Melanomas nem sempre são fáceis de identificar
O problema do diagnóstico tardio do câncer de pele Atualmente, o Brasil registra cerca de 9 mil novos casos de melanoma por ano – o tipo mais agressivo de câncer de pele. Para se ter uma ideia de sua letalidade, ocorrem 220 mil casos de câncer de pele não melanoma, mas o número de óbitos não passa de 3 mil. Já o melanoma responde por 2 mil mortes anuais. O importante é que, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são altas, por isso é essencial estar atento a alterações. O melanoma quase sempre surge como uma lesão cutânea enegrecida, ou com uma parte enegrecida e áreas de coloração irregular. A regra do ABCDE ajuda a identificar sinais suspeitos: Assimetria: a forma de uma metade do sinal não corresponde à outra metade. Bordas irregulares: bordas entalhadas, mal definidas ou mal delimitadas. O pigmento pode se espalhar para a pele ao redor. Cor desigual: tons de preto e marrom podem estar presentes, mas também áreas de branco, cinza, vermelho, rosado ou azul. Diâmetro: há uma mudança no tamanho, geralmente um aumento. Os melanomas podem ser pequenos, mas a maioria tem mais de 6 milímetros de diâmetro. Evolução: há mudanças de cor, tamanho, forma e espessura ao longo do tempo. Idosos que se expuseram durante décadas ao sol, sem proteção, têm risco aumentado para melanoma Charly_7777 Nos Estados Unidos, o cenário preocupa: quase 105 mil norte-americanos são diagnosticados anualmente com melanoma – principalmente idosos que, por décadas, se expuseram ao sol, sem proteção, e hoje têm um sistema imunológico menos robusto. “O melanoma quebra as regras. Pequenas pintas podem causar grandes problemas, por isso é tão importante estar atento”, resume a médica oncologista Elizabeth Buchbinder, professora da faculdade de medicina de Harvard. Aqui estão quatro sinais de alerta que merecem atenção: Patinho feio: pessoas com muitos nevos melanocíticos, o nome técnico das pintas, correm maior risco. Por isso, atenção às pintas que se sobressaem: as que são mais escuras, com formato incomum ou cresceram recentemente. É o que a oncologista chama de “patinhos feios”. Nas mulheres, o melanoma costuma aparecer com maior frequência nos braços e pernas; nos homens, no pescoço, tronco, cabeça e costas. No entanto, pode surgir em outros locais. Onde o sol não bate: a maioria dos melanomas é causada pelos raios ultravioletas, mas nem todos, tanto que há os que se desenvolvem em lugares onde o sol não bate, como as solas dos pés e as palmas da mão. Também pode se manifestar como uma listra escura embaixo da unha, como aconteceu com o músico Bob Marley. Se você não prendeu o dedo numa gaveta e a mancha não acompanha o crescimento da unha, procure um médico. É raro, mas o melanoma pode ocorrer no olho, dentro da boca ou no couro cabeludo. Vermelho, branco e azul: não desconfie apenas das pintas pretas, porque o melanoma se apresenta em diversas colorações, “como um tom azulado, por causa de uma pigmentação mais profunda, ou avermelhado, como resultado de uma resposta imunológica”, afirma o médico Robert Brodell, professor de dermatologia da Universidade do Mississippi. Outro tipo de manifestação é uma erupção cutânea, que não melhora com o uso de cremes e pomadas. Há ainda a possibilidade de a lesão perder a cor, parcial ou totalmente, deixando um halo esbranquiçado em volta de uma área escura. Sangramento e coceira: alterações como coceira, escamação e sangramento merecem uma investigação.


O problema do diagnóstico tardio do câncer de pele Atualmente, o Brasil registra cerca de 9 mil novos casos de melanoma por ano – o tipo mais agressivo de câncer de pele. Para se ter uma ideia de sua letalidade, ocorrem 220 mil casos de câncer de pele não melanoma, mas o número de óbitos não passa de 3 mil. Já o melanoma responde por 2 mil mortes anuais. O importante é que, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são altas, por isso é essencial estar atento a alterações. O melanoma quase sempre surge como uma lesão cutânea enegrecida, ou com uma parte enegrecida e áreas de coloração irregular. A regra do ABCDE ajuda a identificar sinais suspeitos: Assimetria: a forma de uma metade do sinal não corresponde à outra metade. Bordas irregulares: bordas entalhadas, mal definidas ou mal delimitadas. O pigmento pode se espalhar para a pele ao redor. Cor desigual: tons de preto e marrom podem estar presentes, mas também áreas de branco, cinza, vermelho, rosado ou azul. Diâmetro: há uma mudança no tamanho, geralmente um aumento. Os melanomas podem ser pequenos, mas a maioria tem mais de 6 milímetros de diâmetro. Evolução: há mudanças de cor, tamanho, forma e espessura ao longo do tempo. Idosos que se expuseram durante décadas ao sol, sem proteção, têm risco aumentado para melanoma Charly_7777 Nos Estados Unidos, o cenário preocupa: quase 105 mil norte-americanos são diagnosticados anualmente com melanoma – principalmente idosos que, por décadas, se expuseram ao sol, sem proteção, e hoje têm um sistema imunológico menos robusto. “O melanoma quebra as regras. Pequenas pintas podem causar grandes problemas, por isso é tão importante estar atento”, resume a médica oncologista Elizabeth Buchbinder, professora da faculdade de medicina de Harvard. Aqui estão quatro sinais de alerta que merecem atenção: Patinho feio: pessoas com muitos nevos melanocíticos, o nome técnico das pintas, correm maior risco. Por isso, atenção às pintas que se sobressaem: as que são mais escuras, com formato incomum ou cresceram recentemente. É o que a oncologista chama de “patinhos feios”. Nas mulheres, o melanoma costuma aparecer com maior frequência nos braços e pernas; nos homens, no pescoço, tronco, cabeça e costas. No entanto, pode surgir em outros locais. Onde o sol não bate: a maioria dos melanomas é causada pelos raios ultravioletas, mas nem todos, tanto que há os que se desenvolvem em lugares onde o sol não bate, como as solas dos pés e as palmas da mão. Também pode se manifestar como uma listra escura embaixo da unha, como aconteceu com o músico Bob Marley. Se você não prendeu o dedo numa gaveta e a mancha não acompanha o crescimento da unha, procure um médico. É raro, mas o melanoma pode ocorrer no olho, dentro da boca ou no couro cabeludo. Vermelho, branco e azul: não desconfie apenas das pintas pretas, porque o melanoma se apresenta em diversas colorações, “como um tom azulado, por causa de uma pigmentação mais profunda, ou avermelhado, como resultado de uma resposta imunológica”, afirma o médico Robert Brodell, professor de dermatologia da Universidade do Mississippi. Outro tipo de manifestação é uma erupção cutânea, que não melhora com o uso de cremes e pomadas. Há ainda a possibilidade de a lesão perder a cor, parcial ou totalmente, deixando um halo esbranquiçado em volta de uma área escura. Sangramento e coceira: alterações como coceira, escamação e sangramento merecem uma investigação.