MP dá 5 dias para Caer regularizar abastecimento de água na segunda maior cidade de RR
Moradores da 2ª maior cidade de Roraima enfrentam falta de água há dois meses O Ministério Público de Roraima (MPRR) pediu que a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) adote, em até cinco dias corridos, medidas emergenciais para restabelecer o fornecimento de água em Rorainópolis, cidade do Sul do estado que enfrenta crise de abastecimento há dois meses. O prazo começa a contar desta quarta-feira (24). A medida foi assinada pelos promotores de Justiça Sissy Vinholte Nascimento e Paulo Augusto Brígido, após inspeção no Centro de Reservação e análise de documentos enviados pela Caer. Entre as cobranças estão o aumento imediato da frota de caminhões-pipa, com prioridade para bairros mais afetados, como Gentil Carneiro Brito (Portelinha), Santa Felicidade, Osmar Pereira, Novo Horizonte e Novo Brasil. O MP também pede reforço de equipes para acelerar a obra do reservatório e a suspensão de cobranças a moradores prejudicados. “A água é um bem essencial à vida. Sua ausência e fornecimento em condições inadequadas comprometem não apenas os direitos dos consumidores, mas também o direito à saúde e à dignidade”, disse a promotora Sissy Vinholte. LEIA MAIS: 'Sem ajuda': Moradores da segunda maior cidade de Roraima enfrentam falta de água há dois meses Moradores sofrem há dois meses Moradora precisa encher baldes durante a madrugada para garantir água no dia seguinte Caíque Rodrigues/g1 RR O g1 esteve em Rorainópolis na última sexta-feira (19) e conversou com moradores que relataram dificuldades até para manter a higiene e preparar alimentos. No bairro Portelinha, o mais afetado pela crise, caminhões-pipa não seguem rotina fixa e a reportagem flagrou uma tentativa de intimidação por um servidor Caer contra moradores que reclamam da falta de abastecimento. “Passei o domingo inteiro sem água. Meu filho só conseguiu tomar banho porque meu marido levou ele para a casa da sogra”, contou a manicure Nara Rocha, de 36 anos. Já a operadora de caixa Ágatha Cristina Gomes, de 23 anos, disse que passa madrugadas enchendo baldes quando há fornecimento irregular. “Enquanto isso, seguimos sem água, sem explicação e sem ajuda”, afirmou. Obras sem cronograma Segundo o MP, a própria Caer reconheceu que a irregularidade no abastecimento está ligada à revitalização do reservatório, mas não apresentou cronograma detalhado, lista de bairros atingidos ou medidas de compensação. A companhia terá até dez dias corridos para informar ao MP as providências adotadas. O descumprimento ou resposta considerada insatisfatória pode levar à adoção de medidas judiciais. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.


Moradores da 2ª maior cidade de Roraima enfrentam falta de água há dois meses O Ministério Público de Roraima (MPRR) pediu que a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) adote, em até cinco dias corridos, medidas emergenciais para restabelecer o fornecimento de água em Rorainópolis, cidade do Sul do estado que enfrenta crise de abastecimento há dois meses. O prazo começa a contar desta quarta-feira (24). A medida foi assinada pelos promotores de Justiça Sissy Vinholte Nascimento e Paulo Augusto Brígido, após inspeção no Centro de Reservação e análise de documentos enviados pela Caer. Entre as cobranças estão o aumento imediato da frota de caminhões-pipa, com prioridade para bairros mais afetados, como Gentil Carneiro Brito (Portelinha), Santa Felicidade, Osmar Pereira, Novo Horizonte e Novo Brasil. O MP também pede reforço de equipes para acelerar a obra do reservatório e a suspensão de cobranças a moradores prejudicados. “A água é um bem essencial à vida. Sua ausência e fornecimento em condições inadequadas comprometem não apenas os direitos dos consumidores, mas também o direito à saúde e à dignidade”, disse a promotora Sissy Vinholte. LEIA MAIS: 'Sem ajuda': Moradores da segunda maior cidade de Roraima enfrentam falta de água há dois meses Moradores sofrem há dois meses Moradora precisa encher baldes durante a madrugada para garantir água no dia seguinte Caíque Rodrigues/g1 RR O g1 esteve em Rorainópolis na última sexta-feira (19) e conversou com moradores que relataram dificuldades até para manter a higiene e preparar alimentos. No bairro Portelinha, o mais afetado pela crise, caminhões-pipa não seguem rotina fixa e a reportagem flagrou uma tentativa de intimidação por um servidor Caer contra moradores que reclamam da falta de abastecimento. “Passei o domingo inteiro sem água. Meu filho só conseguiu tomar banho porque meu marido levou ele para a casa da sogra”, contou a manicure Nara Rocha, de 36 anos. Já a operadora de caixa Ágatha Cristina Gomes, de 23 anos, disse que passa madrugadas enchendo baldes quando há fornecimento irregular. “Enquanto isso, seguimos sem água, sem explicação e sem ajuda”, afirmou. Obras sem cronograma Segundo o MP, a própria Caer reconheceu que a irregularidade no abastecimento está ligada à revitalização do reservatório, mas não apresentou cronograma detalhado, lista de bairros atingidos ou medidas de compensação. A companhia terá até dez dias corridos para informar ao MP as providências adotadas. O descumprimento ou resposta considerada insatisfatória pode levar à adoção de medidas judiciais. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.