Brasileiras se alistam nas Forças Armadas numa disputa de 23 candidatas por vaga
Atualmente, Marinha, Exército e Aeronáutica contam com 37 mil mulheres, cerca de 10% do efetivo. Agora, com o serviço voluntário, a expectativa é aumentar a participação feminina. Brasileiras se alistam nas Forças Armadas numa disputa de 23 candidatas por vaga Reprodução/TV Globo Quase 34 mil mulheres se inscreveram para o serviço militar brasileiro. Nos pelotões, a presença feminina está ganhando cada vez mais destaque. Este é o primeiro ano em que as Forças Armadas permitiram o alistamento de mulheres. Em todo o Brasil, foram 33.721 inscrições. A maioria é do Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas. Ao todo, são 1.465 vagas - uma disputa de 23 candidatas por vaga. Quinze jovens vão ser escolhidas para servir na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Os alojamentos vão passar por adequação para receber as novas integrantes em 2026. Apesar do alistamento ser voluntário para as mulheres, o serviço se torna obrigatório por um ano depois da incorporação. “Elas vão passar cerca de quatro meses fazendo um curso de formação de soldados, onde vão aprender a lidar com armamento, regulamento militar, aprender a marchar, fazer acampamento. Depois dessa formatura, ela é distribuída para os postos de serviço e para outros setores da escola”, explica o brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho, comandante da Escola de Especialistas de Aeronáutica. A Anna Esther Daniel Moraes quer muito fazer parte da primeira turma feminina, que vai entrar pelo alistamento: “Foi algo que eu sempre admirei: a disciplina, o orgulho de servir o país. É algo que eu quero, e eu acredito que eu vá aprender muita coisa lá”. Antes, para entrar nas Forças Armadas, o único caminho para as mulheres era prestando concurso público. Atualmente, 37 mil mulheres fazem parte da Marinha, Exército e Aeronáutica no Brasil, o que representa cerca de 10% do efetivo. Agora, com o alistamento voluntário, a ideia é aumentar o volume da participação feminina, e que elas possam ocupar outras funções na carreira militar. “O alistamento teve essa característica de voluntariado, então isso também atrai pessoas que de fato têm uma atração, uma identificação, uma empatia com o serviço militar e, principalmente, em seguir a carreira nas Forças. Elas vão ter essa oportunidade, naturalmente, de progredir dentro das Forças”, diz o contra-almirante André Gustavo, Ministério da Defesa. A Hevelin dos Santos se alistou em Mato Grosso do Sul e está ansiosa pelo resultado: “Eu achei que eu não ia ter essa oportunidade, porque eu só via homens. Eu achei que eu, como mulher, não ia ter essa oportunidade. Mas eu vi que agora eu posso, e eu vou agarrar com tudo”. LEIA TAMBÉM Alistamento militar registra mais de um milhão de inscritos; mulheres somam quase 34 mil inscrições


Atualmente, Marinha, Exército e Aeronáutica contam com 37 mil mulheres, cerca de 10% do efetivo. Agora, com o serviço voluntário, a expectativa é aumentar a participação feminina. Brasileiras se alistam nas Forças Armadas numa disputa de 23 candidatas por vaga Reprodução/TV Globo Quase 34 mil mulheres se inscreveram para o serviço militar brasileiro. Nos pelotões, a presença feminina está ganhando cada vez mais destaque. Este é o primeiro ano em que as Forças Armadas permitiram o alistamento de mulheres. Em todo o Brasil, foram 33.721 inscrições. A maioria é do Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas. Ao todo, são 1.465 vagas - uma disputa de 23 candidatas por vaga. Quinze jovens vão ser escolhidas para servir na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Os alojamentos vão passar por adequação para receber as novas integrantes em 2026. Apesar do alistamento ser voluntário para as mulheres, o serviço se torna obrigatório por um ano depois da incorporação. “Elas vão passar cerca de quatro meses fazendo um curso de formação de soldados, onde vão aprender a lidar com armamento, regulamento militar, aprender a marchar, fazer acampamento. Depois dessa formatura, ela é distribuída para os postos de serviço e para outros setores da escola”, explica o brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho, comandante da Escola de Especialistas de Aeronáutica. A Anna Esther Daniel Moraes quer muito fazer parte da primeira turma feminina, que vai entrar pelo alistamento: “Foi algo que eu sempre admirei: a disciplina, o orgulho de servir o país. É algo que eu quero, e eu acredito que eu vá aprender muita coisa lá”. Antes, para entrar nas Forças Armadas, o único caminho para as mulheres era prestando concurso público. Atualmente, 37 mil mulheres fazem parte da Marinha, Exército e Aeronáutica no Brasil, o que representa cerca de 10% do efetivo. Agora, com o alistamento voluntário, a ideia é aumentar o volume da participação feminina, e que elas possam ocupar outras funções na carreira militar. “O alistamento teve essa característica de voluntariado, então isso também atrai pessoas que de fato têm uma atração, uma identificação, uma empatia com o serviço militar e, principalmente, em seguir a carreira nas Forças. Elas vão ter essa oportunidade, naturalmente, de progredir dentro das Forças”, diz o contra-almirante André Gustavo, Ministério da Defesa. A Hevelin dos Santos se alistou em Mato Grosso do Sul e está ansiosa pelo resultado: “Eu achei que eu não ia ter essa oportunidade, porque eu só via homens. Eu achei que eu, como mulher, não ia ter essa oportunidade. Mas eu vi que agora eu posso, e eu vou agarrar com tudo”. LEIA TAMBÉM Alistamento militar registra mais de um milhão de inscritos; mulheres somam quase 34 mil inscrições