Estados Unidos e Rússia devem se reunir nos próximos dias para discutir fim da guerra na Ucrânia

Encontro, que pode ter a participação do presidente americano, Donald Trump, e do russo, Vladimir Putin, pode ocorrer na Arábia Saudita, mas ainda não há data confirmada. Presidente ucraniano disse que não foi convidado para as conversas. Autoridades dos Estados Unidos e da Rússia devem se reunir na Arábia Saudita nos próximos dias para iniciar conversas com o objetivo de encerrar a guerra de quase três anos entre Ucrânia e a Rússia, disseram uma autoridade americana e uma fonte próxima ao assunto neste sábado (15). Não foi informado se o presidente americano, Donald Trump, e o russo, Vladimir Putin, participariam da reunião. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se reuniu com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, na Alemanha na sexta-feira (14), disse que a Ucrânia não foi convidada para as conversas na Arábia Saudita e que Kiev não se engajaria com a Rússia antes de consultar parceiros estratégicos. Neste sábado, Zelenski, disse ter vetado um acordo proposto pelo presidente americano para dar acesso aos Estados Unidos a recursos minerais estratégicos em terras raras do país do leste europeu. Zelensky também pediu pela criação de um "exército da Europa" para se proteger contra a Rússia, sugerindo que os EUA talvez não venham mais em auxílio do continente. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, e o enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, viajarão para a Arábia Saudita, disse o representante dos EUA, Michael McCaul, à Reuters. Não ficou imediatamente claro com quem eles se reuniriam do lado russo. Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Conselho de Segurança de Munique neste sábado (15) Ronald Wittek/Reuters LEIA MAIS: 'Ainda é cedo', diz enviado dos EUA sobre plano de Trump para fim da guerra entre Ucrânia e Rússia À margem da Conferência de Segurança de Munique, McCaul disse que o objetivo das conversas era organizar um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente russo, Vladimir Putin, e Zelenskiy "para finalmente trazer a paz e encerrar este conflito". Uma fonte com conhecimento dos planos confirmou as conversas planejadas na Arábia Saudita entre autoridades dos EUA e da Rússia. O Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Trump, que assumiu o cargo em 20 de janeiro, prometeu repetidamente encerrar rapidamente a guerra na Ucrânia. Ele fez ligações separadas para Putin e Zelenskiy na quarta-feira (12), deixando os aliados europeus de Washington alarmados de que seriam excluídos de qualquer processo de paz. Esses temores foram amplamente confirmados no sábado, quando o enviado de Trump para a Ucrânia disse que a Europa não terá um lugar à mesa, após Washington enviar um questionário a capitais europeias perguntando o que poderiam contribuir para garantias de segurança para Kiev. Presidente da Ucrânia defende criação de um Exército europeu para proteger continente da Acordo sobre minerais Mais cedo neste sábado, Rubio conversou com seu homólogo russo, Sergei Lavrov. Eles concordaram em manter contatos regulares para tentar preparar um encontro entre Putin e Trump, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Zelenskiy disse na sexta-feira que visitará os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita e a Turquia, mas não disse quando. No entanto, o líder ucraniano afirmou que não tinha planos de se reunir com autoridades dos EUA ou da Rússia durante essas visitas. Moscou controla um quinto da Ucrânia e tem avançado lentamente no leste há meses, enquanto o exército menor de Kiev enfrenta escassez de mão de obra e tenta manter um pedaço de território no oeste da Rússia. A Rússia exige que Kiev ceda território e se torne permanentemente neutra em qualquer acordo de paz. A Ucrânia exige que a Rússia se retire das terras capturadas e deseja a adesão à OTAN ou garantias de segurança equivalentes para evitar ataques de Moscou. Os EUA e a Europa forneceram à Ucrânia dezenas de bilhões de dólares em ajuda militar desde o início da guerra. Trump disse que apoia a Ucrânia, mas busca segurança para o financiamento americano a Kiev. Os EUA e a Ucrânia estão atualmente negociando um acordo que poderia abrir a vasta riqueza natural da Ucrânia para investimentos americanos. Três fontes disseram que os EUA propuseram assumir a propriedade de 50% dos minerais críticos da Ucrânia. Zelenskiy disse no sábado que o rascunho do acordo não continha as provisões de segurança que Kiev precisa.

Fev 15, 2025 - 23:00
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Estados Unidos e Rússia devem se reunir nos próximos dias para discutir fim da guerra na Ucrânia

Encontro, que pode ter a participação do presidente americano, Donald Trump, e do russo, Vladimir Putin, pode ocorrer na Arábia Saudita, mas ainda não há data confirmada. Presidente ucraniano disse que não foi convidado para as conversas. Autoridades dos Estados Unidos e da Rússia devem se reunir na Arábia Saudita nos próximos dias para iniciar conversas com o objetivo de encerrar a guerra de quase três anos entre Ucrânia e a Rússia, disseram uma autoridade americana e uma fonte próxima ao assunto neste sábado (15). Não foi informado se o presidente americano, Donald Trump, e o russo, Vladimir Putin, participariam da reunião. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se reuniu com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, na Alemanha na sexta-feira (14), disse que a Ucrânia não foi convidada para as conversas na Arábia Saudita e que Kiev não se engajaria com a Rússia antes de consultar parceiros estratégicos. Neste sábado, Zelenski, disse ter vetado um acordo proposto pelo presidente americano para dar acesso aos Estados Unidos a recursos minerais estratégicos em terras raras do país do leste europeu. Zelensky também pediu pela criação de um "exército da Europa" para se proteger contra a Rússia, sugerindo que os EUA talvez não venham mais em auxílio do continente. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, e o enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, viajarão para a Arábia Saudita, disse o representante dos EUA, Michael McCaul, à Reuters. Não ficou imediatamente claro com quem eles se reuniriam do lado russo. Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Conselho de Segurança de Munique neste sábado (15) Ronald Wittek/Reuters LEIA MAIS: 'Ainda é cedo', diz enviado dos EUA sobre plano de Trump para fim da guerra entre Ucrânia e Rússia À margem da Conferência de Segurança de Munique, McCaul disse que o objetivo das conversas era organizar um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente russo, Vladimir Putin, e Zelenskiy "para finalmente trazer a paz e encerrar este conflito". Uma fonte com conhecimento dos planos confirmou as conversas planejadas na Arábia Saudita entre autoridades dos EUA e da Rússia. O Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Trump, que assumiu o cargo em 20 de janeiro, prometeu repetidamente encerrar rapidamente a guerra na Ucrânia. Ele fez ligações separadas para Putin e Zelenskiy na quarta-feira (12), deixando os aliados europeus de Washington alarmados de que seriam excluídos de qualquer processo de paz. Esses temores foram amplamente confirmados no sábado, quando o enviado de Trump para a Ucrânia disse que a Europa não terá um lugar à mesa, após Washington enviar um questionário a capitais europeias perguntando o que poderiam contribuir para garantias de segurança para Kiev. Presidente da Ucrânia defende criação de um Exército europeu para proteger continente da Acordo sobre minerais Mais cedo neste sábado, Rubio conversou com seu homólogo russo, Sergei Lavrov. Eles concordaram em manter contatos regulares para tentar preparar um encontro entre Putin e Trump, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Zelenskiy disse na sexta-feira que visitará os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita e a Turquia, mas não disse quando. No entanto, o líder ucraniano afirmou que não tinha planos de se reunir com autoridades dos EUA ou da Rússia durante essas visitas. Moscou controla um quinto da Ucrânia e tem avançado lentamente no leste há meses, enquanto o exército menor de Kiev enfrenta escassez de mão de obra e tenta manter um pedaço de território no oeste da Rússia. A Rússia exige que Kiev ceda território e se torne permanentemente neutra em qualquer acordo de paz. A Ucrânia exige que a Rússia se retire das terras capturadas e deseja a adesão à OTAN ou garantias de segurança equivalentes para evitar ataques de Moscou. Os EUA e a Europa forneceram à Ucrânia dezenas de bilhões de dólares em ajuda militar desde o início da guerra. Trump disse que apoia a Ucrânia, mas busca segurança para o financiamento americano a Kiev. Os EUA e a Ucrânia estão atualmente negociando um acordo que poderia abrir a vasta riqueza natural da Ucrânia para investimentos americanos. Três fontes disseram que os EUA propuseram assumir a propriedade de 50% dos minerais críticos da Ucrânia. Zelenskiy disse no sábado que o rascunho do acordo não continha as provisões de segurança que Kiev precisa.