Território de comunidade quilombola é ocupado por fazendeiros no Tocantins, diz Ministério Público

Visita técnica do MP encontra problemas críticos em quilombo em Filadélfia Dificuldades estruturais e ocupação de fazendeiros foram identificadas em visita técnica realizada por equipes do Ministério Público do Estado (MPTO) à Comunidade Quilombola Grotão, em Filadélfia, norte do estado. No encontro, moradores relataram as dificuldades e demandas do dia a dia. A comunidade tem uma história de lutas e resistência que segue ativa desde 1865 quando foi fundada. As famílias que residem na comunidade quilombola são descendentes de pessoas escravizadas que fugiram do Maranhão. Eles enfrentam pressões fundiárias desde os anos 1970 e, em 2008, a Justiça chegou a determinar o despejo dos moradores. A situação se reverteu dois meses após o despejo, mas a comunidade só teve autorização para ocupar apenas 5% do território original. Em 2022, uma decisão judicial devolveu 350 hectares à comunidade. Na área, a comunidade retomou roças tradicionais, principalmente de mandioca.

Nov 15, 2025 - 10:30
 0  1
Território de comunidade quilombola é ocupado por fazendeiros no Tocantins, diz Ministério Público
Visita técnica do MP encontra problemas críticos em quilombo em Filadélfia Dificuldades estruturais e ocupação de fazendeiros foram identificadas em visita técnica realizada por equipes do Ministério Público do Estado (MPTO) à Comunidade Quilombola Grotão, em Filadélfia, norte do estado. No encontro, moradores relataram as dificuldades e demandas do dia a dia. A comunidade tem uma história de lutas e resistência que segue ativa desde 1865 quando foi fundada. As famílias que residem na comunidade quilombola são descendentes de pessoas escravizadas que fugiram do Maranhão. Eles enfrentam pressões fundiárias desde os anos 1970 e, em 2008, a Justiça chegou a determinar o despejo dos moradores. A situação se reverteu dois meses após o despejo, mas a comunidade só teve autorização para ocupar apenas 5% do território original. Em 2022, uma decisão judicial devolveu 350 hectares à comunidade. Na área, a comunidade retomou roças tradicionais, principalmente de mandioca.