O maior adversário do Coritiba é a pressão exercida pelo Athletico
Há sete jogos, o Athletico vence nessa Segundona. Agora que alcançou o G4, valorou as vitórias sobre times periféricos, como Botafogo-SP, Vila Nova, CRB e Athletic. Mas, nenhuma delas, foi tão importante como essa contra o Operário, por 1 a 0. É que à questão regional ocorreu um elemento que já era notório: o Fantasma […]
Há sete jogos, o Athletico vence nessa Segundona. Agora que alcançou o G4, valorou as vitórias sobre times periféricos, como Botafogo-SP, Vila Nova, CRB e Athletic. Mas, nenhuma delas, foi tão importante como essa contra o Operário, por 1 a 0. É que à questão regional ocorreu um elemento que já era notório: o Fantasma foi ordenado (e bem ordenado) por Alex para ganhar na Baixada. Bem por isso, o Furacão só ganhou em razão do brilhante jogo que fez na etapa inicial, tornando o gol de Benavídez, o da vitória.
Quando escrevo, o Athletico já passou o Coritiba. Os 12 pontos que permitiam aos coxas olharem de cima para o rival centenário, desapareceram.
Agora, os atleticanos de arquibancada falando o idioma dos seus novos “ídolos” Benavídez, Esquivel e Zapelli (argentinos), Terán, Aguirre, Viveros e Mendoza (colombianos), com dois pontos a frente, é quem perguntam: “qué pasa?”.
Nessa comparação, pode existir uma boa dose de ironia. Se existe, é inevitável entre quem há 100 anos divide a paixão em Curitiba.
No entanto, a comparação ambientada em fatos, carrega uma verdade: a mudança de estado, de números e posições, é a prova objetiva de que no futebol nada é absoluto.
Só que há uma diferença entre os dois, apesar dos números nesse momento: os dois pontos a favor do Athletico é relevante por ser rival histórico. Isso pode exercer uma influência negativa que nenhum outro time iria provocar.
A diferença entre os dois, portanto, passa a ser o poder exercido pela mente. Não é preciso ser psicológo para concluir que o momento do futebol, exerce exerce uma influência tão importante que projeta-se para o campo individual e tático.
O Furacão de Hellmann é o exemplo dessa verdade. Saiu do improvável para o G4, porque ganhou Benavídez e Aguirre na zaga, acertou a posição de Zapelli, recuperou Patrick no meio, lançou os jovens Dudu e Arthur Dias, e em especial convenceu-se que goleador custa dinheiro, trazendo Viveros.
Mas, essa recuperação não seria possível, se não fosse o trabalho portentoso do treinador Odair Hellmann, que embora jovem, sabe da importância do estado mental de um time. Como dizem os budistas:”Somos o que pensamos”.
É possivel que o maior adversário do Coritiba a partir desse jogo contra o Avaí, seja o Furacão, agora como concorrente a uma das quatro vagas.
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