Aumenta muito a frequência de desastres causados pelas chuvas no Brasil
No período pesquisado, mais de 91 milhões de brasileiros sofreram os impactos diretos das tempestades, com 4,2 mil óbitos. Frequência de chuvas fortes aumentou nos últimos anos No Brasil, desde 2020, aumentou muito a frequência de desastres causados pelas chuvas. As chuvas se tornaram mais perigosas e ameaçadoras no Brasil. Há aproximadamente 30 anos, um terço das cidades brasileiras sofria com desastres causados por temporais. Hoje, oito em cada dez cidades já foram duramente impactadas por chuvas mais fortes. Somados os prejuízos com infraestrutura, transporte, comércio e produção de alimentos, os valores ultrapassam os R$ 147 bilhões. Para se ter uma ideia, isso equivale a todas as riquezas produzidas pelo estado do Mato Grosso do Sul em um ano. Os dados são de um estudo inédito da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, coordenado pela Unifesp. O levantamento foi feito com base em registros oficiais do governo federal. A intensidade e a frequência dos desastres causados pelas chuvas no Brasil vêm aumentando rapidamente, alcançando um número cada vez maior de pessoas. As ocorrências oficialmente registradas na década de 1990 atingiram aproximadamente 43 mil brasileiros. Esses números vêm aumentando ano a ano e já afetaram mais de 3 milhões de pessoas apenas no início da década atual. O maior desastre da história do Rio Grande do Sul ficou de fora do levantamento. Se fosse para incluir os impactos de 2024, no Sul do país, estima-se que quase 7 milhões de pessoas teriam sido atingidas pelas chuvas fortes. “A gente tem dois lados para olhar dessa história. Um lado é de onde vem essa chuva extrema. E ela é resultado do aquecimento global. A gente teve, ano passado, 2024, o ano mais quente da história, o oceano batendo recordes de temperatura, jogando mais umidade, os polos sendo afetados, mandando mais frentes frias - no caso da Antártica. Esse desbalanceio faz mais umidade, choques térmicos, e aí a alteração da dinâmica climática faz as chuvas extremas acontecerem com maior frequência, principalmente nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Nossas cidades não estão preparadas”, diz Ronaldo Christofoletti, professor da Unifesp. Aumenta muito a frequência de desastres causados pelas chuvas no Brasil Jornal Nacional/ Reprodução No período pesquisado, mais de 91 milhões de brasileiros sofreram os impactos diretos das tempestades, com 4,2 mil óbitos. “Nós precisamos devolver o verde das cidades, as áreas, para naturalmente escoar as águas, preparar, tirar as populações das áreas vulneráveis, que são as mais impactadas, pensar nessa justiça climática. Podemos fazer isso, mas precisamos mudar os comportamentos e termos decisões em todos os níveis - dos cidadãos aos governantes”, afirma Ronaldo Christofoletti.


No período pesquisado, mais de 91 milhões de brasileiros sofreram os impactos diretos das tempestades, com 4,2 mil óbitos. Frequência de chuvas fortes aumentou nos últimos anos No Brasil, desde 2020, aumentou muito a frequência de desastres causados pelas chuvas. As chuvas se tornaram mais perigosas e ameaçadoras no Brasil. Há aproximadamente 30 anos, um terço das cidades brasileiras sofria com desastres causados por temporais. Hoje, oito em cada dez cidades já foram duramente impactadas por chuvas mais fortes. Somados os prejuízos com infraestrutura, transporte, comércio e produção de alimentos, os valores ultrapassam os R$ 147 bilhões. Para se ter uma ideia, isso equivale a todas as riquezas produzidas pelo estado do Mato Grosso do Sul em um ano. Os dados são de um estudo inédito da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, coordenado pela Unifesp. O levantamento foi feito com base em registros oficiais do governo federal. A intensidade e a frequência dos desastres causados pelas chuvas no Brasil vêm aumentando rapidamente, alcançando um número cada vez maior de pessoas. As ocorrências oficialmente registradas na década de 1990 atingiram aproximadamente 43 mil brasileiros. Esses números vêm aumentando ano a ano e já afetaram mais de 3 milhões de pessoas apenas no início da década atual. O maior desastre da história do Rio Grande do Sul ficou de fora do levantamento. Se fosse para incluir os impactos de 2024, no Sul do país, estima-se que quase 7 milhões de pessoas teriam sido atingidas pelas chuvas fortes. “A gente tem dois lados para olhar dessa história. Um lado é de onde vem essa chuva extrema. E ela é resultado do aquecimento global. A gente teve, ano passado, 2024, o ano mais quente da história, o oceano batendo recordes de temperatura, jogando mais umidade, os polos sendo afetados, mandando mais frentes frias - no caso da Antártica. Esse desbalanceio faz mais umidade, choques térmicos, e aí a alteração da dinâmica climática faz as chuvas extremas acontecerem com maior frequência, principalmente nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Nossas cidades não estão preparadas”, diz Ronaldo Christofoletti, professor da Unifesp. Aumenta muito a frequência de desastres causados pelas chuvas no Brasil Jornal Nacional/ Reprodução No período pesquisado, mais de 91 milhões de brasileiros sofreram os impactos diretos das tempestades, com 4,2 mil óbitos. “Nós precisamos devolver o verde das cidades, as áreas, para naturalmente escoar as águas, preparar, tirar as populações das áreas vulneráveis, que são as mais impactadas, pensar nessa justiça climática. Podemos fazer isso, mas precisamos mudar os comportamentos e termos decisões em todos os níveis - dos cidadãos aos governantes”, afirma Ronaldo Christofoletti.