Brasil registra recorde de denúncias de trabalho escravo em 2024, diz ministério
Com quase 4 mil denúncias no ano, Disque 100 teve o maior número de chamados desde sua criação, em 2011. Ao todo, foram 21,6 mil denúncias de trabalho escravo e análogo à escravidão. Homens são resgatados em situação semelhante a trabalho escravo em plantação de milho em Santa Bárbara de Goiás Ministério do Trabalho/Divulgação Em 2024, o Brasil registrou o maior número de denúncias de trabalho escravo e análogo à escravidão da história do país, de acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Foram recebidas 3.959 denúncias em 12 meses, 15,4% a mais que em 2023 e o maior número desde que o Disque 100 foi criado, em 2011. Do total de denúncias recebidas em 2024, cerca de 3.045 foram protocoladas. As vítimas incluem pessoas idosas, crianças, adolescentes, mulheres e pessoas com deficiência. Em 2025, até o momento, foram realizadas 262 denúncias. Ainda de acordo com a pasta, o país vem batendo recordes consecutivos de denúncias desde 2021. Foram 1.918 relatos naquele ano, 2.084 em 2022 e 3.430 em 2023. Antes dessa sequência, o maior número em um único ano tinha sido de 1.743 denúncias em 2013. Desde a criação do Disque 100, mais de 21,6 mil denúncias sobre trabalho escravo e análogo à escravidão foram recebidas no Brasil. (veja o gráfico abaixo) ➡️ 65 mil resgatados em 30 anos Trabalho escravo: mais de 65 mil pessoas foram resgatadas nos últimos 30 anos no Brasil Nos últimos 30 anos, o governo federal resgatou cerca de 65,6 mil pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão no Brasil, em mais de 8,4 mil ações fiscais. Os dados foram divulgados na terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho. O levantamento considera os resultados desde 1995, ano em que foi reconhecida oficialmente a existência de formas contemporâneas de escravidão. Desde 2003, mais de R$ 155 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias foram pagos às vítimas. Não é possível contabilizar a quantia de anos anteriores, pois o seguro-desemprego do trabalhador resgatado foi implementado somente naquele ano. Os resgates são realizados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, coordenado pelo Ministério do Trabalho, além das unidades regionais do órgão nos estados. Veja abaixo o número de resgates ano a ano. LEIA TAMBÉM: Prefeito e 5 vereadores eleitos em 2024 estão na lista suja do trabalho escravo Governo atualiza 'lista suja' do trabalho escravo; cantor Leonardo é incluído
Com quase 4 mil denúncias no ano, Disque 100 teve o maior número de chamados desde sua criação, em 2011. Ao todo, foram 21,6 mil denúncias de trabalho escravo e análogo à escravidão. Homens são resgatados em situação semelhante a trabalho escravo em plantação de milho em Santa Bárbara de Goiás Ministério do Trabalho/Divulgação Em 2024, o Brasil registrou o maior número de denúncias de trabalho escravo e análogo à escravidão da história do país, de acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Foram recebidas 3.959 denúncias em 12 meses, 15,4% a mais que em 2023 e o maior número desde que o Disque 100 foi criado, em 2011. Do total de denúncias recebidas em 2024, cerca de 3.045 foram protocoladas. As vítimas incluem pessoas idosas, crianças, adolescentes, mulheres e pessoas com deficiência. Em 2025, até o momento, foram realizadas 262 denúncias. Ainda de acordo com a pasta, o país vem batendo recordes consecutivos de denúncias desde 2021. Foram 1.918 relatos naquele ano, 2.084 em 2022 e 3.430 em 2023. Antes dessa sequência, o maior número em um único ano tinha sido de 1.743 denúncias em 2013. Desde a criação do Disque 100, mais de 21,6 mil denúncias sobre trabalho escravo e análogo à escravidão foram recebidas no Brasil. (veja o gráfico abaixo) ➡️ 65 mil resgatados em 30 anos Trabalho escravo: mais de 65 mil pessoas foram resgatadas nos últimos 30 anos no Brasil Nos últimos 30 anos, o governo federal resgatou cerca de 65,6 mil pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão no Brasil, em mais de 8,4 mil ações fiscais. Os dados foram divulgados na terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho. O levantamento considera os resultados desde 1995, ano em que foi reconhecida oficialmente a existência de formas contemporâneas de escravidão. Desde 2003, mais de R$ 155 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias foram pagos às vítimas. Não é possível contabilizar a quantia de anos anteriores, pois o seguro-desemprego do trabalhador resgatado foi implementado somente naquele ano. Os resgates são realizados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, coordenado pelo Ministério do Trabalho, além das unidades regionais do órgão nos estados. Veja abaixo o número de resgates ano a ano. LEIA TAMBÉM: Prefeito e 5 vereadores eleitos em 2024 estão na lista suja do trabalho escravo Governo atualiza 'lista suja' do trabalho escravo; cantor Leonardo é incluído