Campeonato Brasileiro: reconhecimento facial em estádios combate o cambismo e tem impacto na segurança pública
Reconhecimento facial nos estádios usados no Brasileirão A busca de pessoas foragidas da Justiça e também de cidadãos desaparecidos ganhou reforço em todo o país. O uso de dispositivos de reconhecimento facial se tornou obrigatório em estádios com capacidade para mais de 20 mil espectadores no Campeonato Brasileiro. No estádio do Corinthians, a partida contra o Bragantino foi um "teste valendo". A diretoria até dobrou o efetivo de funcionários para solucionar eventuais problemas. Ao fazer a compra, é preciso se cadastrar no sistema e o reconhecimento do rosto na catraca passa a valer como o próprio ingresso. Com 33.847 pagantes, este foi o menor público de 2025 na casa corintiana. "Foi muito fácil, menos de dois segundos. Só aparecer o rosto ali e já entrou. Então está tranquilo. E faz tempo que eu não pegava ingresso. Com a facial, está até sobrando ingresso agora”, diz um torcedor do Corinthians. No Mineirão, também foi a primeira operação 100% com biometria facial para Cruzeiro e Grêmio. E nem tudo funcionou bem. "Um mês parado para quê? Para nada, uma bagunça do mesmo jeito”, afirma um torcedor no Mineirão. Em nota, Cruzeiro e Mineirão disseram que eventuais instabilidades serão avaliadas e solucionadas nas próximas partidas. A lei que obriga o uso de reconhecimento facial para entrar no estádio é de 2023, mas os clubes tiveram dois anos para se regularizar. Na Série A do Campeonato Brasileiro, apenas três dos 20 clubes têm estádios menores e poderiam operar na regra antiga. Mas o Mirassol já tem, e Bragantino e Juventude pretendem implementar o sistema de biometria ainda em 2025. Vários estádios no Brasil se anteciparam, como o Castelão, em Fortaleza. No Maracanã, que já tem mais de um ano de operação, o público parece adaptado. "Ágil, fácil, sem filas. Muito bem organizado”, afirma uma torcedora do Flamengo. "Às vezes, a pessoa vem igual a gente, que é turista, vem para visitar, compra o ingresso de um cambista, quando chega aqui o ingresso podia ser falso. E com a biometria facial, não”, diz um outro torcedor. Campeonato Brasileiro: reconhecimento facial em estádios combate o cambismo e tem impacto na segurança pública Jornal Nacional/ Reprodução Além do combate ao cambismo, um outro impacto importante da nova regra é na segurança pública. O estádio do Palmeiras, por exemplo, opera 100% com reconhecimento facial desde setembro de 2023 e trabalha em parceria com a polícia de São Paulo, compartilhando dados dos torcedores. "Aproximadamente 260 pessoas que foram capturadas ou tinham débito com a polícia... São centenas de desaparecidos. Tivemos caso de um traficante internacional de drogas, pedófilos. Qualquer que seja a pendência com a Justiça, a gente consegue, na parceria com a polícia, prender o 'pseudo' torcedor”, afirma Osvaldo Basílio, auditor interno do Palmeiras. "Quando você sabe quem está lá dentro efetivamente e você tem a biometria dele, você sabe quem é a pessoa, eu acho que traz tranquilidade para o torcedor, sim”, diz um torcedor no Maracanã.


Reconhecimento facial nos estádios usados no Brasileirão A busca de pessoas foragidas da Justiça e também de cidadãos desaparecidos ganhou reforço em todo o país. O uso de dispositivos de reconhecimento facial se tornou obrigatório em estádios com capacidade para mais de 20 mil espectadores no Campeonato Brasileiro. No estádio do Corinthians, a partida contra o Bragantino foi um "teste valendo". A diretoria até dobrou o efetivo de funcionários para solucionar eventuais problemas. Ao fazer a compra, é preciso se cadastrar no sistema e o reconhecimento do rosto na catraca passa a valer como o próprio ingresso. Com 33.847 pagantes, este foi o menor público de 2025 na casa corintiana. "Foi muito fácil, menos de dois segundos. Só aparecer o rosto ali e já entrou. Então está tranquilo. E faz tempo que eu não pegava ingresso. Com a facial, está até sobrando ingresso agora”, diz um torcedor do Corinthians. No Mineirão, também foi a primeira operação 100% com biometria facial para Cruzeiro e Grêmio. E nem tudo funcionou bem. "Um mês parado para quê? Para nada, uma bagunça do mesmo jeito”, afirma um torcedor no Mineirão. Em nota, Cruzeiro e Mineirão disseram que eventuais instabilidades serão avaliadas e solucionadas nas próximas partidas. A lei que obriga o uso de reconhecimento facial para entrar no estádio é de 2023, mas os clubes tiveram dois anos para se regularizar. Na Série A do Campeonato Brasileiro, apenas três dos 20 clubes têm estádios menores e poderiam operar na regra antiga. Mas o Mirassol já tem, e Bragantino e Juventude pretendem implementar o sistema de biometria ainda em 2025. Vários estádios no Brasil se anteciparam, como o Castelão, em Fortaleza. No Maracanã, que já tem mais de um ano de operação, o público parece adaptado. "Ágil, fácil, sem filas. Muito bem organizado”, afirma uma torcedora do Flamengo. "Às vezes, a pessoa vem igual a gente, que é turista, vem para visitar, compra o ingresso de um cambista, quando chega aqui o ingresso podia ser falso. E com a biometria facial, não”, diz um outro torcedor. Campeonato Brasileiro: reconhecimento facial em estádios combate o cambismo e tem impacto na segurança pública Jornal Nacional/ Reprodução Além do combate ao cambismo, um outro impacto importante da nova regra é na segurança pública. O estádio do Palmeiras, por exemplo, opera 100% com reconhecimento facial desde setembro de 2023 e trabalha em parceria com a polícia de São Paulo, compartilhando dados dos torcedores. "Aproximadamente 260 pessoas que foram capturadas ou tinham débito com a polícia... São centenas de desaparecidos. Tivemos caso de um traficante internacional de drogas, pedófilos. Qualquer que seja a pendência com a Justiça, a gente consegue, na parceria com a polícia, prender o 'pseudo' torcedor”, afirma Osvaldo Basílio, auditor interno do Palmeiras. "Quando você sabe quem está lá dentro efetivamente e você tem a biometria dele, você sabe quem é a pessoa, eu acho que traz tranquilidade para o torcedor, sim”, diz um torcedor no Maracanã.