Câmeras mostram que três pessoas escaparam da explosão em fábrica no Paraná
Barreiras naturais salvaram três pessoas de explosão na Grande Curitiba reprodução/TV Globo Imagens de segurança revelam que três trabalhadores escaparam da explosão em uma fábrica de explosivos em Quatro Barras (PR), por questão de segundos. A tragédia, que matou nove pessoas e feriu sete, aconteceu na manhã da última terça-feira. Às 5h55 do dia 12 de agosto, doze funcionários da Enaex Brasil se reuniram para uma oração antes de iniciar o trabalho. Logo após a prece, duas mulheres e um homem deixaram o local. Um minuto depois, a explosão destruiu a unidade. Apenas os três que saíram sobreviveram. Segundo a delegada Géssica Andrade, responsável pela investigação, o homem saiu para buscar uma luva e foi protegido pelo vestiário. "O rapaz que sai para pegar a luva ele consegue chegar no vestiário e esse vestiário serve como uma barreira de proteção dele do flash da explosão. As outras duas meninas não entram no barracão delas, mas elas conseguem ficar por trás de uma barreira de terra", afirma a delegada. A fábrica pertence à multinacional chilena Enaex, que produz explosivos para mineração e construção civil. As vítimas foram homenageadas em uma missa na paróquia São Sebastião. Quase todos eram jovens, muitos com filhos pequenos. A explosão destruiu estruturas e árvores gigantes. O som foi ouvido a quilômetros de distância, e a onda de choque causou danos em cidades vizinhas. Brigadistas da empresa e bombeiros atuaram no resgate. O cenário era descrito como “caótico” pelas autoridades. A área atingida fica a 500 metros da sede principal da fábrica, atrás de uma montanha. A planta tem 25 unidades de produção, separadas por barreiras naturais. Essa estrutura impediu que o acidente fosse ainda mais grave. A investigação enfrenta dificuldades. Explosivos espalhados pelo terreno interromperam os trabalhos. O esquadrão antibombas identificou risco de novas explosões. "Nós temos uma equipe grande de peritos e técnicos atuando nesse incidente. Desde a química, antropologia, localística, que atende local de crime, serviço de medicina legal, a odontologia", diz Luiz Rodrigo Grochowski, diretor da Polícia Científica do Paraná. A substância manipulada era pentolite, de alto poder destrutivo. O detonador, por segurança, era montado em outro prédio. Os sobreviventes disseram que o dia começou como qualquer outro e não souberam apontar uma causa provável para o acidente. O Exército informou que a última vistoria na Enaex foi feita em março e a última visita técnica em julho, sem irregularidades. A produção está suspensa desde o acidente. "A gente vai revisar todos os nossos procedimentos, reforçar todas as práticas de segurança que a gente tem", disse Daniel Antônio de Oliveira, diretor de operações e engenharia da Enaex. "Primeiramente é todo o apoio necessário que a gente vai dar para eles [os familiares das vítimas], que eles podem contar com isso, nós estamos com coração partido em função desse terrível acidente e toda transparência em função do que aconteceu a gente vai passar para eles", complementou. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts.
Barreiras naturais salvaram três pessoas de explosão na Grande Curitiba reprodução/TV Globo Imagens de segurança revelam que três trabalhadores escaparam da explosão em uma fábrica de explosivos em Quatro Barras (PR), por questão de segundos. A tragédia, que matou nove pessoas e feriu sete, aconteceu na manhã da última terça-feira. Às 5h55 do dia 12 de agosto, doze funcionários da Enaex Brasil se reuniram para uma oração antes de iniciar o trabalho. Logo após a prece, duas mulheres e um homem deixaram o local. Um minuto depois, a explosão destruiu a unidade. Apenas os três que saíram sobreviveram. Segundo a delegada Géssica Andrade, responsável pela investigação, o homem saiu para buscar uma luva e foi protegido pelo vestiário. "O rapaz que sai para pegar a luva ele consegue chegar no vestiário e esse vestiário serve como uma barreira de proteção dele do flash da explosão. As outras duas meninas não entram no barracão delas, mas elas conseguem ficar por trás de uma barreira de terra", afirma a delegada. A fábrica pertence à multinacional chilena Enaex, que produz explosivos para mineração e construção civil. As vítimas foram homenageadas em uma missa na paróquia São Sebastião. Quase todos eram jovens, muitos com filhos pequenos. A explosão destruiu estruturas e árvores gigantes. O som foi ouvido a quilômetros de distância, e a onda de choque causou danos em cidades vizinhas. Brigadistas da empresa e bombeiros atuaram no resgate. O cenário era descrito como “caótico” pelas autoridades. A área atingida fica a 500 metros da sede principal da fábrica, atrás de uma montanha. A planta tem 25 unidades de produção, separadas por barreiras naturais. Essa estrutura impediu que o acidente fosse ainda mais grave. A investigação enfrenta dificuldades. Explosivos espalhados pelo terreno interromperam os trabalhos. O esquadrão antibombas identificou risco de novas explosões. "Nós temos uma equipe grande de peritos e técnicos atuando nesse incidente. Desde a química, antropologia, localística, que atende local de crime, serviço de medicina legal, a odontologia", diz Luiz Rodrigo Grochowski, diretor da Polícia Científica do Paraná. A substância manipulada era pentolite, de alto poder destrutivo. O detonador, por segurança, era montado em outro prédio. Os sobreviventes disseram que o dia começou como qualquer outro e não souberam apontar uma causa provável para o acidente. O Exército informou que a última vistoria na Enaex foi feita em março e a última visita técnica em julho, sem irregularidades. A produção está suspensa desde o acidente. "A gente vai revisar todos os nossos procedimentos, reforçar todas as práticas de segurança que a gente tem", disse Daniel Antônio de Oliveira, diretor de operações e engenharia da Enaex. "Primeiramente é todo o apoio necessário que a gente vai dar para eles [os familiares das vítimas], que eles podem contar com isso, nós estamos com coração partido em função desse terrível acidente e toda transparência em função do que aconteceu a gente vai passar para eles", complementou. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts.
