Sem status de secretário, Elon Musk vai estar presente na primeira reunião de gabinete do governo Trump, diz Casa Branca

Bilionário comanda o Departamento de Eficiência Governamental, que não é uma pasta do Executivo, mas um órgão que se submete ao presidente. Nos EUA, os secretários — equivalentes aos minstros no Brasil — precisam de aprovação do Senado para assumir o cargo, mas Musk não passou pela avaliação da Casa. Elon Musk e o presidente dos EUA, Donald Trump, em 11 de fevereiro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Elon Musk vai estar presente na primeira reunião de gabinete do governo Trump, agendada para a quarta-feira (26). O comparecimento do bilionário é controverso, já que, apesar de estar á frente de um departamento, ele não é oficialmente um secretário do governo. "Ele vai comparecer", disse Leavitt. "Elon, considerando que ele está trabalhando junto com o presidente e nossos secretários de gabinete, estará presente amanhã para falar sobre os esforços do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental)." ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A proximidade de Musk com Trump e o poder de ordenar cortes em órgãos do governo, além do acesso do departamento a dados confidenciais, têm levado a questionamentos sobre uma possível influência excessiva do bilionário em assuntos de Estado. No último dia 18, um funcionário da Casa Branca disse à Justiça americana, em resposta a uma ação movida pela oposição, que Musk não dirige oficialmente o Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE), mas trabalha como conselheiro do presidente Donald Trump. Joshua Fisher, diretor do Escritório de Administração da sede presidencial dos Estados Unidos, afirma em documento que Musk "é um funcionário da Casa Branca" e um "alto conselheiro do presidente". "Como outros assessores de alto escalão da Casa Branca, Musk não tem autoridade real ou formal para tomar decisões governamentais por conta própria. Musk só pode aconselhar o presidente e comunicar suas diretrizes. O Serviço DOGE faz parte do gabinete executivo do presidente. O Sr. Musk é um funcionário do escritório da Casa Branca", diz o texto. Secretários e departamentos Nos EUA, os secretários — equivalentes aos minstros no Brasil — precisam da aprovação do Senado. Os nomeados pelo presidente passam por sabatinas e só então, se conseguirem o voto da maioria dos senadores, eles assumem o cargo. Musk, no entanto, não passou pelo processo. O DOGE, segundo a Casa Branca, não faz parte do governo americano, e que a missão do departamento, criado por um decreto presidencial de Trump no dia da sua posse, é "modernizar a tecnologia e os softwares federais para maximizar a eficiência e a produtividade do governo", segundo Joshua Fischer. A declaração de Fisher é parte de uma ação judicial movida em 13 de fevereiro contra Musk, Trump e o DOGE por 14 estados governados por Dmeocratas que acreditam que Musk está exercendo uma função que vai além de seus deveres oficiais. Apesar de dizer, a princípio, que não apoiaria formalmente nenhuma candidatura, Musk se aliou a Trump durante a corrida eleitoral e injetou mais de US$ 250 milhões (o equivalente a R$ 1,44 bi) na campanha do Republicano. VEJA TAMBÉM E-mail do departamento de Elon Musk causa crise no governo dos EUA

Fev 25, 2025 - 17:00
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Sem status de secretário, Elon Musk vai estar presente na primeira reunião de gabinete do governo Trump, diz Casa Branca

Bilionário comanda o Departamento de Eficiência Governamental, que não é uma pasta do Executivo, mas um órgão que se submete ao presidente. Nos EUA, os secretários — equivalentes aos minstros no Brasil — precisam de aprovação do Senado para assumir o cargo, mas Musk não passou pela avaliação da Casa. Elon Musk e o presidente dos EUA, Donald Trump, em 11 de fevereiro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Elon Musk vai estar presente na primeira reunião de gabinete do governo Trump, agendada para a quarta-feira (26). O comparecimento do bilionário é controverso, já que, apesar de estar á frente de um departamento, ele não é oficialmente um secretário do governo. "Ele vai comparecer", disse Leavitt. "Elon, considerando que ele está trabalhando junto com o presidente e nossos secretários de gabinete, estará presente amanhã para falar sobre os esforços do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental)." ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A proximidade de Musk com Trump e o poder de ordenar cortes em órgãos do governo, além do acesso do departamento a dados confidenciais, têm levado a questionamentos sobre uma possível influência excessiva do bilionário em assuntos de Estado. No último dia 18, um funcionário da Casa Branca disse à Justiça americana, em resposta a uma ação movida pela oposição, que Musk não dirige oficialmente o Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE), mas trabalha como conselheiro do presidente Donald Trump. Joshua Fisher, diretor do Escritório de Administração da sede presidencial dos Estados Unidos, afirma em documento que Musk "é um funcionário da Casa Branca" e um "alto conselheiro do presidente". "Como outros assessores de alto escalão da Casa Branca, Musk não tem autoridade real ou formal para tomar decisões governamentais por conta própria. Musk só pode aconselhar o presidente e comunicar suas diretrizes. O Serviço DOGE faz parte do gabinete executivo do presidente. O Sr. Musk é um funcionário do escritório da Casa Branca", diz o texto. Secretários e departamentos Nos EUA, os secretários — equivalentes aos minstros no Brasil — precisam da aprovação do Senado. Os nomeados pelo presidente passam por sabatinas e só então, se conseguirem o voto da maioria dos senadores, eles assumem o cargo. Musk, no entanto, não passou pelo processo. O DOGE, segundo a Casa Branca, não faz parte do governo americano, e que a missão do departamento, criado por um decreto presidencial de Trump no dia da sua posse, é "modernizar a tecnologia e os softwares federais para maximizar a eficiência e a produtividade do governo", segundo Joshua Fischer. A declaração de Fisher é parte de uma ação judicial movida em 13 de fevereiro contra Musk, Trump e o DOGE por 14 estados governados por Dmeocratas que acreditam que Musk está exercendo uma função que vai além de seus deveres oficiais. Apesar de dizer, a princípio, que não apoiaria formalmente nenhuma candidatura, Musk se aliou a Trump durante a corrida eleitoral e injetou mais de US$ 250 milhões (o equivalente a R$ 1,44 bi) na campanha do Republicano. VEJA TAMBÉM E-mail do departamento de Elon Musk causa crise no governo dos EUA