Trump dá sinais de mudanças na política para o território palestino da Cisjordânia e assentamentos israelenses na região

O território segue sob operação militar israelense. Governo Trump dá sinais de mudança na política para Israel e a Cisjordânia O governo de Donald Trump começou a dar sinais de mudanças na política para o território palestino da Cisjordânia e assentamentos israelenses na região. O território segue sob operação militar israelense. O ministro da Defesa de Israel disse que a ofensiva na cidade de Jenin vai continuar. Israel Katz repetiu que o objetivo é “eliminar terroristas apoiados pelo Irã”, em uma mudança no plano de segurança israelense para a Cisjordânia. Desde que essa operação começou, na segunda-feira (20), dez pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas, segundo autoridades palestinas - que dizem que Israel está invadindo campos de refugiados. O futuro da Cisjordânia também foi assunto da audiência no Senado dos Estados Unidos, que confirmou a indicação de Elise Stefanik para o cargo de embaixadora americana nas Nações Unidas. Ao ser questionada se ela concordava com o direito dos palestinos de se autogovernar em uma política de dois Estados - israelense e palestino -, a indicada de Donald Trump evitou responder diretamente. Criticou os terroristas do Hamas, afirmou que é a favor do respeito aos direitos humanos dos palestinos e afirmou que Israel tem “direito bíblico” ao território da Cisjordânia. De acordo com essa visão bíblica, israelenses seriam os donos ancestrais da região, sem que os palestinos tivessem direito ao território. É nisso que acredita a direita radical nacionalista e religiosa israelense. A lei internacional considera os assentamentos israelenses na região ilegais. A fala de Stefanik reforça a mudança de postura do governo Trump para a Cisjordânia. Logo no primeiro dia, ele suspendeu as sanções impostas pelo antecessor, Joe Biden, a colonos israelenses radicais que moram na Cisjordânia. Trump dá sinais de mudanças na política para o território palestino da Cisjordânia e assentamentos israelenses na região Jornal Nacional/ Reprodução Enquanto isso, na Faixa de Gaza, os caminhões com ajuda humanitária continuam a chegar. Assim que eles atravessam a fronteira, começa a correria. Muitos jovens, crianças. Uma disputa pelo básico: comidas, remédios, água. Nesta quarta-feira (22) chegou também maquinário pesado - escavadeiras. Trabalho não falta. O homem subindo a montanha de escombro é o palestino Mahmoud, chef de cozinha. Ele está procurando a esposa e os cinco filhos. Todos morreram em um ataque de Israel em 2023. Um milhão de palestinos, praticamente a metade da população da Faixa de Gaza, depende nesse momento de ajuda para sobreviver. Esta quarta-feira (22) foi o quarto dia de cessar-fogo no Oriente Médio. É grande a mobilização diplomática para garantir que o acordo continue sendo respeitado. Catar, Egito e Estados Unidos montaram uma sala de operações no Cairo para monitorar se os termos da primeira fase do acordo estão sendo implementados, e já estão negociando a segunda fase. Nessa primeira, 30 reféns israelenses ainda vão ser libertados. O filho da Viki, o Nimrod, de 20 anos, está no cativeiro do Hamas: “Tenho medo, fico ansiosa. Quanto tempo vai demorar até que ele volte? A gente está aqui esperando o nosso filho”. LEIA TAMBÉM Terroristas do Hamas anunciam que vão libertar mais 4 reféns mulheres Israel lança operação militar 'de larga escala' na Cisjordânia; Hamas pede escalada de combates

Jan 22, 2025 - 22:30
 0  0
Trump dá sinais de mudanças na política para o território palestino da Cisjordânia e assentamentos israelenses na região

O território segue sob operação militar israelense. Governo Trump dá sinais de mudança na política para Israel e a Cisjordânia O governo de Donald Trump começou a dar sinais de mudanças na política para o território palestino da Cisjordânia e assentamentos israelenses na região. O território segue sob operação militar israelense. O ministro da Defesa de Israel disse que a ofensiva na cidade de Jenin vai continuar. Israel Katz repetiu que o objetivo é “eliminar terroristas apoiados pelo Irã”, em uma mudança no plano de segurança israelense para a Cisjordânia. Desde que essa operação começou, na segunda-feira (20), dez pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas, segundo autoridades palestinas - que dizem que Israel está invadindo campos de refugiados. O futuro da Cisjordânia também foi assunto da audiência no Senado dos Estados Unidos, que confirmou a indicação de Elise Stefanik para o cargo de embaixadora americana nas Nações Unidas. Ao ser questionada se ela concordava com o direito dos palestinos de se autogovernar em uma política de dois Estados - israelense e palestino -, a indicada de Donald Trump evitou responder diretamente. Criticou os terroristas do Hamas, afirmou que é a favor do respeito aos direitos humanos dos palestinos e afirmou que Israel tem “direito bíblico” ao território da Cisjordânia. De acordo com essa visão bíblica, israelenses seriam os donos ancestrais da região, sem que os palestinos tivessem direito ao território. É nisso que acredita a direita radical nacionalista e religiosa israelense. A lei internacional considera os assentamentos israelenses na região ilegais. A fala de Stefanik reforça a mudança de postura do governo Trump para a Cisjordânia. Logo no primeiro dia, ele suspendeu as sanções impostas pelo antecessor, Joe Biden, a colonos israelenses radicais que moram na Cisjordânia. Trump dá sinais de mudanças na política para o território palestino da Cisjordânia e assentamentos israelenses na região Jornal Nacional/ Reprodução Enquanto isso, na Faixa de Gaza, os caminhões com ajuda humanitária continuam a chegar. Assim que eles atravessam a fronteira, começa a correria. Muitos jovens, crianças. Uma disputa pelo básico: comidas, remédios, água. Nesta quarta-feira (22) chegou também maquinário pesado - escavadeiras. Trabalho não falta. O homem subindo a montanha de escombro é o palestino Mahmoud, chef de cozinha. Ele está procurando a esposa e os cinco filhos. Todos morreram em um ataque de Israel em 2023. Um milhão de palestinos, praticamente a metade da população da Faixa de Gaza, depende nesse momento de ajuda para sobreviver. Esta quarta-feira (22) foi o quarto dia de cessar-fogo no Oriente Médio. É grande a mobilização diplomática para garantir que o acordo continue sendo respeitado. Catar, Egito e Estados Unidos montaram uma sala de operações no Cairo para monitorar se os termos da primeira fase do acordo estão sendo implementados, e já estão negociando a segunda fase. Nessa primeira, 30 reféns israelenses ainda vão ser libertados. O filho da Viki, o Nimrod, de 20 anos, está no cativeiro do Hamas: “Tenho medo, fico ansiosa. Quanto tempo vai demorar até que ele volte? A gente está aqui esperando o nosso filho”. LEIA TAMBÉM Terroristas do Hamas anunciam que vão libertar mais 4 reféns mulheres Israel lança operação militar 'de larga escala' na Cisjordânia; Hamas pede escalada de combates