chamado de padrinho do punk. Outro ícone do punk, o The Clash foi homenageado em duas apresentações: Supla fez um cover de "I Fought the Law", música gravada pelo grupo, e o Capital Inicial cantou o sucesso "Should I Stay or Should I Go". Ídolos nacionais também emocionaram o público. A banda CPM 22 fez um show focado nos três primeiros álbuns da carreira e fãs foram às lágrimas. A cantora Pitty promoveu um coral gigante, com direito a pedido de casamento na plateia. FOTOS: Veja imagens do 2º dia FOTOS: Famosos vão ao festival Veja, abaixo, como foram os shows no segundo dia do The Town 2025. Green Day Público faz coro ao som de 'Basket Case' do Green Day Com quase duas horas de duração, o show do Green Day foi um verdadeiro espetáculo. O trio americano colocou o festival no bolso, ao contagiar uma multidão com toda sua rebeldia punk exemplar. Quando o trio entrou no palco, o público já estava em catarse. Sentimento que se intensificou ainda mais durante o restante do show. Os músicos chegaram com com “American Idiot”, hit que avacalha o sonho americano. Foi quando trocaram o verso “eu não faço parte de uma agenda caipira” por “eu não faço parte de uma agenda MAGA”, em uma crítica a Donald Trump e seu lema “torne a América grandiosa de novo” (“make América great again”). Ao fim da faixa, o vocalista Billie Joe disse: “Feliz dia da independência, Brasil”. Leia mais sobre o show do Green Day no The Town 2025. Iggy Pop Iggy Pop se joga no chão em ‘I Wanna Be Your Dog’ O papo “o rock morreu” não tem vez com Iggy Pop. Do alto dos seus 78 anos, o artista teve energia de dar inveja em muito novinho – deixando claro que, se não for para ser assim, ele nem se apresenta. O padrinho do punk subiu ao palco ao som de cachorros latindo. Já começou tirando o colete (durou 5 segundos no corpo) e cantando sucessos como “T.V. Eye”, “Gimme Danger” e “Search and Destroy”, de quando ele era um jovem maluco do grupo Stooges, no fim dos anos 1960. Leia mais sobre o show de Iggy Pop no The Town 2025. Bad Religion Bad Religion entoa o clássico 'American Jesus' no The Town O Bad Religion ministrou uma aula punk no The Town. A forma segura com a qual a banda defendeu seu repertório é explicada pelos 45 anos de carreira, contabilizando mais de 15 vindas ao Brasil. A banda deixou claro que foi uma boa escolha para o lugar do Sex Pistols, que cancelou a vinda ao festival de última hora, após o guitarrista Steve Jones quebrar o pulso. “Há uma semana estávamos de férias, mas essas são férias diferentes”, comparou o vocalista Greg Graffin, no começo. Leia mais sobre o show do Bad Religion no The Town 2025. Pitty Pitty e público fazem coral emocionado em 'Na sua estante' Pitty deu um show de nostalgia. A cantora colocou seu poderoso gogó para jogo e levou ao palco The One uma sequência de hits que marcaram o auge de sua carreira. O público não apenas contemplou a apresentação com a alma, mas também se tornou um grande coral emocionante. Entraram no setlist sucessos como “Teto de Vidro”, “Semana que Vem” e “Memórias” — nessa aqui, ela pediu para os fãs formarem rodinhas punk e foi atendida com bastante energia. Leia mais sobre o show de Pitty no The Town 2025. Bruce Dickinson Bruce Dickinson canta ‘Tears of the dragon’ no The Town Com ou sem Iron Maiden, Bruce Dickinson é de casa. O vocalista comprovou no The Town que ainda está com a voz e o fôlego em dia, cantando a plenos pulmões enquanto corria por toda a extensão do palco. Como faz desde os anos 1990, o músico prefere deixar de fora os grandes cenários e toda a teatralidade que marca o trabalho do grupo; aqui, o conceito é ele mesmo e seus vocais operísticos. Leia mais sobre o show de Bruce Dickinson no The Town 2025. CPM 22 CPM 22 toca 'Um minuto para o fim do mundo' e público faz coro no The Town O CPM 22 abraçou a nostalgia de seu repertório ao se apresentar no The Town. Em um dia com programação dedicada aos nascidos entre os anos 70, 80 e 90, o público esperava exatamente por isso, e retribuiu cantando do início ao fim as letras sentimentais da banda, num enorme karaokê roqueiro. São 30 anos de banda, e eles continuam produzindo: o disco mais recente, "Enfrente", saiu em 2024. Mas o foco no festival foram os três primeiros álbuns, lançados entre 2000 e 200

Set 8, 2025 - 02:00
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The Town 2025 tem 2º dia com rock nostálgico, famílias na plateia e Green Day catártico
Green Day troca letra de ‘American Idiot’ para criticar Trump Bem diferente deste sábado (6), dominado por adolescentes, o domingo (7) de The Town foi povoado pelos nascidos entre os anos 1970 e 1990. Nos palcos, veteranos do rock mostraram repertórios nostálgicos, que marcaram a infância e adolescência de muitos dos que foram ao Autódromo de Interlagos -- alguns, acompanhados dos filhos. Principal atração da noite, o Green Day fez um espetáculo catártico, com críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, O Bad Religion deu uma aula de atitude e foi bem ao substituir o Sex Pistols, que cancelou a participação no festival. E, do alto dos seus 78 anos, Iggy Pop desafiou qualquer noção de idade e mostrou por que é chamado de padrinho do punk. Outro ícone do punk, o The Clash foi homenageado em duas apresentações: Supla fez um cover de "I Fought the Law", música gravada pelo grupo, e o Capital Inicial cantou o sucesso "Should I Stay or Should I Go". Ídolos nacionais também emocionaram o público. A banda CPM 22 fez um show focado nos três primeiros álbuns da carreira e fãs foram às lágrimas. A cantora Pitty promoveu um coral gigante, com direito a pedido de casamento na plateia. FOTOS: Veja imagens do 2º dia FOTOS: Famosos vão ao festival Veja, abaixo, como foram os shows no segundo dia do The Town 2025. Green Day Público faz coro ao som de 'Basket Case' do Green Day Com quase duas horas de duração, o show do Green Day foi um verdadeiro espetáculo. O trio americano colocou o festival no bolso, ao contagiar uma multidão com toda sua rebeldia punk exemplar. Quando o trio entrou no palco, o público já estava em catarse. Sentimento que se intensificou ainda mais durante o restante do show. Os músicos chegaram com com “American Idiot”, hit que avacalha o sonho americano. Foi quando trocaram o verso “eu não faço parte de uma agenda caipira” por “eu não faço parte de uma agenda MAGA”, em uma crítica a Donald Trump e seu lema “torne a América grandiosa de novo” (“make América great again”). Ao fim da faixa, o vocalista Billie Joe disse: “Feliz dia da independência, Brasil”. Leia mais sobre o show do Green Day no The Town 2025. Iggy Pop Iggy Pop se joga no chão em ‘I Wanna Be Your Dog’ O papo “o rock morreu” não tem vez com Iggy Pop. Do alto dos seus 78 anos, o artista teve energia de dar inveja em muito novinho – deixando claro que, se não for para ser assim, ele nem se apresenta. O padrinho do punk subiu ao palco ao som de cachorros latindo. Já começou tirando o colete (durou 5 segundos no corpo) e cantando sucessos como “T.V. Eye”, “Gimme Danger” e “Search and Destroy”, de quando ele era um jovem maluco do grupo Stooges, no fim dos anos 1960. Leia mais sobre o show de Iggy Pop no The Town 2025. Bad Religion Bad Religion entoa o clássico 'American Jesus' no The Town O Bad Religion ministrou uma aula punk no The Town. A forma segura com a qual a banda defendeu seu repertório é explicada pelos 45 anos de carreira, contabilizando mais de 15 vindas ao Brasil. A banda deixou claro que foi uma boa escolha para o lugar do Sex Pistols, que cancelou a vinda ao festival de última hora, após o guitarrista Steve Jones quebrar o pulso. “Há uma semana estávamos de férias, mas essas são férias diferentes”, comparou o vocalista Greg Graffin, no começo. Leia mais sobre o show do Bad Religion no The Town 2025. Pitty Pitty e público fazem coral emocionado em 'Na sua estante' Pitty deu um show de nostalgia. A cantora colocou seu poderoso gogó para jogo e levou ao palco The One uma sequência de hits que marcaram o auge de sua carreira. O público não apenas contemplou a apresentação com a alma, mas também se tornou um grande coral emocionante. Entraram no setlist sucessos como “Teto de Vidro”, “Semana que Vem” e “Memórias” — nessa aqui, ela pediu para os fãs formarem rodinhas punk e foi atendida com bastante energia. Leia mais sobre o show de Pitty no The Town 2025. Bruce Dickinson Bruce Dickinson canta ‘Tears of the dragon’ no The Town Com ou sem Iron Maiden, Bruce Dickinson é de casa. O vocalista comprovou no The Town que ainda está com a voz e o fôlego em dia, cantando a plenos pulmões enquanto corria por toda a extensão do palco. Como faz desde os anos 1990, o músico prefere deixar de fora os grandes cenários e toda a teatralidade que marca o trabalho do grupo; aqui, o conceito é ele mesmo e seus vocais operísticos. Leia mais sobre o show de Bruce Dickinson no The Town 2025. CPM 22 CPM 22 toca 'Um minuto para o fim do mundo' e público faz coro no The Town O CPM 22 abraçou a nostalgia de seu repertório ao se apresentar no The Town. Em um dia com programação dedicada aos nascidos entre os anos 70, 80 e 90, o público esperava exatamente por isso, e retribuiu cantando do início ao fim as letras sentimentais da banda, num enorme karaokê roqueiro. São 30 anos de banda, e eles continuam produzindo: o disco mais recente, "Enfrente", saiu em 2024. Mas o foco no festival foram os três primeiros álbuns, lançados entre 2000 e 2005. Leia mais sobre o show do CPM 22 no The Town 2025. Capital Inicial Capital Inicial toca 'Que país é esse?': "essa [música] é sobre a PEC da Impunidade" O Capital Inicial levou ao The Town um show praticamente idêntico ao que mostrou em suas últimas participações no Rock in Rio, festival dos mesmos organizadores, que teve a participação da banda em oito edições. No palco do Autódromo de Interlagos, o grupo de Brasília repetiu o setlist com os sucessos de sempre, lançados entre o fim dos anos 1980 e início de 2000, sem grandes surpresas nos arranjos. Leia mais sobre o show do Capital Inicial no The Town 2025. Supla e Inocentes Supla canta 'As it was', cover de Harry Styles, no The Town O show de abertura do segundo dia do The Town teve um momento inusitado: Supla apresentou uma versão de “As it was”, de Harry Styles, no palco The One, que colocou o público jovem para dançar, enquanto os fãs das antigas torceram o nariz. O show também ganhou tom de protesto com a participação da banda Inocentes, que pediram o fim da escala 6x1 e levantaram bandeiras políticas. Leia mais sobre o show de Supla e Inocentes no The Town 2025. LEIA TAMBÉM: Doze minutos, 1 km, 1300 passos… qual é a distância entre os palcos principais do The Town Roqueiro ou roqueira? 'Cabelão' é moda no dia do rock do The Town