Coqueluche: após caso suspeito em creche de Campinas, Saúde checa carteirinhas e vacina funcionários
Aluna com suspeita da doença tem 2 anos e apresentou os primeiros sintomas no dia 24 de março. A vacina é o principal meio de prevenção da coqueluche TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL via BBC Após a notificação de um caso suspeito de coqueluche em uma creche no Jardim Nova Europa, a Secretaria de Saúde de Campinas (SP) realizou, nesta terça-feira (1º), uma ação de bloqueio da doença que incluiu a checagem de carteirinhas e vacinação de funcionários. Segundo a administração municipal, a aluna com suspeita de coqueluche tem 2 anos e apresentou os primeiros sintomas no dia 24 de março. Ela foi atendida pelo SUS municipal, evoluiu para cura e teve os exames encaminhados para análise no Instituto Adolfo Lutz. O que foi feito durante a ação de bloqueio? Uma equipe esteve no Centro de Educação Infantil (CEI) Bem-Querer Maria de Lourdes Vieira da Silva durante a manhã e checou a carteirinha de vacinação de 27 crianças que estudam na mesma sala onde houve a identificação do caso suspeito; Somente uma das crianças recebeu indicação para vacinação; Todos os seis funcionários que trabalharam diretamente com essa turma foram vacinados. “A medida está de acordo com uma nota técnica do Ministério da Saúde que, ao considerar o aumento de casos de coqueluche no mundo, recomenda a aplicação da vacina dTpa para profissionais que atuam em berçários e creches que atendem crianças de até 4 anos”, destacou a Saúde, em nota. LEIA TAMBÉM: Campinas tem o maior número de casos de coqueluche em 10 anos e bebês são maioria entre infectados Ainda de acordo com a pasta, a creche vai continuar sendo monitorada pela prefeitura, mas não há necessidade de outras ações no momento. “O bloqueio é um padrão já adotado pela secretaria em casos semelhantes”, complementou. O que é coqueluche, doença que acendeu o alerta no Brasil e em países da Europa Sintomas A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causa crises de tosse seca e falta de ar. A doença atinge principalmente bebês e crianças. É altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas por gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar. Segundo o Ministério da Saúde, em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes, mas isso é pouco frequente. Segundo o ministério, os sintomas podem se manifestar em três níveis: No primeiro, podem ser parecidos com os de um resfriado, com mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Eles podem durar por semanas. No segundo estágio, a tosse piora. Já no terceiro nível, a tosse é tão intensa que pode comprometer a respiração, além de causar vômitos e cansaço extremo. Geralmente, os sintomas duram entre seis e 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso. A maioria das pessoas consegue se recuperar da doença sem maiores complicações ou sequelas. Contudo, nas formas mais graves, podem ocorrer quadros mais severos, com complicações como infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão, lesão cerebral e morte. Vacina A melhor forma de prevenção é a vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças até 6 anos, gestantes e profissionais da saúde. A vacina pentavalente é indicada no primeiro ano de vida do bebê, em um esquema de três doses (aos dois, quatro e seis meses de idade) em um intervalo recomendado de 60 dias entre as doses. Em seguida, é preciso administrar doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos. A penta previne contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza B. Em Campinas, as doses estão disponíveis em todas as unidades básicas e as salas de vacinação funcionam conforme o horário de cada uma. Não é preciso fazer agendamento. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas


Aluna com suspeita da doença tem 2 anos e apresentou os primeiros sintomas no dia 24 de março. A vacina é o principal meio de prevenção da coqueluche TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL via BBC Após a notificação de um caso suspeito de coqueluche em uma creche no Jardim Nova Europa, a Secretaria de Saúde de Campinas (SP) realizou, nesta terça-feira (1º), uma ação de bloqueio da doença que incluiu a checagem de carteirinhas e vacinação de funcionários. Segundo a administração municipal, a aluna com suspeita de coqueluche tem 2 anos e apresentou os primeiros sintomas no dia 24 de março. Ela foi atendida pelo SUS municipal, evoluiu para cura e teve os exames encaminhados para análise no Instituto Adolfo Lutz. O que foi feito durante a ação de bloqueio? Uma equipe esteve no Centro de Educação Infantil (CEI) Bem-Querer Maria de Lourdes Vieira da Silva durante a manhã e checou a carteirinha de vacinação de 27 crianças que estudam na mesma sala onde houve a identificação do caso suspeito; Somente uma das crianças recebeu indicação para vacinação; Todos os seis funcionários que trabalharam diretamente com essa turma foram vacinados. “A medida está de acordo com uma nota técnica do Ministério da Saúde que, ao considerar o aumento de casos de coqueluche no mundo, recomenda a aplicação da vacina dTpa para profissionais que atuam em berçários e creches que atendem crianças de até 4 anos”, destacou a Saúde, em nota. LEIA TAMBÉM: Campinas tem o maior número de casos de coqueluche em 10 anos e bebês são maioria entre infectados Ainda de acordo com a pasta, a creche vai continuar sendo monitorada pela prefeitura, mas não há necessidade de outras ações no momento. “O bloqueio é um padrão já adotado pela secretaria em casos semelhantes”, complementou. O que é coqueluche, doença que acendeu o alerta no Brasil e em países da Europa Sintomas A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causa crises de tosse seca e falta de ar. A doença atinge principalmente bebês e crianças. É altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas por gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar. Segundo o Ministério da Saúde, em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes, mas isso é pouco frequente. Segundo o ministério, os sintomas podem se manifestar em três níveis: No primeiro, podem ser parecidos com os de um resfriado, com mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Eles podem durar por semanas. No segundo estágio, a tosse piora. Já no terceiro nível, a tosse é tão intensa que pode comprometer a respiração, além de causar vômitos e cansaço extremo. Geralmente, os sintomas duram entre seis e 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso. A maioria das pessoas consegue se recuperar da doença sem maiores complicações ou sequelas. Contudo, nas formas mais graves, podem ocorrer quadros mais severos, com complicações como infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão, lesão cerebral e morte. Vacina A melhor forma de prevenção é a vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças até 6 anos, gestantes e profissionais da saúde. A vacina pentavalente é indicada no primeiro ano de vida do bebê, em um esquema de três doses (aos dois, quatro e seis meses de idade) em um intervalo recomendado de 60 dias entre as doses. Em seguida, é preciso administrar doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos. A penta previne contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza B. Em Campinas, as doses estão disponíveis em todas as unidades básicas e as salas de vacinação funcionam conforme o horário de cada uma. Não é preciso fazer agendamento. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas