Estatais chinesas anunciam medidas para tentar segurar colapso do mercado de ações
A segunda-feira (7) foi marcada por caos nas bolsas mundiais por conta do 'tarifaço' e de retaliações por parte da China. Homem se desespera ao olhar o mercado de ações em uma corretora de Xangai, na China Yin Liqin/CNS via REUTERS Empresas estatais chinesas prometeram aumentar os investimentos em ações à medida que Pequim intensifica os esforços para estabilizar o mercado de ações, abalado pelas preocupações com as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Também para tentar frear o caos no mercado, uma série de companhias listadas anunciaram programas de recompra. Os anúncios da China Chengtong Holdings Group e da China Reform Holdings Corp vieram um dia após o fundo estatal Central Huijin declarar que aumentaria suas participações acionárias para estabilizar os mercados. O índice de referência da bolsa chinesa (.SSEC) se recuperou nas negociações da manhã desta terça (8) - noite desta segunda (7), pelo horário de Brasília, recuperando parte da queda de 7% registrada na segunda-feira, impulsionada pelo temor de uma guerra comercial e de uma recessão global. Na semana passada, Washington impôs tarifas adicionais de 34% sobre a China, que respondeu na mesma moeda, com tarifas de 34% sobre importações dos EUA. LEIA MAIS China não recua diante de ameaças de mais tarifas de Trump e promete retaliações Reação ao tarifaço mostra que a China está ‘pronta’ para a guerra comercial A Chengtong afirmou que suas unidades de investimento aumentariam participações em ações e fundos negociados em bolsa (ETFs) para ajudar a manter a estabilidade do mercado. "Estamos firmemente otimistas em relação às perspectivas de crescimento dos mercados de capitais da China", disse a empresa estatal de investimentos em comunicado, prometendo apoiar o crescimento de alta qualidade das companhias chinesas listadas. A China Reform Holdings Corp, também conhecida como Guoxin, afirmou em outro comunicado que uma de suas unidades de investimento aumentará participações em empresas de tecnologia, estatais e ETFs, utilizando um esquema de refinanciamento voltado para programas de recompra de ações. O investimento inicial será de 80 bilhões de yuans (cerca de US$ 10,95 bilhões). Outra empresa estatal, a China Electronics Technology Group, informou que vai intensificar a recompra de ações em suas unidades listadas, com o objetivo de reforçar a confiança dos investidores. Enquanto isso, um número crescente de empresas listadas divulgou planos para recomprar ações. A gigante do petróleo Sinopec afirmou que sua controladora estatal planeja comprar ações listadas na China e em Hong Kong no valor mínimo de 2 bilhões de yuans ao longo dos próximos 12 meses, como forma de demonstrar "confiança nas perspectivas de crescimento futuro". A Orient Securities declarou estar estudando planos de recompra de ações, com o objetivo de expressar otimismo e proteger ativamente os interesses dos acionistas. Outras empresas que anunciaram planos de recompra incluem a Intco Recycling Resources e a Spring Airlines. Já o grupo China Pacific Insurance afirmou que contribuirá para a estabilidade do mercado aumentando investimentos em setores estratégicos. O fundo estatal Huijin declarou nesta terça-feira que possui ampla liquidez e canais de financiamento eficientes para ajudar a conter a volatilidade anormal do mercado, atuando como "estabilizador". “O Central Huijin tem plena confiança e capacidade para manter resolutamente o bom funcionamento do mercado de capitais”, disse em comunicado. “Agiremos de forma decisiva quando necessário.” Separadamente, o banco central da China afirmou que apoia o aumento das participações do Central Huijin Investment em fundos de ações. Bolsas de valores na Ásia e na Europa despencam nesta segunda-feira


A segunda-feira (7) foi marcada por caos nas bolsas mundiais por conta do 'tarifaço' e de retaliações por parte da China. Homem se desespera ao olhar o mercado de ações em uma corretora de Xangai, na China Yin Liqin/CNS via REUTERS Empresas estatais chinesas prometeram aumentar os investimentos em ações à medida que Pequim intensifica os esforços para estabilizar o mercado de ações, abalado pelas preocupações com as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Também para tentar frear o caos no mercado, uma série de companhias listadas anunciaram programas de recompra. Os anúncios da China Chengtong Holdings Group e da China Reform Holdings Corp vieram um dia após o fundo estatal Central Huijin declarar que aumentaria suas participações acionárias para estabilizar os mercados. O índice de referência da bolsa chinesa (.SSEC) se recuperou nas negociações da manhã desta terça (8) - noite desta segunda (7), pelo horário de Brasília, recuperando parte da queda de 7% registrada na segunda-feira, impulsionada pelo temor de uma guerra comercial e de uma recessão global. Na semana passada, Washington impôs tarifas adicionais de 34% sobre a China, que respondeu na mesma moeda, com tarifas de 34% sobre importações dos EUA. LEIA MAIS China não recua diante de ameaças de mais tarifas de Trump e promete retaliações Reação ao tarifaço mostra que a China está ‘pronta’ para a guerra comercial A Chengtong afirmou que suas unidades de investimento aumentariam participações em ações e fundos negociados em bolsa (ETFs) para ajudar a manter a estabilidade do mercado. "Estamos firmemente otimistas em relação às perspectivas de crescimento dos mercados de capitais da China", disse a empresa estatal de investimentos em comunicado, prometendo apoiar o crescimento de alta qualidade das companhias chinesas listadas. A China Reform Holdings Corp, também conhecida como Guoxin, afirmou em outro comunicado que uma de suas unidades de investimento aumentará participações em empresas de tecnologia, estatais e ETFs, utilizando um esquema de refinanciamento voltado para programas de recompra de ações. O investimento inicial será de 80 bilhões de yuans (cerca de US$ 10,95 bilhões). Outra empresa estatal, a China Electronics Technology Group, informou que vai intensificar a recompra de ações em suas unidades listadas, com o objetivo de reforçar a confiança dos investidores. Enquanto isso, um número crescente de empresas listadas divulgou planos para recomprar ações. A gigante do petróleo Sinopec afirmou que sua controladora estatal planeja comprar ações listadas na China e em Hong Kong no valor mínimo de 2 bilhões de yuans ao longo dos próximos 12 meses, como forma de demonstrar "confiança nas perspectivas de crescimento futuro". A Orient Securities declarou estar estudando planos de recompra de ações, com o objetivo de expressar otimismo e proteger ativamente os interesses dos acionistas. Outras empresas que anunciaram planos de recompra incluem a Intco Recycling Resources e a Spring Airlines. Já o grupo China Pacific Insurance afirmou que contribuirá para a estabilidade do mercado aumentando investimentos em setores estratégicos. O fundo estatal Huijin declarou nesta terça-feira que possui ampla liquidez e canais de financiamento eficientes para ajudar a conter a volatilidade anormal do mercado, atuando como "estabilizador". “O Central Huijin tem plena confiança e capacidade para manter resolutamente o bom funcionamento do mercado de capitais”, disse em comunicado. “Agiremos de forma decisiva quando necessário.” Separadamente, o banco central da China afirmou que apoia o aumento das participações do Central Huijin Investment em fundos de ações. Bolsas de valores na Ásia e na Europa despencam nesta segunda-feira