'Falsa couve': O que se sabe sobre a família intoxicada em MG
Família passa mal após consumir planta tóxica em Patrocínio Quatro pessoas da mesma foram internadas em estado grave, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, após ingerirem a Nicotiana glauca, planta tóxica conhecida como "falsa couve". O caso foi registrado no dia 8 de outubro, e a intoxicação ocorreu durante um almoço em uma chácara na zona rural. O g1 reuniu as principais informações sobre o caso para recapitular o caso. Veja abaixo o que se sabe sobre o crime: Quando a intoxicação ocorreu? Quem são as vítimas? Quem está internado e quem recebeu alta? O que é a Nicotiana glauca? Como diferenciar a 'falsa couve'? O caso é investigado? ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp Quando a intoxicação ocorreu? As quatro pessoas foram intoxicadas após ingerirem a "falsa couve" durante um almoço em família em uma chácara na zona rural de Patrocínio, no Alto Paranaíba. Uma mulher de 37 anos, em estado mais grave, sofreu parada cardiorrespiratória durante o atendimento médico. Uma criança de 2 anos também foi internada. Ela não ingeriu a planta, mas permanecerá em observação. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família se mudou recentemente para a chácara e acreditava que a planta era um pé de couve devido à semelhança com o vegetal. Os moradores da casa prepararam a planta refogada e serviram no almoço. Quem são as vítimas? As vítimas são: Mulher de 37 anos; Homem de 60 anos; Homem de 64 anos; Homem de 67 anos Os nomes das vítimas não foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. Quem está internado e quem recebeu alta? Mulher, 37 anos: quadro muito grave. Está sem sedação, mas "sem despertar efetivo". Tomografia de crânio indicou gravidade com lesão cerebral e possível sequela. Homem, 60 anos: internado com quadro grave. Está em coma induzido, dependente de aparelhos para respirar, sem condições de suspender a sedação. A equipe médica aguarda a resposta ao novo antibiótico para melhorar os parâmetros infecciosos. Homem, 64 anos: foi extubado no sábado (11). Segue estável, e a equipe médica avalia a proposta de alta nos próximos dias. Homem, 67 anos: das quatro vítimas, foi a que teve o estado menos grave e recebeu alta médica em 9 de outubro, um dia após a intoxicação. O que é a Nicotiana glauca? A Nicotiana glauca, também chamada de charuteira, tabaco-arbóreo ou 'fumo bravo', é uma planta extremamente tóxica, comum em áreas rurais e à beira de estradas em todo o Brasil. De acordo com a professora da UFU, a planta contém uma substância chamada anabazina, um alcaloide que pode causar paralisia muscular, respiratória e até levar à morte. A especialista alerta que o modo de preparo também influencia na gravidade da intoxicação. "Ela é bastante comum em áreas rurais, em todo o Brasil, na beira de estradas. Então, infelizmente, ela é bem comum e facilmente confundida com a couve. Dependendo da forma que ela consome, seja crua, se cozida, isso vai alterar a quantidade dessa substância tóxica que a pessoa vai consumir, podendo levar a efeitos ainda mais graves", explicou. Em casos de ingestão da 'falsa couve', não existe nenhum tipo de antídoto que possa ser administrado em casa. A indicação é procurar imediatamente atendimento médico, pois quanto mais rápido for o socorro, maiores são as chances de evitar complicações graves da intoxicação. Nicotiana glauca Corpo de Bombeiros/Divulgação Como diferenciar a 'falsa couve'? A Nicotiana glauca, planta conhecida como 'falsa couve' tem características físicas que podem diferenciá-la da couve verdadeira. Entre elas, estão: folhas um pouco mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada. As informações foram confirmadas pela professora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). "Enquanto a couve que a gente consome tem a folha mais grossa e nervuras bem marcadas, a Nicotiana glauca tem um verde mais vivo. Mas, ainda assim, se você não tem uma do lado da outra, fica bastante difícil a diferenciação. A dica é não consumir nada que você não tenha certeza da procedência", afirmou a especialista. LEIA TAMBÉM: Festa termina com convidado morto e outros internados por suspeita de intoxicação Morte de funcionário após churrasco de empresa foi causada por agrotóxico Homem apanha de paciente e acaba preso após importunação sexual em UBS Falsa couve tem folhas mais finas, textura aveludada e coloração verde acinzentado. Polícia Militar/Divulgação O caso é investigado? A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da intoxicação de quatro pessoas da mesma família, após ingerirem a 'falsa couve'. A principal linha de investigação é de envenenamento acidental. Segundo a corporação, os primeiros levantamentos indicaram que a planta tóxica foi confundida com couve e preparada como refeição pela própria família. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), o vegetal foi encontrado próximo à porta da despensa da residência, nas imediações da c


Família passa mal após consumir planta tóxica em Patrocínio Quatro pessoas da mesma foram internadas em estado grave, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, após ingerirem a Nicotiana glauca, planta tóxica conhecida como "falsa couve". O caso foi registrado no dia 8 de outubro, e a intoxicação ocorreu durante um almoço em uma chácara na zona rural. O g1 reuniu as principais informações sobre o caso para recapitular o caso. Veja abaixo o que se sabe sobre o crime: Quando a intoxicação ocorreu? Quem são as vítimas? Quem está internado e quem recebeu alta? O que é a Nicotiana glauca? Como diferenciar a 'falsa couve'? O caso é investigado? ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp Quando a intoxicação ocorreu? As quatro pessoas foram intoxicadas após ingerirem a "falsa couve" durante um almoço em família em uma chácara na zona rural de Patrocínio, no Alto Paranaíba. Uma mulher de 37 anos, em estado mais grave, sofreu parada cardiorrespiratória durante o atendimento médico. Uma criança de 2 anos também foi internada. Ela não ingeriu a planta, mas permanecerá em observação. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família se mudou recentemente para a chácara e acreditava que a planta era um pé de couve devido à semelhança com o vegetal. Os moradores da casa prepararam a planta refogada e serviram no almoço. Quem são as vítimas? As vítimas são: Mulher de 37 anos; Homem de 60 anos; Homem de 64 anos; Homem de 67 anos Os nomes das vítimas não foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. Quem está internado e quem recebeu alta? Mulher, 37 anos: quadro muito grave. Está sem sedação, mas "sem despertar efetivo". Tomografia de crânio indicou gravidade com lesão cerebral e possível sequela. Homem, 60 anos: internado com quadro grave. Está em coma induzido, dependente de aparelhos para respirar, sem condições de suspender a sedação. A equipe médica aguarda a resposta ao novo antibiótico para melhorar os parâmetros infecciosos. Homem, 64 anos: foi extubado no sábado (11). Segue estável, e a equipe médica avalia a proposta de alta nos próximos dias. Homem, 67 anos: das quatro vítimas, foi a que teve o estado menos grave e recebeu alta médica em 9 de outubro, um dia após a intoxicação. O que é a Nicotiana glauca? A Nicotiana glauca, também chamada de charuteira, tabaco-arbóreo ou 'fumo bravo', é uma planta extremamente tóxica, comum em áreas rurais e à beira de estradas em todo o Brasil. De acordo com a professora da UFU, a planta contém uma substância chamada anabazina, um alcaloide que pode causar paralisia muscular, respiratória e até levar à morte. A especialista alerta que o modo de preparo também influencia na gravidade da intoxicação. "Ela é bastante comum em áreas rurais, em todo o Brasil, na beira de estradas. Então, infelizmente, ela é bem comum e facilmente confundida com a couve. Dependendo da forma que ela consome, seja crua, se cozida, isso vai alterar a quantidade dessa substância tóxica que a pessoa vai consumir, podendo levar a efeitos ainda mais graves", explicou. Em casos de ingestão da 'falsa couve', não existe nenhum tipo de antídoto que possa ser administrado em casa. A indicação é procurar imediatamente atendimento médico, pois quanto mais rápido for o socorro, maiores são as chances de evitar complicações graves da intoxicação. Nicotiana glauca Corpo de Bombeiros/Divulgação Como diferenciar a 'falsa couve'? A Nicotiana glauca, planta conhecida como 'falsa couve' tem características físicas que podem diferenciá-la da couve verdadeira. Entre elas, estão: folhas um pouco mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada. As informações foram confirmadas pela professora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). "Enquanto a couve que a gente consome tem a folha mais grossa e nervuras bem marcadas, a Nicotiana glauca tem um verde mais vivo. Mas, ainda assim, se você não tem uma do lado da outra, fica bastante difícil a diferenciação. A dica é não consumir nada que você não tenha certeza da procedência", afirmou a especialista. LEIA TAMBÉM: Festa termina com convidado morto e outros internados por suspeita de intoxicação Morte de funcionário após churrasco de empresa foi causada por agrotóxico Homem apanha de paciente e acaba preso após importunação sexual em UBS Falsa couve tem folhas mais finas, textura aveludada e coloração verde acinzentado. Polícia Militar/Divulgação O caso é investigado? A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da intoxicação de quatro pessoas da mesma família, após ingerirem a 'falsa couve'. A principal linha de investigação é de envenenamento acidental. Segundo a corporação, os primeiros levantamentos indicaram que a planta tóxica foi confundida com couve e preparada como refeição pela própria família. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), o vegetal foi encontrado próximo à porta da despensa da residência, nas imediações da cozinha. A semelhança visual com a couve pode ter levado ao erro na identificação da planta, que é considerada altamente tóxica. Três pacientes seguem internados na Santa Casa de Patrocínio Paulo Barbosa/TV Integração VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas