Sem firulas, Michael Kiwanuka leva soul caprichado ao Lolla e conquista público com qualidade de seu som
Britânico fez show tranquilo e falou pouco, mas ganhou público com ótimas músicas na tarde deste domingo. Michael Kiwanuka se apresenta no Lollapalooza 2025 Luiz Gabriel Franco/g1 Neste Lollapalooza de atrações pop e rock, coube ao inglês Michael Kiwanuka fazer o show mais soul do festival. Ao subir no palco principal na tarde deste domingo (30), o músico britânico atraiu um público de fãs e curiosos. Tinha ao seu favor uma voz rouca, encorpada, e uma banda habilidosa. Como assistir aos shows? Clique aqui para ver no Globoplay. Ou aqui para ver em 4K TEMPO REAL: Acompanhe tudo o que acontece no Lollapalooza 2025 Com quase 15 anos de carreira, o britânico ainda lida com uma diferença muito grande entre os públicos de casa e de fora. No Reino Unido, ele chegou ao topo dos paradas com praticamente todos os seus discos; já levou o respeitado Mercury Prize pelo álbum “Kiwanuka”, descrito pelo júri britânico como uma “obra prima”. Mas quando saiu da Europa, Michael recebeu uma plateia bem diferente - boa parte conhece somente o seu maior sucesso, “Cold Little Heart”, tema da série “Big Little Lies”. E mesmo assim, poucos sabem quem é o autor da trilha das cenas de Nicole Kidman na praia. Felizmente, Michael veio preparado para o trabalho. Entrou rapidinho com seus instrumentistas, sem mistério nem efeito especial, e já foi ao microfone entoar “One More Night”, do disco “Love & Hate”. Seguiu para “You Ain’t the Problem”, com coro das simpáticas backing vocals. Tímido, mas talentoso, o vocalista não conversou muito com a plateia e preferiu se comunicar nas canções. É o que ele - que já abriu shows de Adele no início da carreira - diz ter aprendido com a cantora: não deixar a timidez impedi-lo de cantar com o coração. Então, ele se limitou a alguns sorrisos, “São Paulo, como vocês estão se sentindo?”, e mais música. Também não se movimentou muito no palco. E ainda assim, o público não se dispersou em momento nenhum. Ao todo, o britânico tocou somente dez canções - a título de comparação, o The Marías encaixou quatorze no mesmo tempo de show. Mas Michael, que também é guitarrista, preferiu desenvolver as músicas com calma e dar tempo para os instrumentos brincarem. Foi o caso de “Black Man”, música em que o balanço dos riffs de guitarra falam por si. Ou “Rule the World”, em que uma das vocalistas ostentou o vozeirão com capricho de de gospel americano. Kiwanuka mal precisou pedir aplausos do público; eles já estavam a caminho. O show teve o clima que se espera encontrar no meio de um festival. Com um público que usava camisetas do Tool, do Sepultura, do Justin Timberlake e até do Velvet Underground, Michael arrancou aplausos de quase todos os presentes. (Nem todos: alguns fãs do Justin não se interessaram pelo show e preferiram esperar sentados pela atração principal do dia). Então, quando chegou “Cold Little Heart”, a atmosfera estava ótima, e a plateia reagiu com grata surpresa ao reconhecer o maior hit de Kiwanuka. O britânico pode voltar feliz para casa, porque atrelou seu nome à sua característica mais importante: a qualidade de seu som. Cartela resenha crítica g1 g1 VÍDEOS Lollapalooza 2025: os maiores destaques do festival


Britânico fez show tranquilo e falou pouco, mas ganhou público com ótimas músicas na tarde deste domingo. Michael Kiwanuka se apresenta no Lollapalooza 2025 Luiz Gabriel Franco/g1 Neste Lollapalooza de atrações pop e rock, coube ao inglês Michael Kiwanuka fazer o show mais soul do festival. Ao subir no palco principal na tarde deste domingo (30), o músico britânico atraiu um público de fãs e curiosos. Tinha ao seu favor uma voz rouca, encorpada, e uma banda habilidosa. Como assistir aos shows? Clique aqui para ver no Globoplay. Ou aqui para ver em 4K TEMPO REAL: Acompanhe tudo o que acontece no Lollapalooza 2025 Com quase 15 anos de carreira, o britânico ainda lida com uma diferença muito grande entre os públicos de casa e de fora. No Reino Unido, ele chegou ao topo dos paradas com praticamente todos os seus discos; já levou o respeitado Mercury Prize pelo álbum “Kiwanuka”, descrito pelo júri britânico como uma “obra prima”. Mas quando saiu da Europa, Michael recebeu uma plateia bem diferente - boa parte conhece somente o seu maior sucesso, “Cold Little Heart”, tema da série “Big Little Lies”. E mesmo assim, poucos sabem quem é o autor da trilha das cenas de Nicole Kidman na praia. Felizmente, Michael veio preparado para o trabalho. Entrou rapidinho com seus instrumentistas, sem mistério nem efeito especial, e já foi ao microfone entoar “One More Night”, do disco “Love & Hate”. Seguiu para “You Ain’t the Problem”, com coro das simpáticas backing vocals. Tímido, mas talentoso, o vocalista não conversou muito com a plateia e preferiu se comunicar nas canções. É o que ele - que já abriu shows de Adele no início da carreira - diz ter aprendido com a cantora: não deixar a timidez impedi-lo de cantar com o coração. Então, ele se limitou a alguns sorrisos, “São Paulo, como vocês estão se sentindo?”, e mais música. Também não se movimentou muito no palco. E ainda assim, o público não se dispersou em momento nenhum. Ao todo, o britânico tocou somente dez canções - a título de comparação, o The Marías encaixou quatorze no mesmo tempo de show. Mas Michael, que também é guitarrista, preferiu desenvolver as músicas com calma e dar tempo para os instrumentos brincarem. Foi o caso de “Black Man”, música em que o balanço dos riffs de guitarra falam por si. Ou “Rule the World”, em que uma das vocalistas ostentou o vozeirão com capricho de de gospel americano. Kiwanuka mal precisou pedir aplausos do público; eles já estavam a caminho. O show teve o clima que se espera encontrar no meio de um festival. Com um público que usava camisetas do Tool, do Sepultura, do Justin Timberlake e até do Velvet Underground, Michael arrancou aplausos de quase todos os presentes. (Nem todos: alguns fãs do Justin não se interessaram pelo show e preferiram esperar sentados pela atração principal do dia). Então, quando chegou “Cold Little Heart”, a atmosfera estava ótima, e a plateia reagiu com grata surpresa ao reconhecer o maior hit de Kiwanuka. O britânico pode voltar feliz para casa, porque atrelou seu nome à sua característica mais importante: a qualidade de seu som. Cartela resenha crítica g1 g1 VÍDEOS Lollapalooza 2025: os maiores destaques do festival