Cobra gigante volta a aparecer às margens do Rio Capibaribe, na Zona Norte do Recife
Cobra é vista na Zona Norte do Recife Uma cobra gigante foi vista novamente às margens do Rio Capibaribe, desta vez do lado da Avenida Beira Rio, no bairro da Madalena, na Zona Norte do Recife. O animal foi visto na manhã desta sexta-feira (22). Ela estava enrolada em um galho de árvore. A via é paralela ao Parque das Graças, local onde uma jiboia foi vista no dia 10 de agosto. A presença da cobra atraiu curiosos, que tentavam enxergar o animal em meio às folhagens. A TV Globo fez imagens do animal, que aparece tranquilo, descansado na árvore, com o abdômen distendido (veja vídeo acima). O local é bastante frequentado por pedestres, que costumam praticar exercícios na beira-rio. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Em entrevista à TV Globo, o biólogo Rafael Sá contou que o animal é da espécie jiboia, que não oferece riscos para as pessoas, e que o comportamento tranquilo e reservado, visto pela população, faz parte do animal. "A gente sabe que a jiboia é um animal não peçonhento, o ser humano não faz parte do seu cardápio, então, podem ficar tranquilos. Ela está ali, quietinha, no lugar dela. Muito provavelmente vai se alimentar de aves aquáticas, de roedores, de timbu ou até pequenas capivaras, mas sempre animais menores. Então, para gente, não tem risco algum esse animal aqui", disse. Jiboia é vista em árvore na Madalena, na Zona Norte do Recife Reprodução/TV Globo O biólogo também alertou que animais silvestres, como a jiboia, geralmente são encontrados em seu ambiente natural. Segundo ele, é muito comum no Recife a presença de capivaras, cobras, jacarés, principalmente no Rio Capibaribe, além de cágados e iguanas. No entanto, o profissional contou que manter a distância desses animais deve ser sempre o protocolo. Além disso, Rafael explicou, ainda, sobre o motivo pelo qual a cobra não pode ser manuseada com o abdômen "cheio". "Esses animais são muito sensíveis. Então, quando eles se alimentam, eles ficam quietinhos. A gente [população] tem que evitar o manuseio desse animal, independente se ele se alimentou ou não. Se ele se alimentou, ele tem o risco de regurgitar esse alimento. Então, a gente provoca esse estresse nesses animais. Muitas vezes quando esses animais se alimentam, a ideia é que você não manuseie eles justamente por conta disso", contou. Primeira aparição No domingo (10), frequentadores do Parque das Graças, no Recife, levaram um susto ao encontrar uma cobra gigante enrolada numa árvore. O animal tinha acabado de comer e, por isso, não pôde ser resgatado pela brigada ambiental. Depois, no dia seguinte, "deu um perdido" nos agentes da prefeitura da cidade. O g1 falou com o biólogo Paulo Braga, doutor em biologia animal e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para saber curiosidades sobre o animal. De acordo com o especialista, não é feito resgate de cobras que estão "de barriga cheia", pois o animal pode regurgitar o alimento e sofrer grande estresse. Sobre a "fuga" da cobra, o biólogo afirmou que pode ter ocorrido de diversas formas, mas que esses animais são ótimos nadadores. Assim, a serpente pode ter saído do parque nadando pelo rio. Cobra jiboia no Parque das Graças, no Recife Kleber Mendonça Filho/Instagram Pelas imagens da tentativa de resgate do dia 10, o especialista conseguiu identificar que a jiboia é adulta e pertence à espécie Boa constrictor. O animal é nativo da fauna de Pernambuco e ocorre em locais de mata, como a região do parque onde foi encontrada. Porém, a presença das pessoas, geralmente, afugenta as serpentes, por isso que não é comum elas aparecerem em áreas mais urbanizadas. Resgate de animais silvestres Caso cobras ou outros animais silvestres sejam encontrados, a recomendação é acionar o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da Polícia Militar, por meio do telefone 190. Alguns municípios contam, ainda, com uma brigada ambiental especializada, que pode ser notificada. Os animais resgatados no Grande Recife são encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), na Guabiraba, Zona Norte da capital. No centro, eles passam por avaliação veterinária e, caso necessário, são reabilitados. Depois é feita a soltura, de preferência em locais próximos de unidades de conservação. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias


Cobra é vista na Zona Norte do Recife Uma cobra gigante foi vista novamente às margens do Rio Capibaribe, desta vez do lado da Avenida Beira Rio, no bairro da Madalena, na Zona Norte do Recife. O animal foi visto na manhã desta sexta-feira (22). Ela estava enrolada em um galho de árvore. A via é paralela ao Parque das Graças, local onde uma jiboia foi vista no dia 10 de agosto. A presença da cobra atraiu curiosos, que tentavam enxergar o animal em meio às folhagens. A TV Globo fez imagens do animal, que aparece tranquilo, descansado na árvore, com o abdômen distendido (veja vídeo acima). O local é bastante frequentado por pedestres, que costumam praticar exercícios na beira-rio. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Em entrevista à TV Globo, o biólogo Rafael Sá contou que o animal é da espécie jiboia, que não oferece riscos para as pessoas, e que o comportamento tranquilo e reservado, visto pela população, faz parte do animal. "A gente sabe que a jiboia é um animal não peçonhento, o ser humano não faz parte do seu cardápio, então, podem ficar tranquilos. Ela está ali, quietinha, no lugar dela. Muito provavelmente vai se alimentar de aves aquáticas, de roedores, de timbu ou até pequenas capivaras, mas sempre animais menores. Então, para gente, não tem risco algum esse animal aqui", disse. Jiboia é vista em árvore na Madalena, na Zona Norte do Recife Reprodução/TV Globo O biólogo também alertou que animais silvestres, como a jiboia, geralmente são encontrados em seu ambiente natural. Segundo ele, é muito comum no Recife a presença de capivaras, cobras, jacarés, principalmente no Rio Capibaribe, além de cágados e iguanas. No entanto, o profissional contou que manter a distância desses animais deve ser sempre o protocolo. Além disso, Rafael explicou, ainda, sobre o motivo pelo qual a cobra não pode ser manuseada com o abdômen "cheio". "Esses animais são muito sensíveis. Então, quando eles se alimentam, eles ficam quietinhos. A gente [população] tem que evitar o manuseio desse animal, independente se ele se alimentou ou não. Se ele se alimentou, ele tem o risco de regurgitar esse alimento. Então, a gente provoca esse estresse nesses animais. Muitas vezes quando esses animais se alimentam, a ideia é que você não manuseie eles justamente por conta disso", contou. Primeira aparição No domingo (10), frequentadores do Parque das Graças, no Recife, levaram um susto ao encontrar uma cobra gigante enrolada numa árvore. O animal tinha acabado de comer e, por isso, não pôde ser resgatado pela brigada ambiental. Depois, no dia seguinte, "deu um perdido" nos agentes da prefeitura da cidade. O g1 falou com o biólogo Paulo Braga, doutor em biologia animal e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para saber curiosidades sobre o animal. De acordo com o especialista, não é feito resgate de cobras que estão "de barriga cheia", pois o animal pode regurgitar o alimento e sofrer grande estresse. Sobre a "fuga" da cobra, o biólogo afirmou que pode ter ocorrido de diversas formas, mas que esses animais são ótimos nadadores. Assim, a serpente pode ter saído do parque nadando pelo rio. Cobra jiboia no Parque das Graças, no Recife Kleber Mendonça Filho/Instagram Pelas imagens da tentativa de resgate do dia 10, o especialista conseguiu identificar que a jiboia é adulta e pertence à espécie Boa constrictor. O animal é nativo da fauna de Pernambuco e ocorre em locais de mata, como a região do parque onde foi encontrada. Porém, a presença das pessoas, geralmente, afugenta as serpentes, por isso que não é comum elas aparecerem em áreas mais urbanizadas. Resgate de animais silvestres Caso cobras ou outros animais silvestres sejam encontrados, a recomendação é acionar o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da Polícia Militar, por meio do telefone 190. Alguns municípios contam, ainda, com uma brigada ambiental especializada, que pode ser notificada. Os animais resgatados no Grande Recife são encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), na Guabiraba, Zona Norte da capital. No centro, eles passam por avaliação veterinária e, caso necessário, são reabilitados. Depois é feita a soltura, de preferência em locais próximos de unidades de conservação. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias