Últimos dias: editais ofertam R$ 2 milhões em incentivo a projetos sustentáveis na Amazônia
Inscrições vão até 10 de julho e incluem apoio técnico e financeiro a projetos de bioeconomia e soluções urbanas Segue até esta semana, dia 10 de julho, o prazo de inscrições nos quatro editais do Distrito de Inovação da Bioeconomia da Amazônia (DIBB) para selecionar ideias e negócios voltados à bioeconomia e à inovação urbana na Amazônia. No total, os editais aportam R$2 milhões em recursos para incentivar os projetos selecionados. Além do apoio financeiro, os programas oferecem capacitação, mentorias especializadas. A iniciativa busca fomentar empreendimentos que unam tecnologia, conhecimento tradicional e sustentabilidade, em um momento em que Belém se prepara para sediar a COP 30.
O DIBB integra o convênio Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém rumo à COP 30, um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), realizado em parceria com a Prefeitura de Belém, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP) e o Itaipu Parquetec, com financiamento da Itaipu Binacional.
Nova Economia da Amazônia
Com vasta riqueza natural, saberes tradicionais e cadeias produtivas ligadas à floresta, a Amazônia reúne condições únicas para liderar uma nova economia verde. A bioeconomia — que engloba áreas como alimentos nativos, cosméticos naturais, biotecnologia, rastreabilidade, saneamento, energia limpa e turismo sustentável — é vista como um dos principais vetores para gerar renda, fortalecer comunidades e proteger o território. O DIBB atua justamente para articular ciência, inovação e empreendedorismo a partir dessas potencialidades.
O fomento à bioeconomia na Amazônia tem se consolidado como uma das principais estratégias para aliar desenvolvimento econômico à conservação ambiental. Com base em recursos renováveis, saberes tradicionais e inovação tecnológica, o setor movimenta atualmente cerca de R$ 12 bilhões por ano, segundo levantamento publicado este ano pela WRI Brasil em parceria com o Núcleo de Altos Estudos da Amazônia (NAEA/UFPA). O mesmo estudo projeta que, com investimentos estratégicos, esse valor pode ultrapassar R$ 40 bilhões anuais até 2050, com a geração de aproximadamente 833 mil empregos diretos e indiretos. No estado do Pará, por exemplo, apenas 13 cadeias produtivas da bioeconomia já movimentam R$ 9 bilhões e, com um investimento público de R$ 720 milhões, poderiam gerar R$ 816 milhões em PIB adicional e 6.500 empregos, de acordo com a WRI Brasil.
Além do impacto econômico, a bioeconomia se mostra essencial no enfrentamento da crise climática. De acordo com o relatório A Nova Economia da Amazônia (WRI Brasil e NAEA), o uso sustentável dos recursos naturais pode contribuir para preservar até 81 milhões de hectares de floresta até 2050, aumentar em 19% o estoque de carbono da região e reduzir significativamente as emissões líquidas do setor agropecuário. A transição para uma economia de base florestal e tecnológica é vista como uma solução concreta para frear o desmatamento, valorizando a floresta em pé como ativo produtivo, social e ambiental.
Esse movimento tem atraído atenção internacional. Estimativas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apontam que o mercado global da bioeconomia pode atingir até US$ 7,7 trilhões até 2030, com crescente demanda por soluções sustentáveis, cosméticos naturais, alimentos nativos, fármacos à base de plantas e tecnologias aplicadas à biodiversidade. De acordo com a WRI Brasil, cada R$ 1 investido em bioeconomia pode gerar até R$ 1,40 em valor bruto para o comércio, com efeitos positivos em toda a cadeia produtiva. Diante da proximidade da COP 30, que será sediada em Belém, a consolidação da bioeconomia como eixo estratégico para o desenvolvimento amazônico se mostra não apenas viável, mas urgente e indispensável.
Conheça os editais do DIBB
Edital 1 – Pré-Incubação de Empreendimentos Amazônicos: O edital de Pré-Incubação é voltado a empreendedores da Região Metropolitana de Belém com ideias de negócios sustentáveis baseados na sociobiodiversidade. Oferece um percurso de seis meses e subvenção econômica de até R$ 250 mil, distribuída entre cinco propostas selecionadas. As áreas temáticas incluem alimentos e bebidas, cosméticos, TICs, moda, turismo, saneamento, rastreabilidade, entre outras.
Edital 2 – Aceleração de Empreendimentos Amazônicos: Empresas já em operação também têm vez com o edital de Aceleração. O foco é escalar negócios inovadores que atuam com sustentabilidade na bioeconomia. O programa, com duração de seis meses, prevê oficinas, mentorias e até R$ 750 mil em apoio financeiro para cinco propostas com maior potencial de crescimento e impacto. A iniciativa busca transformar boas práticas em soluções replicáveis em todo o território amazônico.
Edital 3 – Pré-Incubação para Soluções Urbanas: Pensando nos desafios das cidades amazônicas, o DIBB lançou o edital de Pré-Incubação para Soluções Urbanas. A chamada é voltada a propostas que desenvolvam produtos ou serviços sustentáveis a
Inscrições vão até 10 de julho e incluem apoio técnico e financeiro a projetos de bioeconomia e soluções urbanas Segue até esta semana, dia 10 de julho, o prazo de inscrições nos quatro editais do Distrito de Inovação da Bioeconomia da Amazônia (DIBB) para selecionar ideias e negócios voltados à bioeconomia e à inovação urbana na Amazônia. No total, os editais aportam R$2 milhões em recursos para incentivar os projetos selecionados. Além do apoio financeiro, os programas oferecem capacitação, mentorias especializadas. A iniciativa busca fomentar empreendimentos que unam tecnologia, conhecimento tradicional e sustentabilidade, em um momento em que Belém se prepara para sediar a COP 30.
O DIBB integra o convênio Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém rumo à COP 30, um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), realizado em parceria com a Prefeitura de Belém, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP) e o Itaipu Parquetec, com financiamento da Itaipu Binacional.
Nova Economia da Amazônia
Com vasta riqueza natural, saberes tradicionais e cadeias produtivas ligadas à floresta, a Amazônia reúne condições únicas para liderar uma nova economia verde. A bioeconomia — que engloba áreas como alimentos nativos, cosméticos naturais, biotecnologia, rastreabilidade, saneamento, energia limpa e turismo sustentável — é vista como um dos principais vetores para gerar renda, fortalecer comunidades e proteger o território. O DIBB atua justamente para articular ciência, inovação e empreendedorismo a partir dessas potencialidades.
O fomento à bioeconomia na Amazônia tem se consolidado como uma das principais estratégias para aliar desenvolvimento econômico à conservação ambiental. Com base em recursos renováveis, saberes tradicionais e inovação tecnológica, o setor movimenta atualmente cerca de R$ 12 bilhões por ano, segundo levantamento publicado este ano pela WRI Brasil em parceria com o Núcleo de Altos Estudos da Amazônia (NAEA/UFPA). O mesmo estudo projeta que, com investimentos estratégicos, esse valor pode ultrapassar R$ 40 bilhões anuais até 2050, com a geração de aproximadamente 833 mil empregos diretos e indiretos. No estado do Pará, por exemplo, apenas 13 cadeias produtivas da bioeconomia já movimentam R$ 9 bilhões e, com um investimento público de R$ 720 milhões, poderiam gerar R$ 816 milhões em PIB adicional e 6.500 empregos, de acordo com a WRI Brasil.
Além do impacto econômico, a bioeconomia se mostra essencial no enfrentamento da crise climática. De acordo com o relatório A Nova Economia da Amazônia (WRI Brasil e NAEA), o uso sustentável dos recursos naturais pode contribuir para preservar até 81 milhões de hectares de floresta até 2050, aumentar em 19% o estoque de carbono da região e reduzir significativamente as emissões líquidas do setor agropecuário. A transição para uma economia de base florestal e tecnológica é vista como uma solução concreta para frear o desmatamento, valorizando a floresta em pé como ativo produtivo, social e ambiental.
Esse movimento tem atraído atenção internacional. Estimativas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apontam que o mercado global da bioeconomia pode atingir até US$ 7,7 trilhões até 2030, com crescente demanda por soluções sustentáveis, cosméticos naturais, alimentos nativos, fármacos à base de plantas e tecnologias aplicadas à biodiversidade. De acordo com a WRI Brasil, cada R$ 1 investido em bioeconomia pode gerar até R$ 1,40 em valor bruto para o comércio, com efeitos positivos em toda a cadeia produtiva. Diante da proximidade da COP 30, que será sediada em Belém, a consolidação da bioeconomia como eixo estratégico para o desenvolvimento amazônico se mostra não apenas viável, mas urgente e indispensável.
Conheça os editais do DIBB
Edital 1 – Pré-Incubação de Empreendimentos Amazônicos: O edital de Pré-Incubação é voltado a empreendedores da Região Metropolitana de Belém com ideias de negócios sustentáveis baseados na sociobiodiversidade. Oferece um percurso de seis meses e subvenção econômica de até R$ 250 mil, distribuída entre cinco propostas selecionadas. As áreas temáticas incluem alimentos e bebidas, cosméticos, TICs, moda, turismo, saneamento, rastreabilidade, entre outras.
Edital 2 – Aceleração de Empreendimentos Amazônicos: Empresas já em operação também têm vez com o edital de Aceleração. O foco é escalar negócios inovadores que atuam com sustentabilidade na bioeconomia. O programa, com duração de seis meses, prevê oficinas, mentorias e até R$ 750 mil em apoio financeiro para cinco propostas com maior potencial de crescimento e impacto. A iniciativa busca transformar boas práticas em soluções replicáveis em todo o território amazônico.
Edital 3 – Pré-Incubação para Soluções Urbanas: Pensando nos desafios das cidades amazônicas, o DIBB lançou o edital de Pré-Incubação para Soluções Urbanas. A chamada é voltada a propostas que desenvolvam produtos ou serviços sustentáveis aplicáveis ao meio urbano, como infraestrutura verde, tratamento de água e esgoto, mobilidade, arborização, geotecnologias e gestão de resíduos. O programa também inclui mentorias, capacitação e apoio financeiro de até R$ 250 mil distribuído para cinco ideias inovadoras.
Edital 4 – Aceleração para Soluções Urbanas: Empreendimentos que já oferecem soluções urbanas sustentáveis podem se inscrever no edital de Aceleração para Soluções Urbanas. Voltado ao fortalecimento e expansão de negócios existentes, o programa contempla iniciativas nas mesmas áreas da pré-incubação, mas com foco em impacto e escala. Até cinco propostas serão apoiadas com mentorias e recursos de até R$ 750 mil, por meio de subvenção econômica.
Inscrições abertas
Os quatro editais estão com inscrições abertas até as 23h59 de 10 de julho de 2025, exclusivamente pelo site: https://jems3.sbc.org.br/editaisdibb2025