Região de Ribeirão Preto tem alta de 5,3% nas exportações, mas baixa participação de itens industrializados

Em 2024, região movimentou quase US$ 3 bilhões em negócios internacionais com países como EUA e China, segundo o Ciesp. Apenas 10% dos itens vendidos eram de alto valor agregado, de acordo com a entidade. Indústria da região de Ribeirão Preto registra alta de 5,3% nas exportações A região de Ribeirão Preto (SP) teve um aumento de 5,3% nas exportações em 2024, de acordo com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O levantamento mostra que, entre janeiro e outubro do ano passado, foram movimentados US$ 2,99 bilhões em negócios realizados principalmente com EUA, China e Bélgica. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O número é quase sete vezes maior do que o volume de importações registrado no mesmo período, de US$ 430 milhões, mas é movimentado principalmente por produtos primários, alerta o diretor regional da Ciesp, André Ignácio. Os itens de alto valor agregado, como as máquinas agrícolas, representam apenas 10%. "O que nós queremos obviamente é que essa indústria de alto valor agregado exporte cada vez mais, ou seja, que a gente pegue o bem primário e consiga agregar valor na cadeia para exportar em um nível mais alto dessa cadeia de produto”, avalia. Além disso, o resultado total não reflete uma elevação de negócios em todos os segmentos. Indústria de máquinas agrícolas da região de Ribeirão Preto (SP) Thiago Aureliano/EPTV Apesar de ter tido o maior volume de exportações, o setor de açúcares e produtos de confeitaria teve uma baixa de 4,6% nas exportações na comparação com 2023. Também houve baixas em resíduos e desperdícios das indústrias alimentares (-11,8%), sementes e frutos oleaginosos (-21,9%), estanho e suas obras (-18,6%) e bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres (-13,6%). Em contrapartida, fecharam em alta e garantiram a elevação geral das exportações setores como o de como preparações de produtos hortícolas (60,1%), carnes e miudezas comestíveis (28,9%) e produtos de perfumaria (82,3%). Países importadores Segundo o levantamento do Ciesp, os EUA foram o principal destino dos produtos da região em 2024, diante de uma alta de 45,5% nos negócios, que chegaram a mais de US$ 403 milhões. A China, que então superava os EUA, aparece na sequência, com US$ 262,5 milhões, diante de uma baixa de 29,2%. Bélgica, Indonésia e Países Baixos também ajudaram a impulsionar as vendas, com altas que variaram entre 13,5% e 71,4%. LEIA TAMBÉM Concentração de renda e emprego na 'Califórnia Brasileira' desafia Região Metropolitana de Ribeirão Preto Equilíbrio no faturamento Dono de uma empresa de máquinas agrícolas em Ribeirão Preto e Cajuru (SP), Matheus Menta afirma ter registrado um aumento de 25% nas exportações em 2024, para países como Paraguai, Bolívia, além de México. Segundo ele, o retorno financeiro é equivalente a 20% do faturamento anual e ajuda a compensar as perdas do mercado interno. “A exportação nos traz uma confiança no mercado, enfim, um faturamento constante, porque quando você tem uma empresa que fatura em altos e baixos é meio complicado. no caso da exportação, ela nos dá o equilíbrio”, diz. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

Fev 16, 2025 - 16:30
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Região de Ribeirão Preto tem alta de 5,3% nas exportações, mas baixa participação de itens industrializados

Em 2024, região movimentou quase US$ 3 bilhões em negócios internacionais com países como EUA e China, segundo o Ciesp. Apenas 10% dos itens vendidos eram de alto valor agregado, de acordo com a entidade. Indústria da região de Ribeirão Preto registra alta de 5,3% nas exportações A região de Ribeirão Preto (SP) teve um aumento de 5,3% nas exportações em 2024, de acordo com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O levantamento mostra que, entre janeiro e outubro do ano passado, foram movimentados US$ 2,99 bilhões em negócios realizados principalmente com EUA, China e Bélgica. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O número é quase sete vezes maior do que o volume de importações registrado no mesmo período, de US$ 430 milhões, mas é movimentado principalmente por produtos primários, alerta o diretor regional da Ciesp, André Ignácio. Os itens de alto valor agregado, como as máquinas agrícolas, representam apenas 10%. "O que nós queremos obviamente é que essa indústria de alto valor agregado exporte cada vez mais, ou seja, que a gente pegue o bem primário e consiga agregar valor na cadeia para exportar em um nível mais alto dessa cadeia de produto”, avalia. Além disso, o resultado total não reflete uma elevação de negócios em todos os segmentos. Indústria de máquinas agrícolas da região de Ribeirão Preto (SP) Thiago Aureliano/EPTV Apesar de ter tido o maior volume de exportações, o setor de açúcares e produtos de confeitaria teve uma baixa de 4,6% nas exportações na comparação com 2023. Também houve baixas em resíduos e desperdícios das indústrias alimentares (-11,8%), sementes e frutos oleaginosos (-21,9%), estanho e suas obras (-18,6%) e bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres (-13,6%). Em contrapartida, fecharam em alta e garantiram a elevação geral das exportações setores como o de como preparações de produtos hortícolas (60,1%), carnes e miudezas comestíveis (28,9%) e produtos de perfumaria (82,3%). Países importadores Segundo o levantamento do Ciesp, os EUA foram o principal destino dos produtos da região em 2024, diante de uma alta de 45,5% nos negócios, que chegaram a mais de US$ 403 milhões. A China, que então superava os EUA, aparece na sequência, com US$ 262,5 milhões, diante de uma baixa de 29,2%. Bélgica, Indonésia e Países Baixos também ajudaram a impulsionar as vendas, com altas que variaram entre 13,5% e 71,4%. LEIA TAMBÉM Concentração de renda e emprego na 'Califórnia Brasileira' desafia Região Metropolitana de Ribeirão Preto Equilíbrio no faturamento Dono de uma empresa de máquinas agrícolas em Ribeirão Preto e Cajuru (SP), Matheus Menta afirma ter registrado um aumento de 25% nas exportações em 2024, para países como Paraguai, Bolívia, além de México. Segundo ele, o retorno financeiro é equivalente a 20% do faturamento anual e ajuda a compensar as perdas do mercado interno. “A exportação nos traz uma confiança no mercado, enfim, um faturamento constante, porque quando você tem uma empresa que fatura em altos e baixos é meio complicado. no caso da exportação, ela nos dá o equilíbrio”, diz. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região