Paraná Clube vai na contramão do Athletico e investe no futebol feminino
Em meio à indefinição sobre a venda da SAF e o futuro, o Paraná Clube aposta na força do futebol feminino e será o representante paranaense na disputa do Campeonato Brasileiro sub-17. O Tricolor fez o oposto do rival Athletico, que encerrou o projeto da modalidade. O Tricolor recebeu o convite para participar da competição […]

Em meio à indefinição sobre a venda da SAF e o futuro, o Paraná Clube aposta na força do futebol feminino e será o representante paranaense na disputa do Campeonato Brasileiro sub-17. O Tricolor fez o oposto do rival Athletico, que encerrou o projeto da modalidade.
O Tricolor recebeu o convite para participar da competição após o título do Campeonato Feminino sub-17 no ano passado. O time paranista está no Grupo A do Brasileirão ao lado de Internacional, Paysandu e Vasco. A estreia será no próximo dia 14 contra as gaúchas, em Curitiba.
LEIA TAMBÉM:
“Estamos bem confiantes que podemos fazer um bom trabalho nesse Brasileiro. A gente começou a trabalhar desde janeiro pensando na possibilidade de ter a vaga nessa competição devido ao título do Estadual do ano passado. A gente tem se preparado, fez uma pré-temporada de janeiro até março, já pensando que a competição poderia começar entre maio e junho”, disse o diretor Moacir Audrey.
“Quando sai a divulgação oficial para junho, conseguimos fazer boas adaptações, recuperar bem as atletas e deixá-las preparadas pra oportunidade”, acrescentou o dirigente, em entrevista ao UmDois Esportes.
Como surgiu o futebol feminino do Paraná Clube

O projeto de futebol feminino do Paraná Clube é fruto de uma parceria com a Associação Desportiva Gurias Football.
“Associação é sem fins lucrativos, voltado exclusivamente ao trabalho com o futebol feminino. Nós tivemos um projeto em colaboração com o Paraná Clube em 2019. Desde 2020 até 2024, nós caminhamos de modo independente, com todas as dificuldades que o futebol feminino enfrenta”, explicou Audrey.
O diretor ainda ressaltou que a união foi importante para os dois lados. “A partir de maio de 2024, completou um ano agora, nós realizamos uma parceria com o Paraná Clube para representar o futebol de todas as categorias femininas. Surgiu desde então o Paraná Clube Gurias”, comentou.
“O Paraná Clube tinha essa lacuna dentro do seu departamento de futebol e a gente tinha a necessidade de ganhar relevância para poder desenvolver o nosso projeto aqui com mais estrutura”, destacou Audrey, em entrevista ao UmDois Esportes.
Paraná Clube vai investir no profissional
Além das categorias de base, a parceria com a Gurias Football também vai render frutos para o Paraná Clube no profissional. O Tricolor pretende disputar pela primeira vez na história o Campeonato Paranaense, que está programado para ocorrer entre setembro e outubro.
“Existe um planejamento para disputar as competições profissionais. Esse ano a gente vai disputar o Campeonato Paranaense adulto. Vamos montar a equipe agora no segundo semestre. Nós temos um tempo hábil ainda para preparar as meninas para essa disputa”, destacou Audrey.
Athletico encerrou projeto do futebol feminino

Campeão paranaense nas últimas cinco edições, o Athletico encerrou o projeto do futebol feminino no final do ano passado. O Rubro-Negro optou pelo término do projeto para conter gastos após o rebaixamento do time masculino para a Série B do Campeonato Brasileiro.
“Logo que caiu, a gente já ficou apreensiva, né? A gente ainda teve mais duas semanas de treinamentos para a Ladies Cup e foi jogar sem saber o que aconteceria. Pensamos vamos fazer um bom torneio porque se eles já estiverem em mente que vai terminar o feminino, a gente talvez poderia fazer eles voltarem atrás”, contou uma jogadora.
“E a gente sabe que o Athletico, internamente, nunca gostou do feminino, sempre teve por obrigatoriedade, gostar de ter o feminino e realmente apoiar a causa é outra coisa. O Athletico é um clube machista, o Petraglia não gosta do feminino”, detonou a atleta.
Vale lembrar que se subir para a Série A, o Athletico terá que reativar a equipe. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) exige que os clubes da primeira divisão do masculino tenham time no feminino.