Caso Moïse: Justiça condena 2 réus pela morte de congolês

Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca foram sentenciados a 19 e 23 anos de prisão, respectivamente. Os dois foram condenados por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vítima. Um terceiro réu ainda será julgado. Vídeo mostra acusado de morte de Moïse tirando foto com vítima imobilizada O 1º Tribunal do Júri condenou, nesta sexta-feira (14), Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca pela morte de Moïse Kabagambe. Os dois foram sentenciados por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vítima. Aleson recebeu uma pena de 23 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, já Fábio foi sentenciado a 19 anos, seis meses e dois dias. Ambos devem cumprir a pena em regime fechado. Julgamento do caso Moise Henrique Coelho /TV Globo O congolês foi agredido até a morte, em 2022, no quiosque em que trabalhava na Barra da Tijuca. Ele levou cerca de 40 pauladas, segundo as investigações, porque cobrava o pagamento de diárias atrasadas. A mãe e os irmãos de Moïse acompanharam o julgamento. Eles são refugiados políticos do Congo e estão no Brasil há quase 11 anos. Em um determinado momento, a família ficou abalada com a exibição de imagens da agressão. Família de Moïse no julgamento Henrique Coelho /TV Globo LEIA TAMBÉM: Acusado de morte de congolês pediu para dono do quiosque ocultar vídeos: 'Tem como cancelar a filmagem?' Mãe: ‘A gente atravessou o oceano para fugir da guerra, e ela nos pegou aqui no Brasil’ ‘A condenação será uma resposta do Brasil para a família’, diz irmão Um vídeo com imagens das agressões, exibido durante a sessão, deixou a família abalada (veja acima). No vídeo apresentado pela promotora Rita Madeira, do Grupo de Atuação Especializada em Júri (Gaejuri), do Ministério Público do Rio, chamou a atenção uma foto posada com Moïse imobilizado e sem reações, no chão. Moïse Kabamgabe Reprodução No vídeo, Brendon Alexander – que não foi julgado nesta sexta-feira mas também é réu em outro processo – está com as costas no chão e com Moïse preso entre suas pernas, totalmente imobilizado e aparentando estar já desacordado. Fábio Pirineus se aproxima e usa um celular para tirar uma foto. Quando o flash dispara, Brendon está com um sinal de hang loose. Brendon, o terceiro réu, ainda aguarda a análise de um recurso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). ➡️O hang loose

Mar 15, 2025 - 00:00
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Caso Moïse: Justiça condena 2 réus pela morte de congolês

Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca foram sentenciados a 19 e 23 anos de prisão, respectivamente. Os dois foram condenados por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vítima. Um terceiro réu ainda será julgado. Vídeo mostra acusado de morte de Moïse tirando foto com vítima imobilizada O 1º Tribunal do Júri condenou, nesta sexta-feira (14), Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca pela morte de Moïse Kabagambe. Os dois foram sentenciados por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vítima. Aleson recebeu uma pena de 23 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, já Fábio foi sentenciado a 19 anos, seis meses e dois dias. Ambos devem cumprir a pena em regime fechado. Julgamento do caso Moise Henrique Coelho /TV Globo O congolês foi agredido até a morte, em 2022, no quiosque em que trabalhava na Barra da Tijuca. Ele levou cerca de 40 pauladas, segundo as investigações, porque cobrava o pagamento de diárias atrasadas. A mãe e os irmãos de Moïse acompanharam o julgamento. Eles são refugiados políticos do Congo e estão no Brasil há quase 11 anos. Em um determinado momento, a família ficou abalada com a exibição de imagens da agressão. Família de Moïse no julgamento Henrique Coelho /TV Globo LEIA TAMBÉM: Acusado de morte de congolês pediu para dono do quiosque ocultar vídeos: 'Tem como cancelar a filmagem?' Mãe: ‘A gente atravessou o oceano para fugir da guerra, e ela nos pegou aqui no Brasil’ ‘A condenação será uma resposta do Brasil para a família’, diz irmão Um vídeo com imagens das agressões, exibido durante a sessão, deixou a família abalada (veja acima). No vídeo apresentado pela promotora Rita Madeira, do Grupo de Atuação Especializada em Júri (Gaejuri), do Ministério Público do Rio, chamou a atenção uma foto posada com Moïse imobilizado e sem reações, no chão. Moïse Kabamgabe Reprodução No vídeo, Brendon Alexander – que não foi julgado nesta sexta-feira mas também é réu em outro processo – está com as costas no chão e com Moïse preso entre suas pernas, totalmente imobilizado e aparentando estar já desacordado. Fábio Pirineus se aproxima e usa um celular para tirar uma foto. Quando o flash dispara, Brendon está com um sinal de hang loose. Brendon, o terceiro réu, ainda aguarda a análise de um recurso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). ➡️O hang loose