Para setores da direita, Bolsonaro atrapalha e aliados veem movimento para rifar ex-presidente
Bolsonaro disse que só 'depois de morto' irá indicar outro candidato para as eleições de 2026. Ex-presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto de Brasília em 6 de março de 2025 Reuters/Adriano Machado A direita pode não admitir publicamente, mas quer rifar - do ponto de vista eleitoral - Jair Bolsonaro da disputa de 2026. Como este blog vem mostrando, Bolsonaro, inelegível, tem esticado a corda. O plano A de Bolsonaro é se manter na disputa para ser candidato até o Judiciário rejeitar todos os recursos de inelegibilidade. Nesta quinta-feira (6), ao desembarcar num aeroporto em Brasília, disse a jornalistas que só "depois de morto" irá indicar outro candidato para as eleições do ano que vem. Este comportamento, no entanto, tem incomodado setores da direita, porque desta forma ele interdita outras possibilidades. Na visão de lideranças de oposição, a pedra no sapato da própria direita é Bolsonaro - e não Lula. Um dos nomes que pode ficar mais distante do pleito é o de Tarcísio de Freitas. Como o blog mostrou, o timing da Justiça pode não coincidir com o prazo que governadores têm para se descompatibilizar do cargo - abril do ano eleitoral. Assim, um dos nomes mais fortes pode ficar de fora da disputa. A última pesquisa Quaest, feita em 8 estados, mostrou que o Tarcísio, por exemplo, teria um desempenho melhor que Bolsonaro em São Paulo e similar nos demais. Entre os nomes citados, como Gusttavo Lima, Marçal, Zema e Caiado, o governador paulista foi o que se saiu melhor. Bolsonaro tem consciência da irritação entre seus aliados. Segundo fontes próximas, o ex-presidente está extremamente contrariado com esse movimento.


Bolsonaro disse que só 'depois de morto' irá indicar outro candidato para as eleições de 2026. Ex-presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto de Brasília em 6 de março de 2025 Reuters/Adriano Machado A direita pode não admitir publicamente, mas quer rifar - do ponto de vista eleitoral - Jair Bolsonaro da disputa de 2026. Como este blog vem mostrando, Bolsonaro, inelegível, tem esticado a corda. O plano A de Bolsonaro é se manter na disputa para ser candidato até o Judiciário rejeitar todos os recursos de inelegibilidade. Nesta quinta-feira (6), ao desembarcar num aeroporto em Brasília, disse a jornalistas que só "depois de morto" irá indicar outro candidato para as eleições do ano que vem. Este comportamento, no entanto, tem incomodado setores da direita, porque desta forma ele interdita outras possibilidades. Na visão de lideranças de oposição, a pedra no sapato da própria direita é Bolsonaro - e não Lula. Um dos nomes que pode ficar mais distante do pleito é o de Tarcísio de Freitas. Como o blog mostrou, o timing da Justiça pode não coincidir com o prazo que governadores têm para se descompatibilizar do cargo - abril do ano eleitoral. Assim, um dos nomes mais fortes pode ficar de fora da disputa. A última pesquisa Quaest, feita em 8 estados, mostrou que o Tarcísio, por exemplo, teria um desempenho melhor que Bolsonaro em São Paulo e similar nos demais. Entre os nomes citados, como Gusttavo Lima, Marçal, Zema e Caiado, o governador paulista foi o que se saiu melhor. Bolsonaro tem consciência da irritação entre seus aliados. Segundo fontes próximas, o ex-presidente está extremamente contrariado com esse movimento.