Deputada indígena reclama de violência policial durante manifestação perto do Congresso Nacional

Polícia legislativa usou gás lacrimogênio e spray de pimenta para conter confusão, ao final da marcha de integrantes do Acampamento Terra Livre, em Brasília. Deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) está entre atingidos. Deputada Célia Xakriabá é atingidacom spray de pimenta durante confusão após marcha indígena, em Brasília A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) reclamou da violência policial durante a marcha do acampamento Terra Livre que aconteceu na noite desta quinta-feira (10). A parlamentar, que participou da manifestação, foi atingida com spray de pimenta (veja vídeo acima). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. A polícia legislativa utilizou gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter uma confusão em frente ao Congresso Nacional, no final da marcha dos indígenas. Diversas etnias participam do Acampamento Terra Livre — que ocorre desde o último fim de semana. Em entrevista, nesta sexta (11), a deputada disse que quando percebeu a agressividade dos policiais com os manifestantes, resolveu entrar na Câmara dos Deputados "para dialogar e pedir que parassem com a violência". "Na hora que eu dei uns três passos adiante, não foi somente que eu aspirei um spray de pimenta de maneira não intencional, de algo que estava vindo de qualquer lugar. Se criou um círculo de spray de pimenta. E jogaram por cima. Foi quando, de maneira insuportável, já não conseguia mais respirar", diz a deputada. Célia Xakriabá diz ainda que a marcha ocorria de forma pacífica, e que quando estavam descendo a Esplanada não havia nenhuma grade delimitando a área que os indígenas poderiam ou não acessar. "É importante dizer que era um ato passivo, um ato na luta pelos direitos dos povos indígenas, dialogando com os três poderes, com o STF, assim como o Executivo e o Legislativo desta casa", afirma a deputada. 'Fala de cunho violento' Povos indígenas denunciam falas racistas durante reunião com forças de seguranças À imprensa, Célia Xakriabá disse que durante uma reunião convocada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para tratar da organização da marcha, na quarta-feira (9), "um militar teria usado falas de cunho violento" (veja vídeo acima). Segundo a parlamentar, integrantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) que participaram da reunião falavam sobre o controle do número de indígenas que participariam da marcha. A Apib sugeria que um número reduzido de pessoas fosse até a Esplanada dos Ministérios, mesmo que a restrição gerasse reações negativas entre os participantes do acampamento. "Deixa descer logo. Deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça. Pronto", diz um homem, em seguida, sem se identificar. No vídeo, é possível ver que o integrante da Apib questionou a fala, mas ninguém se manifestou durante o trecho ao qual o g1 teve acesso. O secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, nega que a fala tenha partido de um membro da pasta. Ele afirma que o dono do número usado na chamada já foi identificado, mas a identidade da pessoa não será revelada. O que dizem as autoridades

Abr 11, 2025 - 17:00
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Deputada indígena reclama de violência policial durante manifestação perto do Congresso Nacional

Polícia legislativa usou gás lacrimogênio e spray de pimenta para conter confusão, ao final da marcha de integrantes do Acampamento Terra Livre, em Brasília. Deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) está entre atingidos. Deputada Célia Xakriabá é atingidacom spray de pimenta durante confusão após marcha indígena, em Brasília A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) reclamou da violência policial durante a marcha do acampamento Terra Livre que aconteceu na noite desta quinta-feira (10). A parlamentar, que participou da manifestação, foi atingida com spray de pimenta (veja vídeo acima). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. A polícia legislativa utilizou gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter uma confusão em frente ao Congresso Nacional, no final da marcha dos indígenas. Diversas etnias participam do Acampamento Terra Livre — que ocorre desde o último fim de semana. Em entrevista, nesta sexta (11), a deputada disse que quando percebeu a agressividade dos policiais com os manifestantes, resolveu entrar na Câmara dos Deputados "para dialogar e pedir que parassem com a violência". "Na hora que eu dei uns três passos adiante, não foi somente que eu aspirei um spray de pimenta de maneira não intencional, de algo que estava vindo de qualquer lugar. Se criou um círculo de spray de pimenta. E jogaram por cima. Foi quando, de maneira insuportável, já não conseguia mais respirar", diz a deputada. Célia Xakriabá diz ainda que a marcha ocorria de forma pacífica, e que quando estavam descendo a Esplanada não havia nenhuma grade delimitando a área que os indígenas poderiam ou não acessar. "É importante dizer que era um ato passivo, um ato na luta pelos direitos dos povos indígenas, dialogando com os três poderes, com o STF, assim como o Executivo e o Legislativo desta casa", afirma a deputada. 'Fala de cunho violento' Povos indígenas denunciam falas racistas durante reunião com forças de seguranças À imprensa, Célia Xakriabá disse que durante uma reunião convocada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para tratar da organização da marcha, na quarta-feira (9), "um militar teria usado falas de cunho violento" (veja vídeo acima). Segundo a parlamentar, integrantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) que participaram da reunião falavam sobre o controle do número de indígenas que participariam da marcha. A Apib sugeria que um número reduzido de pessoas fosse até a Esplanada dos Ministérios, mesmo que a restrição gerasse reações negativas entre os participantes do acampamento. "Deixa descer logo. Deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça. Pronto", diz um homem, em seguida, sem se identificar. No vídeo, é possível ver que o integrante da Apib questionou a fala, mas ninguém se manifestou durante o trecho ao qual o g1 teve acesso. O secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, nega que a fala tenha partido de um membro da pasta. Ele afirma que o dono do número usado na chamada já foi identificado, mas a identidade da pessoa não será revelada. O que dizem as autoridades