Negligência e bebê resgatada: o que se sabe sobre morte de criança que passou horas no sofá em Pernambuco
Imagem de arquivo mostra UPA em Paulista, no Grande Recife Reprodução/Google Street View A Polícia Civil investiga o caso de omissão de socorro a uma criança de 2 anos que teve uma convulsão e acabou morrendo. De acordo com o Conselho Tutelar, o corpo do menino passou 24 horas no sofá de casa até que o caso foi denunciado por vizinhos. Ele era filho de um casal formado por irmãos consanguíneos que mantêm um relacionamento incestuoso. Apesar de não ser tipificado como crime no Brasil, o incesto é uma prática fortemente condenada pela medicina por causa dos riscos de má formação congênita em filhos de relações incestuosas. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Confira, a seguir, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre esse caso: Quando e onde aconteceu a morte da criança? Como o corpo foi descoberto? Por que a criança não foi socorrida? Os pais foram presos? A outra filha do casal tinha sinais de maus-tratos? O casal era negligente com os filhos? Como o caso é investigado pela polícia? Quando e onde aconteceu a morte da criança? O menino morreu no domingo (31), mas o caso foi descoberto na segunda-feira (1º), por um vizinho que acionou a polícia. A morte da criança aconteceu na casa onde morava com a família, localizada na comunidade Asa Branca, em Paulista, no Grande Recife. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Como o corpo foi descoberto? Moradores da comunidade perceberam que a criança estava morta dentro de casa e chamaram a Polícia Militar. Os policiais foram à residência na manhã da segunda-feira (1º), mas ninguém atendeu e a casa estava fechada. Mais tarde, ao ser informado que policiais foram ao local, o pai do menino ligou para a polícia e contou sobre o corpo do filho. Os policiais foram à casa novamente e isolaram o local. A equipe do Conselho Tutelar chegou por volta das 21h. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Por que a criança não foi socorrida? Os pais não explicaram o motivo de não terem socorrido o menino. De acordo com a conselheira tutelar Claudia Roberta, os pais do menino que morreu mora próximo a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), mas, mesmo assim, não tentaram socorrer o filho. "O menino convulsionou, eles não sabiam o que fazer, tentaram reanimar, mas não conseguiram. Aí eu perguntei: 'Chamaram socorro, chamaram Samu, levaram para UPA?' Não. Mas também não falaram mais nada. Saíram [de casa], voltaram e o menino no sofá", contou a conselheira tutelar ao g1. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Os pais foram presos? Os pais das crianças, que são irmãos e têm 18 e 24 anos, não foram presos pela omissão de socorro. Eles foram ouvidos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, e liberados em seguida. Como no Brasil, é proibido o casamento incestuoso, os pais não são casados formalmente.Os nomes dos envolvidos não serão divulgados, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. A outra filha do casal tinha sinais de maus-tratos? A outra filha do casal tem 9 meses foi acolhida pelo Conselho Tutelar. A bebê resgatada não apresentava sinais de maus-tratos. Segundo a conselheira tutelar, caso os avós queiram assumir os cuidados da criança, será necessária decisão judicial da Vara da Infância para que ela saia da unidade de acolhimento institucional e volte para a família. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. O casal era negligente com os filhos? Vizinhos contaram à conselheira tutelar que o casal era negligente com os filhos, e que a criança que morreu já tinha sido acolhida pelo Conselho Tutelar de Olinda, quando os pais moravam no bairro do Varadouro. Porém, após audiência, o juiz decidiu devolver a criança ao pai e à mãe. "Quando a gente entrou, a população toda estava lá. Muita gente. Foi nítida a negligência que os vizinhos informaram que esses pais faziam com as crianças. [Os pais] estavam sentados, porque tinha muita polícia, porque queriam linchar eles no local", contou a conselheira Claudia Roberta. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Como o caso é investigado pela polícia? Em nota, a Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado pela Equipe de Força-Tarefa de Homicídios Metropolitana Norte como "morte a esclarecer, sem indício de crime". ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. LEIA TAMBÉM: Menina de 7 anos é queimada pela mãe com garfo quente na genitália e na mão ⏬ Veja, no vídeo abaixo, como identificar e denunciar casos de violência e abuso sexual infantil: Violência e abuso sexual infantil: veja os sinais e saiba como proteger as crianças VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias


Imagem de arquivo mostra UPA em Paulista, no Grande Recife Reprodução/Google Street View A Polícia Civil investiga o caso de omissão de socorro a uma criança de 2 anos que teve uma convulsão e acabou morrendo. De acordo com o Conselho Tutelar, o corpo do menino passou 24 horas no sofá de casa até que o caso foi denunciado por vizinhos. Ele era filho de um casal formado por irmãos consanguíneos que mantêm um relacionamento incestuoso. Apesar de não ser tipificado como crime no Brasil, o incesto é uma prática fortemente condenada pela medicina por causa dos riscos de má formação congênita em filhos de relações incestuosas. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Confira, a seguir, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre esse caso: Quando e onde aconteceu a morte da criança? Como o corpo foi descoberto? Por que a criança não foi socorrida? Os pais foram presos? A outra filha do casal tinha sinais de maus-tratos? O casal era negligente com os filhos? Como o caso é investigado pela polícia? Quando e onde aconteceu a morte da criança? O menino morreu no domingo (31), mas o caso foi descoberto na segunda-feira (1º), por um vizinho que acionou a polícia. A morte da criança aconteceu na casa onde morava com a família, localizada na comunidade Asa Branca, em Paulista, no Grande Recife. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Como o corpo foi descoberto? Moradores da comunidade perceberam que a criança estava morta dentro de casa e chamaram a Polícia Militar. Os policiais foram à residência na manhã da segunda-feira (1º), mas ninguém atendeu e a casa estava fechada. Mais tarde, ao ser informado que policiais foram ao local, o pai do menino ligou para a polícia e contou sobre o corpo do filho. Os policiais foram à casa novamente e isolaram o local. A equipe do Conselho Tutelar chegou por volta das 21h. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Por que a criança não foi socorrida? Os pais não explicaram o motivo de não terem socorrido o menino. De acordo com a conselheira tutelar Claudia Roberta, os pais do menino que morreu mora próximo a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), mas, mesmo assim, não tentaram socorrer o filho. "O menino convulsionou, eles não sabiam o que fazer, tentaram reanimar, mas não conseguiram. Aí eu perguntei: 'Chamaram socorro, chamaram Samu, levaram para UPA?' Não. Mas também não falaram mais nada. Saíram [de casa], voltaram e o menino no sofá", contou a conselheira tutelar ao g1. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Os pais foram presos? Os pais das crianças, que são irmãos e têm 18 e 24 anos, não foram presos pela omissão de socorro. Eles foram ouvidos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, e liberados em seguida. Como no Brasil, é proibido o casamento incestuoso, os pais não são casados formalmente.Os nomes dos envolvidos não serão divulgados, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. A outra filha do casal tinha sinais de maus-tratos? A outra filha do casal tem 9 meses foi acolhida pelo Conselho Tutelar. A bebê resgatada não apresentava sinais de maus-tratos. Segundo a conselheira tutelar, caso os avós queiram assumir os cuidados da criança, será necessária decisão judicial da Vara da Infância para que ela saia da unidade de acolhimento institucional e volte para a família. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. O casal era negligente com os filhos? Vizinhos contaram à conselheira tutelar que o casal era negligente com os filhos, e que a criança que morreu já tinha sido acolhida pelo Conselho Tutelar de Olinda, quando os pais moravam no bairro do Varadouro. Porém, após audiência, o juiz decidiu devolver a criança ao pai e à mãe. "Quando a gente entrou, a população toda estava lá. Muita gente. Foi nítida a negligência que os vizinhos informaram que esses pais faziam com as crianças. [Os pais] estavam sentados, porque tinha muita polícia, porque queriam linchar eles no local", contou a conselheira Claudia Roberta. ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. Como o caso é investigado pela polícia? Em nota, a Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado pela Equipe de Força-Tarefa de Homicídios Metropolitana Norte como "morte a esclarecer, sem indício de crime". ⬆️ Voltar ao início desta reportagem. LEIA TAMBÉM: Menina de 7 anos é queimada pela mãe com garfo quente na genitália e na mão ⏬ Veja, no vídeo abaixo, como identificar e denunciar casos de violência e abuso sexual infantil: Violência e abuso sexual infantil: veja os sinais e saiba como proteger as crianças VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias