TikTok avisa usuários que irá sair do ar nos Estados Unidos neste domingo

Suspensão tem como base uma lei federal que exige a venda da operação da plataforma no país e ocorre em meio à polêmicas sobre supostas coleta de dados confidenciais de americanos. Logo TikTok e bandeira dos Estados Unidos ao fundo Getty Images O TikTok emitiu uma notificação para os usuários dos Estados Unidos anunciando que sairá do ar neste domingo (19). Em uma mensagem, o aplicativo avisou que ficará temporariamente indisponível por causa de uma lei dos Estados Unidos que baniu o TikTok. "Estamos trabalhando para retomar nossos serviços nos Estados Unidos o quanto antes, e agradecemos pelo seu apoio. Por favor, fique atento", diz a mensagem. A rede social foi forçada a sair do ar para usuários norte-americanos devido a uma lei federal que força a plataforma a vender sua operação no país. A decisão foi tida pela Suprema Corte dos EUA como válida e que não viola a Primeira Emenda da Constituição americana. Apesar da suspensão, ainda há expectativas sobre o retorno da plataforma nos próximos dias. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20), já sinalizou que pretende adiar a proibição do aplicativo no país. "A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado", disse Trump em entrevista à NBC. "Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira", completou. O g1 traz um resumo com as principais informações sobre o caso. Veja abaixo. Por que os EUA baniu o TikTok? O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional. O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, nega a acusação. O que diz a lei sancionada em 2024? A lei, que foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Joe Biden em abril de 2024, deu até domingo (19) para que o app chinês encontre um comprador para sua operação nos EUA. Como ele não foi cumprido, o app foi banido no país, o que inclui a remoção das lojas de aplicativos e o bloqueio de atualizações. Ainda segundo a lei, serviços de hospedagem dos EUA também serão impedidos de trabalharem com o TikTok. As empresas que desrespeitarem a legislação estão sujeitas a multas de até US$ 5 mil para cada usuário que acessar o app – o TikTok tem 170 milhões de usuários nos Estados Unidos. Qual foi a decisão da Suprema Corte? Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu por unanimidade que a lei é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. O TikTok havia recorrido ao tribunal contestando a legislação. O que a Casa Branca diz? A Casa Branca avisou na sexta que a decisão sobre a implementação da lei ficará a cargo de Donald Trump, que toma posse na segunda (20). Questionado por repórteres em Washington, Biden confirmou que é o presidente eleito quem decidirá sobre o tema. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? O que Trump fará sobre o TikTok? No domingo, Trump afirmou à NBC que "provavelmente" adiará a validade da lei que força a venda do TikTok. Na sexta, ele disse, sem dar muitos detalhes, que tomaria em breve algum tipo de medida em relação ao aplicativo. "Minha decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas preciso de tempo para rever a situação. Fiquem ligados!", postou o presidente eleito após a decisão da Suprema Corte na sexta. O jornal The Washington Post informou na quarta-feira (15) que o republicano cogita assinar, logo no início de seu governo, uma ordem executiva que suspenderia o banimento do TikTok nos EUA por um prazo de 60 a 90 dias. Trump também já disse que poderia negociar uma solução para que a plataforma não fique indisponível. O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o primeiro governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o aplicativo e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida. Na campanha para a eleição de 2024, porém, Trump mudou de posição e passou a defender que o TikTok continuasse operando nos EUA. "Você sabe, tenho um lugar especial no coração para o TikTok, porque ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok tem algo a ver com isso", disse o republicano em dezembro, após ser eleito. O presidente eleito recebeu apoio do CEO do TikTok, Shou Zi Chew, que foi convidado para a posse do republicano nesta segunda. O executivo agradeceu a Trump por "seu comprometimento" em ajudar a plataforma a encontrar uma solução que mantenha o aplicativo funcionando nos EUA. "Esta é uma posição forte pela Primeira Emenda e contra a censura arbitrária", disse o CEO do app. Qual a repercussão da decisão no país? Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma. Assim como o TikTok,

Jan 18, 2025 - 23:30
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TikTok avisa usuários que irá sair do ar nos Estados Unidos neste domingo

Suspensão tem como base uma lei federal que exige a venda da operação da plataforma no país e ocorre em meio à polêmicas sobre supostas coleta de dados confidenciais de americanos. Logo TikTok e bandeira dos Estados Unidos ao fundo Getty Images O TikTok emitiu uma notificação para os usuários dos Estados Unidos anunciando que sairá do ar neste domingo (19). Em uma mensagem, o aplicativo avisou que ficará temporariamente indisponível por causa de uma lei dos Estados Unidos que baniu o TikTok. "Estamos trabalhando para retomar nossos serviços nos Estados Unidos o quanto antes, e agradecemos pelo seu apoio. Por favor, fique atento", diz a mensagem. A rede social foi forçada a sair do ar para usuários norte-americanos devido a uma lei federal que força a plataforma a vender sua operação no país. A decisão foi tida pela Suprema Corte dos EUA como válida e que não viola a Primeira Emenda da Constituição americana. Apesar da suspensão, ainda há expectativas sobre o retorno da plataforma nos próximos dias. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20), já sinalizou que pretende adiar a proibição do aplicativo no país. "A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado", disse Trump em entrevista à NBC. "Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira", completou. O g1 traz um resumo com as principais informações sobre o caso. Veja abaixo. Por que os EUA baniu o TikTok? O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional. O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, nega a acusação. O que diz a lei sancionada em 2024? A lei, que foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Joe Biden em abril de 2024, deu até domingo (19) para que o app chinês encontre um comprador para sua operação nos EUA. Como ele não foi cumprido, o app foi banido no país, o que inclui a remoção das lojas de aplicativos e o bloqueio de atualizações. Ainda segundo a lei, serviços de hospedagem dos EUA também serão impedidos de trabalharem com o TikTok. As empresas que desrespeitarem a legislação estão sujeitas a multas de até US$ 5 mil para cada usuário que acessar o app – o TikTok tem 170 milhões de usuários nos Estados Unidos. Qual foi a decisão da Suprema Corte? Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu por unanimidade que a lei é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. O TikTok havia recorrido ao tribunal contestando a legislação. O que a Casa Branca diz? A Casa Branca avisou na sexta que a decisão sobre a implementação da lei ficará a cargo de Donald Trump, que toma posse na segunda (20). Questionado por repórteres em Washington, Biden confirmou que é o presidente eleito quem decidirá sobre o tema. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? O que Trump fará sobre o TikTok? No domingo, Trump afirmou à NBC que "provavelmente" adiará a validade da lei que força a venda do TikTok. Na sexta, ele disse, sem dar muitos detalhes, que tomaria em breve algum tipo de medida em relação ao aplicativo. "Minha decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas preciso de tempo para rever a situação. Fiquem ligados!", postou o presidente eleito após a decisão da Suprema Corte na sexta. O jornal The Washington Post informou na quarta-feira (15) que o republicano cogita assinar, logo no início de seu governo, uma ordem executiva que suspenderia o banimento do TikTok nos EUA por um prazo de 60 a 90 dias. Trump também já disse que poderia negociar uma solução para que a plataforma não fique indisponível. O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o primeiro governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o aplicativo e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida. Na campanha para a eleição de 2024, porém, Trump mudou de posição e passou a defender que o TikTok continuasse operando nos EUA. "Você sabe, tenho um lugar especial no coração para o TikTok, porque ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok tem algo a ver com isso", disse o republicano em dezembro, após ser eleito. O presidente eleito recebeu apoio do CEO do TikTok, Shou Zi Chew, que foi convidado para a posse do republicano nesta segunda. O executivo agradeceu a Trump por "seu comprometimento" em ajudar a plataforma a encontrar uma solução que mantenha o aplicativo funcionando nos EUA. "Esta é uma posição forte pela Primeira Emenda e contra a censura arbitrária", disse o CEO do app. Qual a repercussão da decisão no país? Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma. Assim como o TikTok, o Xiaohongshu — cujo nome significa "Pequeno Livro Vermelho" em chinês — combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico. O aplicativo ganhou popularidade na China e em outras regiões, como Malásia e Taiwan, acumulando cerca de 300 milhões de usuários.