Delator da trama golpista, Cid pede para deixar o Exército

Delator e réu da chamada trama golpista, o tenente-coronel Mauro Cid pediu para deixar o Exército. A informação foi dada pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, durante a apresentação dos argumentos do militar para pedir a absolvição no julgamento do Supremo Tribunal Federal. De acordo com o advogado, Jair Alves Ferreira, Mauro Cid a baixa do Exército foi requerida "porque não tem mais condições psicológicas de continuar como militar". Mauro Cid tem dito a interlocutores que considerou a delação premiada um "processo traumático" já que acabou delatados fatos que envolviam não só Jair Bolsonaro, mas também generais de alta patente, com Braga Netto, que está preso por tentar atrapalhar as investigações e obter a colaboração, e antigos colegas. A defesa de Mauro Cid apontou ao Supremo durante as chamadas alegações finais - última manifestação antes do julgamento - que a colaboração teve um alto custo para o militar, provocando isolamento e tratamento de traidor. Os advogados, no entanto, apontam que a delação foi decisiva para a revelação de temas centrais da trama golpista. O pedido foi feito há cerca de um mês e ainda não teve decisão.

Set 2, 2025 - 15:30
 0  1
Delator da trama golpista, Cid pede para deixar o Exército
Delator e réu da chamada trama golpista, o tenente-coronel Mauro Cid pediu para deixar o Exército. A informação foi dada pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, durante a apresentação dos argumentos do militar para pedir a absolvição no julgamento do Supremo Tribunal Federal. De acordo com o advogado, Jair Alves Ferreira, Mauro Cid a baixa do Exército foi requerida "porque não tem mais condições psicológicas de continuar como militar". Mauro Cid tem dito a interlocutores que considerou a delação premiada um "processo traumático" já que acabou delatados fatos que envolviam não só Jair Bolsonaro, mas também generais de alta patente, com Braga Netto, que está preso por tentar atrapalhar as investigações e obter a colaboração, e antigos colegas. A defesa de Mauro Cid apontou ao Supremo durante as chamadas alegações finais - última manifestação antes do julgamento - que a colaboração teve um alto custo para o militar, provocando isolamento e tratamento de traidor. Os advogados, no entanto, apontam que a delação foi decisiva para a revelação de temas centrais da trama golpista. O pedido foi feito há cerca de um mês e ainda não teve decisão.