Governo de SP libera crédito de R$ 127 milhões para obras do VLT da Baixada Santista; entenda

Obras do VLT alteram trânsito e transporte em Santos a partir desta sexta-feira Prefeitura de Santos/Divulgação O governo de São Paulo abriu um crédito suplementar de R$ 127,1 milhões no orçamento da Secretaria de Parceria e Investimentos (SPI) para pagamento das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O valor estava previsto no aditivo contratual firmado com a BR Mobilidade em agosto deste ano. Na ocasião, foi estabelecido um investimento extra de R$ 395 milhões. A autorização foi decretada pelo governador Tarcísio de Freitas na segunda-feira (22). Os repasses das obras do VLT eram realizados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), e agora ficarão a cargo da SPI por conta do aditivo contratual. Desta forma, o governo estadual precisou abrir um crédito adicional ao orçamento da pasta visando o atendimento das despesas do Estado, já que o montante não estava previsto no contrato inicial de concessão junto à BR Mobilidade. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. O aditivo foi incorporado ao contrato de concessão existente, no qual a concessionária faz a gestão, manutenção e operação do transporte público e linhas do VLT da Baixada Santista. O governo destacou que abertura do crédito não implica em alteração nos valores do contrato. Ele foi assinado em 2015, com prazo de 20 anos, e o investimento foi de R$ 1,65 bi. À época, o governo de SP informou que o aporte será liberado conforme o avanço físico das obras, com fiscalização da Agência Reguladora (Artesp). VLT em testes de circulação realizado no trecho da segunda linha, em Santos Divulgação/EMTU Aditivo contratual O governo de São Paulo assinou, em agosto deste ano, um contrato de R$ 395 milhões com a concessionária BR Mobilidade para instalar a sinalização e concluir sistemas pendentes da segunda linha do VLT. Esses serviços, originalmente a cargo da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), não foram realizados e a estatal está em processo de extinção. A previsão dos serviços é de dezembro de 2026. De acordo com o documento, caberá à BR Mobilidade implantar a sinalização e demais sistemas do VLT — apontados pelo governo como o único impeditivo para a circulação do modal na nova linha. A decisão, tomada em caráter de urgência, visa acelerar o início da operação. O valor foi definido após a BR Mobilidade apresentar estudos e cronogramas à Agência de Transportes de São Paulo (Artesp), que havia consultado a empresa sobre o interesse em assumir a execução dos serviços inacabados. A proposta foi aceita. O aporte foi estimado em R$ 362.009.049. Como o investimento não estava previsto no contrato original, ele foi reajustado para R$ 395.183.513, com a atualização do valor em relação ao primeiro ano contratual - baseado em janeiro de 2025. Fase de testes do VLT foi iniciada em Santos O que a BR Mobilidade vai fazer? A BR Mobilidade deve levantar e planejar a conclusão dos sistemas de energia, telecomunicação e comunicação semafórica do novo trecho do VLT. Para isso, a empresa deve avaliar a condição dos equipamentos já adquiridos pela EMTU, visando reaproveitar os itens. O processo inclui, ainda, a revisão dos trabalhos já executados pela EMTU, atualização de projetos, inspeções em campo, testes, tratativas com fabricantes, simulações elétricas e elaboração de projetos para instalação de sistemas de incêndio e wi-fi na linha existente. Confira os investimentos previstos: Mobilização – R$ 40.553.394,71 Protocolo da documentação técnica da cabine 13,8 kV padrão CP – R$ 202.766,97 Entrega de equipamentos novos – R$ 104.222.294,41 Instalação – R$ 174.785.131,22 Comissionamento e testes – R$ 79.484.653,64 Treinamento – R$ 1.013.834,87 Termo de aceite final – R$ 5.271.941,31 VLT Construção do novo trecho do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) terá plantio de 207 árvores em torno do local. Divulgação/ EMTU As obras da 2ª linha do VLT foram iniciadas em setembro de 2020, sob responsabilidade da EMTU e execução da Alya Construtora e, segundo o governo estadual, estão concluídas. A operação, no entanto, tinha previsão de início no primeiro semestre de 2025, o que não aconteceu. Atualmente, são realizados testes do modal. A nova realizará a ligação entre a Avenida Conselheiro Nébias e a região do Valongo. Em Santos (SP), o modal terá 8 km de extensão e 12 estações, com capacidade para transportar 35 mil pessoas por dia. A terceira linha do equipamento ainda deverá ser construída em São Vicente, ligando as áreas Insular e Continental do município. A ação será realizada após a reforma da Ponte A Tribuna, que teve início em março de 2024, com previsão de entrega em 2 anos. A terceira linha contará com mais 7,5 km de extensão e quatro estações. O novo trecho deve beneficiar cerca de 150 mil moradores da Área Continental na ligação com o município de Santos. Ao ser totalmente concluído, o VLT da Baixada Santista deverá contar com 27 km de extensão, com interligações dispostas em 31 estações. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Sant

Set 23, 2025 - 12:00
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Governo de SP libera crédito de R$ 127 milhões para obras do VLT da Baixada Santista; entenda

Obras do VLT alteram trânsito e transporte em Santos a partir desta sexta-feira Prefeitura de Santos/Divulgação O governo de São Paulo abriu um crédito suplementar de R$ 127,1 milhões no orçamento da Secretaria de Parceria e Investimentos (SPI) para pagamento das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O valor estava previsto no aditivo contratual firmado com a BR Mobilidade em agosto deste ano. Na ocasião, foi estabelecido um investimento extra de R$ 395 milhões. A autorização foi decretada pelo governador Tarcísio de Freitas na segunda-feira (22). Os repasses das obras do VLT eram realizados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), e agora ficarão a cargo da SPI por conta do aditivo contratual. Desta forma, o governo estadual precisou abrir um crédito adicional ao orçamento da pasta visando o atendimento das despesas do Estado, já que o montante não estava previsto no contrato inicial de concessão junto à BR Mobilidade. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. O aditivo foi incorporado ao contrato de concessão existente, no qual a concessionária faz a gestão, manutenção e operação do transporte público e linhas do VLT da Baixada Santista. O governo destacou que abertura do crédito não implica em alteração nos valores do contrato. Ele foi assinado em 2015, com prazo de 20 anos, e o investimento foi de R$ 1,65 bi. À época, o governo de SP informou que o aporte será liberado conforme o avanço físico das obras, com fiscalização da Agência Reguladora (Artesp). VLT em testes de circulação realizado no trecho da segunda linha, em Santos Divulgação/EMTU Aditivo contratual O governo de São Paulo assinou, em agosto deste ano, um contrato de R$ 395 milhões com a concessionária BR Mobilidade para instalar a sinalização e concluir sistemas pendentes da segunda linha do VLT. Esses serviços, originalmente a cargo da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), não foram realizados e a estatal está em processo de extinção. A previsão dos serviços é de dezembro de 2026. De acordo com o documento, caberá à BR Mobilidade implantar a sinalização e demais sistemas do VLT — apontados pelo governo como o único impeditivo para a circulação do modal na nova linha. A decisão, tomada em caráter de urgência, visa acelerar o início da operação. O valor foi definido após a BR Mobilidade apresentar estudos e cronogramas à Agência de Transportes de São Paulo (Artesp), que havia consultado a empresa sobre o interesse em assumir a execução dos serviços inacabados. A proposta foi aceita. O aporte foi estimado em R$ 362.009.049. Como o investimento não estava previsto no contrato original, ele foi reajustado para R$ 395.183.513, com a atualização do valor em relação ao primeiro ano contratual - baseado em janeiro de 2025. Fase de testes do VLT foi iniciada em Santos O que a BR Mobilidade vai fazer? A BR Mobilidade deve levantar e planejar a conclusão dos sistemas de energia, telecomunicação e comunicação semafórica do novo trecho do VLT. Para isso, a empresa deve avaliar a condição dos equipamentos já adquiridos pela EMTU, visando reaproveitar os itens. O processo inclui, ainda, a revisão dos trabalhos já executados pela EMTU, atualização de projetos, inspeções em campo, testes, tratativas com fabricantes, simulações elétricas e elaboração de projetos para instalação de sistemas de incêndio e wi-fi na linha existente. Confira os investimentos previstos: Mobilização – R$ 40.553.394,71 Protocolo da documentação técnica da cabine 13,8 kV padrão CP – R$ 202.766,97 Entrega de equipamentos novos – R$ 104.222.294,41 Instalação – R$ 174.785.131,22 Comissionamento e testes – R$ 79.484.653,64 Treinamento – R$ 1.013.834,87 Termo de aceite final – R$ 5.271.941,31 VLT Construção do novo trecho do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) terá plantio de 207 árvores em torno do local. Divulgação/ EMTU As obras da 2ª linha do VLT foram iniciadas em setembro de 2020, sob responsabilidade da EMTU e execução da Alya Construtora e, segundo o governo estadual, estão concluídas. A operação, no entanto, tinha previsão de início no primeiro semestre de 2025, o que não aconteceu. Atualmente, são realizados testes do modal. A nova realizará a ligação entre a Avenida Conselheiro Nébias e a região do Valongo. Em Santos (SP), o modal terá 8 km de extensão e 12 estações, com capacidade para transportar 35 mil pessoas por dia. A terceira linha do equipamento ainda deverá ser construída em São Vicente, ligando as áreas Insular e Continental do município. A ação será realizada após a reforma da Ponte A Tribuna, que teve início em março de 2024, com previsão de entrega em 2 anos. A terceira linha contará com mais 7,5 km de extensão e quatro estações. O novo trecho deve beneficiar cerca de 150 mil moradores da Área Continental na ligação com o município de Santos. Ao ser totalmente concluído, o VLT da Baixada Santista deverá contar com 27 km de extensão, com interligações dispostas em 31 estações. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos