Câmara derruba aumento do IOF proposto pelo governo
O projeto que derruba o aumento do IOF foi aprovado pela Câmara por 383 votos a favor e 98 contra. Segue agora para o Senado, onde deve ter uma tramitação rápida. Câmara derruba aumento do IOF proposto pelo governo A Câmara dos Deputados derrubou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras proposto pelo governo. Eram 23h35 de terça-feira (24). Em uma rede social, o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos, anunciava que iria votar nesta quarta-feira (25) o projeto que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras proposto pelo governo - que amanheceu surpreso. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defenderam o aumento do IOF, também em uma rede social. Líderes do governo e ministros discutiram no Palácio do Planalto o que fazer: tentar adiar a votação. “Está todo mundo viajando, não tem ninguém em Brasília. É um erro. Fui pego, sim, de surpresa”, disse o deputado José Guimarães, PT-CE, líder do governo na Câmara dos Deputados. A urgência para votar o projeto foi aprovada na segunda-feira da semana passada. E o governo contava com mais tempo para negociar com a Câmara. Mas, de acordo com a oposição, nada foi apresentado para fazer um corte nas despesas do governo efetivamente. Além disso, o projeto para reduzir incentivos fiscais, prometido pela equipe econômica, ainda não chegou na Câmara. Deputados e senadores também criticam a demora, segundo eles, para a liberação das emendas parlamentares. Parlamentares reclamam também que o governo está responsabilizando o Congresso pelo provável aumento da conta de energia elétrica. Na semana passada, deputados e senadores derrubaram parte dos vetos do presidente Lula a um projeto que tinha como objetivo inicial estimular a geração eólica em alto-mar. Associações do setor calculam que essa decisão pode levar a um aumento de 3,5% na conta de luz. Hugo Motta não fez a reunião semanal de líderes e indicou um deputado do PL, Coronel Chrisóstomo, para relatar o projeto que derruba o aumento do IOF. O parecer defende a revogação de toda a medida do governo, como o aumento do IOF sobre compras de moeda estrangeira e com cartões internacionais de crédito e de débito. O Ministério da Fazenda afirmou que, sem o decreto do IOF, o governo perde R$ 10 bilhões em arrecadação em 2025. A sessão começou à tarde com poucos deputados no plenário, já que foi semipresencial. Governistas tentaram adiar a votação. “Nós estamos em uma sessão onde, aparentemente, 90% dos deputados estão participando remotamente, porque não foram convocados para estar presentes aqui e nem se sabia dessa pauta com antecedência. A oportunidade de discutir hoje é absolutamente descabida. Por isso, é necessário que a gente faça a retirada de pauta”, disse o deputado Carlos Zarattini, PT-SP. Câmara derruba aumento do IOF proposto pelo governo Jornal Nacional/ Reprodução O relator e deputados da oposição criticaram a proposta do governo de aumentar impostos para tentar cumprir a meta fiscal. “O que se buscou por meio dos supracitados decretos foi, em verdade, remediar os previsíveis reveses provenientes de um governo que evita a todo custo promover o ajuste fiscal por meio da contenção de gastos. Evidencia esse intuito o fato de a alteração do IOF ter alcançado todas as bases de incidência possíveis do imposto”, disse o deputado Coronel Chrisóstomo, PL-RO, relator do projeto. “É um governo que tem uma base gelatina, que não sabe se relacionar como deve com o Parlamento. Que deve a este Parlamento. E aí não é só o PL, mas todos os partidos, inclusive os partidos da base do governo", afirmou Sóstenes Cavalcante, PL-RJ. O projeto que derruba o aumento do IOF foi aprovado pela Câmara por 383 votos a favor e 98 contra. Segue agora para o Senado, onde deve ter uma tramitação rápida. LEIA TAMBÉM Após Motta pautar votação do IOF, Haddad e Gleisi voltam a defender decreto publicado pelo governo Perto de derrota sobre IOF na Câmara, Lula defende Haddad e diz não precisar de 'técnico do FMI' para dizer o que é responsabilidade


O projeto que derruba o aumento do IOF foi aprovado pela Câmara por 383 votos a favor e 98 contra. Segue agora para o Senado, onde deve ter uma tramitação rápida. Câmara derruba aumento do IOF proposto pelo governo A Câmara dos Deputados derrubou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras proposto pelo governo. Eram 23h35 de terça-feira (24). Em uma rede social, o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos, anunciava que iria votar nesta quarta-feira (25) o projeto que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras proposto pelo governo - que amanheceu surpreso. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defenderam o aumento do IOF, também em uma rede social. Líderes do governo e ministros discutiram no Palácio do Planalto o que fazer: tentar adiar a votação. “Está todo mundo viajando, não tem ninguém em Brasília. É um erro. Fui pego, sim, de surpresa”, disse o deputado José Guimarães, PT-CE, líder do governo na Câmara dos Deputados. A urgência para votar o projeto foi aprovada na segunda-feira da semana passada. E o governo contava com mais tempo para negociar com a Câmara. Mas, de acordo com a oposição, nada foi apresentado para fazer um corte nas despesas do governo efetivamente. Além disso, o projeto para reduzir incentivos fiscais, prometido pela equipe econômica, ainda não chegou na Câmara. Deputados e senadores também criticam a demora, segundo eles, para a liberação das emendas parlamentares. Parlamentares reclamam também que o governo está responsabilizando o Congresso pelo provável aumento da conta de energia elétrica. Na semana passada, deputados e senadores derrubaram parte dos vetos do presidente Lula a um projeto que tinha como objetivo inicial estimular a geração eólica em alto-mar. Associações do setor calculam que essa decisão pode levar a um aumento de 3,5% na conta de luz. Hugo Motta não fez a reunião semanal de líderes e indicou um deputado do PL, Coronel Chrisóstomo, para relatar o projeto que derruba o aumento do IOF. O parecer defende a revogação de toda a medida do governo, como o aumento do IOF sobre compras de moeda estrangeira e com cartões internacionais de crédito e de débito. O Ministério da Fazenda afirmou que, sem o decreto do IOF, o governo perde R$ 10 bilhões em arrecadação em 2025. A sessão começou à tarde com poucos deputados no plenário, já que foi semipresencial. Governistas tentaram adiar a votação. “Nós estamos em uma sessão onde, aparentemente, 90% dos deputados estão participando remotamente, porque não foram convocados para estar presentes aqui e nem se sabia dessa pauta com antecedência. A oportunidade de discutir hoje é absolutamente descabida. Por isso, é necessário que a gente faça a retirada de pauta”, disse o deputado Carlos Zarattini, PT-SP. Câmara derruba aumento do IOF proposto pelo governo Jornal Nacional/ Reprodução O relator e deputados da oposição criticaram a proposta do governo de aumentar impostos para tentar cumprir a meta fiscal. “O que se buscou por meio dos supracitados decretos foi, em verdade, remediar os previsíveis reveses provenientes de um governo que evita a todo custo promover o ajuste fiscal por meio da contenção de gastos. Evidencia esse intuito o fato de a alteração do IOF ter alcançado todas as bases de incidência possíveis do imposto”, disse o deputado Coronel Chrisóstomo, PL-RO, relator do projeto. “É um governo que tem uma base gelatina, que não sabe se relacionar como deve com o Parlamento. Que deve a este Parlamento. E aí não é só o PL, mas todos os partidos, inclusive os partidos da base do governo", afirmou Sóstenes Cavalcante, PL-RJ. O projeto que derruba o aumento do IOF foi aprovado pela Câmara por 383 votos a favor e 98 contra. Segue agora para o Senado, onde deve ter uma tramitação rápida. LEIA TAMBÉM Após Motta pautar votação do IOF, Haddad e Gleisi voltam a defender decreto publicado pelo governo Perto de derrota sobre IOF na Câmara, Lula defende Haddad e diz não precisar de 'técnico do FMI' para dizer o que é responsabilidade