Flamengo propõe ideia que afeta diretamente o Athletico

O Flamengo divulgou um documento intitulado “Fair Play Financeiro”, com sugestões para o futebol brasileiro. Uma delas é a proibição da grama sintética nos estádios no Brasil, medida que afetaria diretamente o Athletico. Atualmente, três clubes da Série A jogam em gramado sintético: Atlético-MG (Arena MRV), Botafogo (Nilton Santos) e Palmeiras (Allianz Parque). O Athletico […]

Nov 11, 2025 - 11:00
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Flamengo propõe ideia que afeta diretamente o Athletico

O Flamengo divulgou um documento intitulado “Fair Play Financeiro”, com sugestões para o futebol brasileiro. Uma delas é a proibição da grama sintética nos estádios no Brasil, medida que afetaria diretamente o Athletico.

Atualmente, três clubes da Série A jogam em gramado sintético: Atlético-MG (Arena MRV), Botafogo (Nilton Santos) e Palmeiras (Allianz Parque). O Athletico é o único entre as equipes que disputam a Série B.

Segundo o Rubro-Negro carioca, o campo sintético prejudica os jogadores e ainda gera uma disparidade financeira em relação aos clubes que usam o gramado natural.

“Os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas”, argumenta o Flamengo.

Gramado sintético da Ligga Arena. (Foto: José Tramontin/Athletico)

Jogadores já se manifestaram contra a grama sintética

Em fevereiro deste ano, vários jogadores publicaram um manifesto contra a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro. Entre os atletas que se posicionaram nas redes sociais estavam Neymar, Gabigol, Philippe Coutinho e Thiago Silva.

“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos”, dizem eles, em texto intitulado “Futebol é natural, não sintético!”. “Objetivamente, com o tamanho e a representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção”.

O zagueiro Kaique Rocha e o lateral-direito Léo Godoy, que jogaram no Athletico no ano passado, também compartilharam o texto. O atacante Mastriani, que estava no Rubro-Negro na época, mas hoje está emprestado para o Botafogo, curtiu a publicação de Neymar.

Vale lembrar que a Fifa renovou o certificado de qualidade da grama sintética da Arena da Baixada, com validade até 07 de fevereiro de 2026.

Confira a nota do Flamengo

“O Clube de Regatas do Flamengo vem participando ativamente das discussões sobre o Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), um modelo brasileiro de Fair Play Financeiro, conduzidas pela comissão instituída pela CBF.

Com o intuito de contribuir para o aprimoramento das práticas de governança e sustentabilidade no futebol brasileiro, o Flamengo enviou, por escrito, sua posição detalhada à comissão responsável. O compromisso do Flamengo transcende os números, dedicando-se ao esporte, à competição justa e a um Fair Play que represente os verdadeiros princípios do futebol.

Algumas propostas apresentadas pelo Clube:

  • Tratamento de clubes em RJ/REJ: impedir que clubes utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ/REJ e a homologação do acordo) como vantagem competitiva, bloqueando o registro de novos atletas neste período e perda de pontos.
  • Definição ampla de custos: controlar não apenas a “folha salarial” (CLT), mas também o custo total do elenco, incluindo direitos de imagem, luvas, bônus, comissões de agentes e impostos.
  • Bloqueio de brechas contábeis: impedir que custos do futebol profissional masculino sejam “maquiados” como investimentos em categorias de base ou em futebol feminino por meio de rateios fictícios.
  • Controle de caixa mínimo: Implementar indicadores antecedentes, como a necessidade de capital de giro saudável, para prevenir crises de liquidez.
  • Transações com partes relacionadas: desconsiderar ou limitar transações entre partes relacionadas (ex.: clube e empresa do mesmo dono) que possam inflar as receitas ou ocultar os custos. Aportes de capitais, por exemplo, não devem ser contabilizados como receita recorrente.
  • Uso de ratings: adotar um sistema de classificação (como o utilizado por consultorias especializadas), no qual clubes com melhor gestão (classificação elevada) tenham mais margem de manobra, criando um incentivo à boa governança.
  • Sanções eficazes: focar as sanções na restrição de janelas de transferência, e que estas sejam cumpridas integralmente, mesmo que a causa da punição seja sanada, para desestimular a procrastinação.
  • Implementação do “Teste de Proprietários e Dirigentes”: criação de uma avaliação composta por regras e critérios para determinar se os novos (ou potenciais) proprietários e dirigentes de um clube são aptos para o cargo. O objetivo é proteger a imagem e a integridade da competição e dos clubes, assegurando que os indivíduos que gerenciam ou adquiriram clubes sejam confiáveis e tenham capacidade financeira comprovada.
  • Exequibilidade Efetiva do Sistema: implementar uma governança aparelhada para executar punições automáticas, com base em dados factuais e financeiros, incluindo a aplicação de punições e restrições.
  • Proibição de Gramados Artificiais: os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas.

O Clube de Regatas do Flamengo continuará participando da elaboração e execução do Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), conforme a proposta da Confederação Brasileira de Futebol, e já cumprimenta a entidade pela louvável iniciativa.

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