Como o Brasil fez de 2024 o ano em que mais se venderam carros
Produção de veículos no Brasil cresceu 9,7% em 2024 e fez o país retomar a oitava posição na lista dos maiores produtores do mundo. Carro é produzido em fábrica da Volkswagen. Divulgação/Volkswagen Em 2024, foram feitas cerca de 14,2 milhões de transações envolvendo a venda de veículos novos e usado, o maior nível da história do Brasil. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Quando falamos do setor automotivo, pouco importa se o veículo é novo ou usado. A venda de novos e usados é muito importante, porque é sempre um sistema automotivo que funciona e demonstra claramente o aquecimento e a retomada do mercado”, comenta Márcio Lima Leite da Anfavea, presidente da Anfavea. Para Márcio Leite, este aumento nas vendas está diretamente ligado ao crescimento do crédito no Brasil em 2024. Segundo a Anfavea, a concessão de crédito cresceu 36% para o financiamento de veículos. “Foram colocados no mercado mais de R$ 200 bilhões em financiamento de veículos. Isso faz um ticket médio de cerca de R$ 30 mil por veículo. Mesmo assim, ao contrário do que todos pensam, a inadimplência caiu”, comenta o executivo. Márcio aponta algumas medidas que ajudaram para a alta das vendas e queda na inadimplência, como a retomada do bem pelo marco legal de garantias, mas também comenta que o maior custo de financiamento, por conta da alta na taxa de juros, serão desafios para 2025. Brasil aumenta produção de veículos O país produziu cerca de 2,5 milhões de veículos entre janeiro e dezembro de 2024, fazendo o Brasil voltar a ocupar a oitava colocação no ranking dos maiores produtores do mundo. A fabricação de veículos novos cresceu 9,7% contra o ano anterior. Foram produzidos 2,574 milhões de veículos zero km nos 12 meses de 2024, contra 2,324 milhões do mesmo período de 2023. “Não fosse o dólar e a taxa de juros, o Brasil estaria em um patamar de 3 milhões de unidades vendidas”, diz Márcio Lima Leite da Anfavea. O resultado coloca o país à frente de países como Estados Unidos, Alemanha, Índia e China. Veja abaixo a lista. China: 31,1 milhões de unidades; Estados Unidos: 11,9 milhões de unidades; Japão: 8,2 milhões de unidades; Índia: 5,6 milhões de unidades; México: 4,3 milhões de unidades; Coreia do Sul: 4,2 milhões de unidades; Alemanha: 4,1 milhões de unidades; Brasil: 2,5 milhões de unidades; Espanha: 2,4 milhões de unidades; Tailândia: 1,5 milhão de unidades. Importação em alta preocupa Anfavea Junto dos bons números de produção e venda de carros no Brasil, a Anfavea apontou crescimento elevado das importações. Em 2024 elas cresceram 32,5% quando comparadas com 2023, alcançando o maior nível em 10 anos. Foram 467 milhões de veículos importados no Brasil em 2024, contra 352 milhões do ano anterior. A entidade diz que deste total, quase metade corresponde aos carros eletrificados que chegam da China. “Importação respondeu a uma renúncia fiscal de R$ 6 bilhões em 2024, por conta da alta nas importações. É um valor que deixa de estar aqui, deixando de gerar empregos e anúncio de investimentos”, comenta Márcio Lima Leite. “Não podemos aceitar este volume de importação, principalmente vindo da China, resultando em desiquilíbrio para o déficit fiscal e está prejudicando a retomada da competitividade”, complementa o executivo. Esta matéria está em atualização.
Produção de veículos no Brasil cresceu 9,7% em 2024 e fez o país retomar a oitava posição na lista dos maiores produtores do mundo. Carro é produzido em fábrica da Volkswagen. Divulgação/Volkswagen Em 2024, foram feitas cerca de 14,2 milhões de transações envolvendo a venda de veículos novos e usado, o maior nível da história do Brasil. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Quando falamos do setor automotivo, pouco importa se o veículo é novo ou usado. A venda de novos e usados é muito importante, porque é sempre um sistema automotivo que funciona e demonstra claramente o aquecimento e a retomada do mercado”, comenta Márcio Lima Leite da Anfavea, presidente da Anfavea. Para Márcio Leite, este aumento nas vendas está diretamente ligado ao crescimento do crédito no Brasil em 2024. Segundo a Anfavea, a concessão de crédito cresceu 36% para o financiamento de veículos. “Foram colocados no mercado mais de R$ 200 bilhões em financiamento de veículos. Isso faz um ticket médio de cerca de R$ 30 mil por veículo. Mesmo assim, ao contrário do que todos pensam, a inadimplência caiu”, comenta o executivo. Márcio aponta algumas medidas que ajudaram para a alta das vendas e queda na inadimplência, como a retomada do bem pelo marco legal de garantias, mas também comenta que o maior custo de financiamento, por conta da alta na taxa de juros, serão desafios para 2025. Brasil aumenta produção de veículos O país produziu cerca de 2,5 milhões de veículos entre janeiro e dezembro de 2024, fazendo o Brasil voltar a ocupar a oitava colocação no ranking dos maiores produtores do mundo. A fabricação de veículos novos cresceu 9,7% contra o ano anterior. Foram produzidos 2,574 milhões de veículos zero km nos 12 meses de 2024, contra 2,324 milhões do mesmo período de 2023. “Não fosse o dólar e a taxa de juros, o Brasil estaria em um patamar de 3 milhões de unidades vendidas”, diz Márcio Lima Leite da Anfavea. O resultado coloca o país à frente de países como Estados Unidos, Alemanha, Índia e China. Veja abaixo a lista. China: 31,1 milhões de unidades; Estados Unidos: 11,9 milhões de unidades; Japão: 8,2 milhões de unidades; Índia: 5,6 milhões de unidades; México: 4,3 milhões de unidades; Coreia do Sul: 4,2 milhões de unidades; Alemanha: 4,1 milhões de unidades; Brasil: 2,5 milhões de unidades; Espanha: 2,4 milhões de unidades; Tailândia: 1,5 milhão de unidades. Importação em alta preocupa Anfavea Junto dos bons números de produção e venda de carros no Brasil, a Anfavea apontou crescimento elevado das importações. Em 2024 elas cresceram 32,5% quando comparadas com 2023, alcançando o maior nível em 10 anos. Foram 467 milhões de veículos importados no Brasil em 2024, contra 352 milhões do ano anterior. A entidade diz que deste total, quase metade corresponde aos carros eletrificados que chegam da China. “Importação respondeu a uma renúncia fiscal de R$ 6 bilhões em 2024, por conta da alta nas importações. É um valor que deixa de estar aqui, deixando de gerar empregos e anúncio de investimentos”, comenta Márcio Lima Leite. “Não podemos aceitar este volume de importação, principalmente vindo da China, resultando em desiquilíbrio para o déficit fiscal e está prejudicando a retomada da competitividade”, complementa o executivo. Esta matéria está em atualização.