Professores da rede municipal de Teresina entram em greve; Prefeitura alega que reajuste de 22% é inviável

Aulas começaram no último dia 5 de fevereiro. Prefeitura diz que impacto financeiro do reajuste de 6,5% e da convocação de professores impossibilita aumento pedido pelos professores. Professores da rede municipal de Teresina entram em greve por tempo indeterminado Divulgação/Sindserm Os professores da rede municipal de ensino de Teresina entraram em greve, por tempo indeterminado, na segunda-feira (17). As aulas começaram no último dia 5 de fevereiro. A categoria reivindica um aumento salarial de 22,07%, maior que os 6,5% anunciados pela Prefeitura. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp A gestão municipal alega, porém, que o impacto financeiro do reajuste de 6,5% e da convocação de 342 professores aprovados no concurso da Secretaria Municipal de Educação (Semec) torna inviável o aumento de 22,07% pretendido pela categoria. Segundo o secretário de Administração de Teresina, Marcos Elvas, o aumento proposto pela Prefeitura terá uma repercussão anual de R$ 38 milhões na folha de pagamento da educação municipal, enquanto a convocação dos professores custará R$ 25 milhões. Ao todo, o impacto financeiro será de R$ 63 milhões no ano. “Para quem recebeu a prefeitura da forma que recebeu, acho que é impossível fazer mais. Entendo a posição do sindicato, no regime democrático é possível ter várias visões. Mas tem que ter a capacidade de pagamento”, declarou o secretário. Compartilhe esta notícia no WhatsApp Compartilhe esta notícia no Telegram Por outro lado, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) argumenta que o reajuste de 22,07% é possível porque a Prefeitura recebeu, em janeiro de 2025, cerca de R$ 83 milhões de repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O presidente do Sindserm, Sinésio Soares, classificou a quantia como um “recorde histórico” e apontou que R$ 28 milhões foram depositados na conta do Fundeb em fevereiro – assim, seria viável conceder o aumento solicitado pela categoria. Sinésio afirmou que os professores irão à Câmara Municipal de Teresina nesta terça-feira (18) para que os vereadores os ajudem a pedir ao prefeito Silvio Mendes (União Brasil) que receba a comissão de negociação do sindicato. Em nota, a Semec informou que "o momento exige responsabilidade fiscal" e que, por isso, não é possível conceder aos professores um reajuste maior que 6,5%. Leia a nota completa abaixo: A Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), concedeu um reajuste linear de 6,5% para professores e pedagogos da Rede pública Municipal de Ensino, percentual maior que o nacional (6,27%), retroativo a janeiro deste ano. E o indicativo do Projeto de Lei será encaminhado nos próximos dias para aprovação da Câmara. A atual gestão está comprometida com a valorização dos profissionais da educação, mas, o momento exige responsabilidade fiscal, não sendo possível um reajuste maior que 6,5%. A Prefeitura de Teresina segue empenhada em equilibrar as contas da educação municipal, garantindo que os direitos dos profissionais sejam cumpridos e que os investimentos na qualidade do ensino sejam mantidos.

Fev 18, 2025 - 08:30
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Professores da rede municipal de Teresina entram em greve; Prefeitura alega que reajuste de 22% é inviável

Aulas começaram no último dia 5 de fevereiro. Prefeitura diz que impacto financeiro do reajuste de 6,5% e da convocação de professores impossibilita aumento pedido pelos professores. Professores da rede municipal de Teresina entram em greve por tempo indeterminado Divulgação/Sindserm Os professores da rede municipal de ensino de Teresina entraram em greve, por tempo indeterminado, na segunda-feira (17). As aulas começaram no último dia 5 de fevereiro. A categoria reivindica um aumento salarial de 22,07%, maior que os 6,5% anunciados pela Prefeitura. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp A gestão municipal alega, porém, que o impacto financeiro do reajuste de 6,5% e da convocação de 342 professores aprovados no concurso da Secretaria Municipal de Educação (Semec) torna inviável o aumento de 22,07% pretendido pela categoria. Segundo o secretário de Administração de Teresina, Marcos Elvas, o aumento proposto pela Prefeitura terá uma repercussão anual de R$ 38 milhões na folha de pagamento da educação municipal, enquanto a convocação dos professores custará R$ 25 milhões. Ao todo, o impacto financeiro será de R$ 63 milhões no ano. “Para quem recebeu a prefeitura da forma que recebeu, acho que é impossível fazer mais. Entendo a posição do sindicato, no regime democrático é possível ter várias visões. Mas tem que ter a capacidade de pagamento”, declarou o secretário. Compartilhe esta notícia no WhatsApp Compartilhe esta notícia no Telegram Por outro lado, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) argumenta que o reajuste de 22,07% é possível porque a Prefeitura recebeu, em janeiro de 2025, cerca de R$ 83 milhões de repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O presidente do Sindserm, Sinésio Soares, classificou a quantia como um “recorde histórico” e apontou que R$ 28 milhões foram depositados na conta do Fundeb em fevereiro – assim, seria viável conceder o aumento solicitado pela categoria. Sinésio afirmou que os professores irão à Câmara Municipal de Teresina nesta terça-feira (18) para que os vereadores os ajudem a pedir ao prefeito Silvio Mendes (União Brasil) que receba a comissão de negociação do sindicato. Em nota, a Semec informou que "o momento exige responsabilidade fiscal" e que, por isso, não é possível conceder aos professores um reajuste maior que 6,5%. Leia a nota completa abaixo: A Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), concedeu um reajuste linear de 6,5% para professores e pedagogos da Rede pública Municipal de Ensino, percentual maior que o nacional (6,27%), retroativo a janeiro deste ano. E o indicativo do Projeto de Lei será encaminhado nos próximos dias para aprovação da Câmara. A atual gestão está comprometida com a valorização dos profissionais da educação, mas, o momento exige responsabilidade fiscal, não sendo possível um reajuste maior que 6,5%. A Prefeitura de Teresina segue empenhada em equilibrar as contas da educação municipal, garantindo que os direitos dos profissionais sejam cumpridos e que os investimentos na qualidade do ensino sejam mantidos.