Ataque da Rússia na Ucrânia mata 6 durante treinamento militar

Segundo a Guarda Nacional ucraniana, outras 10 pessoas ficaram feridas. Pouco após a ofensiva, a Rússia divulgou que Putin visitou pela primeira vez a região de Kursk — que era controlada pela Ucrânia e foi retomada em abril. Militares da Guarda Nacional da Ucrânia participam de um exercício na região de Kharkiv. REUTERS/Vyacheslav Madiyevskyy Um ataque da Rússia matou seis pessoas durante um treinamento militar na Ucrânia nesta quarta-feira (21), segundo a Guarda Nacional ucraniana. Outros 10 agentes ficaram feridos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Pouco após a ofensiva, o presidente russo, Vladimir Putin, visitou a região de Kursk. O território estava sob controle parcial da Ucrânia desde agosto de 2024, mas foi retomado pelas forças russas em abril deste ano. Nesta terça (20), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de "tentar ganhar tempo" ao prolongar as negociações que visam um cessar-fogo no conflito, tudo isso com o objetivo de "prosseguir" com a invasão na Ucrânia. O governo russo, por sua vez, afirmou estar pronto para prosseguir com as negociações e a elaboração de um documento que poderia servir de bases para um eventual acordo de paz. "É evidente que a Rússia tenta ganhar tempo para prosseguir com sua guerra e sua ocupação. (...) Não temos dúvidas de que a guerra deve terminar na mesa de negociações. (...) Devem existir propostas claras e realistas sobre a mesa. A Ucrânia está pronta para qualquer formato de negociação eficaz. E, se a Rússia continuar apresentando condições irreais e minando possíveis resultados, deve haver consequências severas", afirmou Zelensky em publicação nas redes sociais. Volodymyr Zelensky em comunicado no Telegram Reprodução / Telegram Tentativas de cessar-fogo As falas ocorreram um dia após conversas telefônicas separadas do presidente russo, Vladimir Putin e de Zelensky com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As ligações não tiveram resultados concretos. Representantes dos governos russo e ucraniano iniciaram negociações diretas por cessar-fogo na última sexta-feira na Turquia, mas as tratativas esfriaram. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o país está pronto para continuar as conversas pelo fim da guerra com a Ucrânia, e que a bola está com Kiev para decidir se irá ou não cooperar na discussão de um memorando proposto por Moscou que faria parte de um futuro acordo de paz. O memorando, que seria sobre "um eventual futuro acordo de paz" no conflito, foi abordado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, com Trump durante a ligação telefônica entre os dois líderes na segunda-feira. Putin disse que seu governo está disposto a colaborar para elaborar o documento. Trump disse que a conversa de duas horas por telefone com Zelensky e Putin foi muito boa e afirmou que os dois países começarão "imediatamente" as negociações para um cessar-fogo. Mas a promessa feita pelo presidente republicano durante a campanha de finalizar a guerra em 24 horas após retornar à Casa Branca está longe de virar realidade —Putin recusou um cessar-fogo incondicional de 30 dias. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde então, ocupa quase 20% do território da ex-república soviética, devastada pelo conflito que já deixou dezenas de milhares de mortos. Trump telefona para Putin e discute cessar-fogo na Ucrânia

Mai 21, 2025 - 03:30
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Ataque da Rússia na Ucrânia mata 6 durante treinamento militar

Segundo a Guarda Nacional ucraniana, outras 10 pessoas ficaram feridas. Pouco após a ofensiva, a Rússia divulgou que Putin visitou pela primeira vez a região de Kursk — que era controlada pela Ucrânia e foi retomada em abril. Militares da Guarda Nacional da Ucrânia participam de um exercício na região de Kharkiv. REUTERS/Vyacheslav Madiyevskyy Um ataque da Rússia matou seis pessoas durante um treinamento militar na Ucrânia nesta quarta-feira (21), segundo a Guarda Nacional ucraniana. Outros 10 agentes ficaram feridos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Pouco após a ofensiva, o presidente russo, Vladimir Putin, visitou a região de Kursk. O território estava sob controle parcial da Ucrânia desde agosto de 2024, mas foi retomado pelas forças russas em abril deste ano. Nesta terça (20), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de "tentar ganhar tempo" ao prolongar as negociações que visam um cessar-fogo no conflito, tudo isso com o objetivo de "prosseguir" com a invasão na Ucrânia. O governo russo, por sua vez, afirmou estar pronto para prosseguir com as negociações e a elaboração de um documento que poderia servir de bases para um eventual acordo de paz. "É evidente que a Rússia tenta ganhar tempo para prosseguir com sua guerra e sua ocupação. (...) Não temos dúvidas de que a guerra deve terminar na mesa de negociações. (...) Devem existir propostas claras e realistas sobre a mesa. A Ucrânia está pronta para qualquer formato de negociação eficaz. E, se a Rússia continuar apresentando condições irreais e minando possíveis resultados, deve haver consequências severas", afirmou Zelensky em publicação nas redes sociais. Volodymyr Zelensky em comunicado no Telegram Reprodução / Telegram Tentativas de cessar-fogo As falas ocorreram um dia após conversas telefônicas separadas do presidente russo, Vladimir Putin e de Zelensky com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As ligações não tiveram resultados concretos. Representantes dos governos russo e ucraniano iniciaram negociações diretas por cessar-fogo na última sexta-feira na Turquia, mas as tratativas esfriaram. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o país está pronto para continuar as conversas pelo fim da guerra com a Ucrânia, e que a bola está com Kiev para decidir se irá ou não cooperar na discussão de um memorando proposto por Moscou que faria parte de um futuro acordo de paz. O memorando, que seria sobre "um eventual futuro acordo de paz" no conflito, foi abordado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, com Trump durante a ligação telefônica entre os dois líderes na segunda-feira. Putin disse que seu governo está disposto a colaborar para elaborar o documento. Trump disse que a conversa de duas horas por telefone com Zelensky e Putin foi muito boa e afirmou que os dois países começarão "imediatamente" as negociações para um cessar-fogo. Mas a promessa feita pelo presidente republicano durante a campanha de finalizar a guerra em 24 horas após retornar à Casa Branca está longe de virar realidade —Putin recusou um cessar-fogo incondicional de 30 dias. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde então, ocupa quase 20% do território da ex-república soviética, devastada pelo conflito que já deixou dezenas de milhares de mortos. Trump telefona para Putin e discute cessar-fogo na Ucrânia