Relembre a 'operação Punhal Verde Amarelo', o plano para assassinar autoridades
De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes em que determinou a prisão de Braga Netto, o general teria obtido e entregado recursos necessários para executar o plano para matar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. General Braga Netto, Comandante Militar do Leste, em 2018 Alan Santos/PR Na decisão em que determinou a prisão do general Braga Netto, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que provas obtidas pela Polícia Federal e um novo depoimento de Mauro Cid apontam que o militar obteve e entregou os recursos necessários para a organização e execução da operação "Punhal Verde e Amarelo". O plano "Punhal Verde e Amarelo" foi detalhado a partir de investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Contragolpe, que prendeu militares e um policial suspeitos de envolvimento no caso em novembro. A operação ilegal previa o assassinato de autoridades - o presidente Lula; o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A ação ocorreria como um desdobramento do golpe de Estado em 2022, caso ele fosse consumado. Segundo Moraes, o relato de Mauro Cid, em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro, apontou que Braga Netto teria repassado dinheiro diretamente ao major Rafael de Oliveira. O recurso, que estava em uma sacola de vinho, serviria para as despesas necessárias à operação. Para Moraes, há elementos que comprovam que o militar contribuiu - "em grau mais efetivo e de elevada importância do que se sabia anteriormente" - para o planejamento e financiamento das práticas ilegais. "Há fortes indícios e substanciais provas de que, no contexto da organização criminosa, o investigado WALTER SOUZA BRAGA NETTO contribuiu, em grau mais efetivo e de elevada importância do que se sabia anteriormente, para o planejamento e financiamento de um golpe de Estado, cuja consumação presumia, na visão dos investigados, a detenção ilegal e possível execução do então Presidente do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL e Ministro do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, com uso de técnicas militares e terroristas, além de possível assassinato dos candidatos eleitos nas Eleições de 2022, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA e GERALDO ALCKMIN e, eventualmente, as prisões de pessoas que pudessem oferecer qualquer resistência institucional à empreitada golpista", escreveu o ministro. Investigações De acordo com as apurações, o plano para matar autoridades foi elaborado o pelo general da reserva Mario Fernandes, preso em novembro. Ainda segundo os investigadores, os detalhes teriam sido apresentados a Braga Netto, em reunião na casa do ex-ministro de Bolsonaro em novembro de 2022. A reunião foi em 12 de novembro, três dias antes da data escolhida para os crimes. "A reunião contou com o tenente-coronel MAURO CESAR CID, o Major RAFAEL DE OLIVEIRA e o Tenente-Coronel FERREIRA LIMA, oportunidade em que o planejamento foi apresentado e aprovado pelo General BRAGA NETTO", disse a PF. Investigação da Polícia Federal aponta também que os golpistas previam colocar os generais Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Braga Netto como comandantes de um gabinete de crise como resposta às mortes das autoridades. O plano previa envenenar Lula e Moraes e, em seguida, instituir o "Gabinete Institucional de Gestão da Crise". Havia, inclusive, uma minuta pronta para a sua criação, documento encontrado com o general Mário Fernandes em 19 de novembro.
De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes em que determinou a prisão de Braga Netto, o general teria obtido e entregado recursos necessários para executar o plano para matar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. General Braga Netto, Comandante Militar do Leste, em 2018 Alan Santos/PR Na decisão em que determinou a prisão do general Braga Netto, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que provas obtidas pela Polícia Federal e um novo depoimento de Mauro Cid apontam que o militar obteve e entregou os recursos necessários para a organização e execução da operação "Punhal Verde e Amarelo". O plano "Punhal Verde e Amarelo" foi detalhado a partir de investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Contragolpe, que prendeu militares e um policial suspeitos de envolvimento no caso em novembro. A operação ilegal previa o assassinato de autoridades - o presidente Lula; o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A ação ocorreria como um desdobramento do golpe de Estado em 2022, caso ele fosse consumado. Segundo Moraes, o relato de Mauro Cid, em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro, apontou que Braga Netto teria repassado dinheiro diretamente ao major Rafael de Oliveira. O recurso, que estava em uma sacola de vinho, serviria para as despesas necessárias à operação. Para Moraes, há elementos que comprovam que o militar contribuiu - "em grau mais efetivo e de elevada importância do que se sabia anteriormente" - para o planejamento e financiamento das práticas ilegais. "Há fortes indícios e substanciais provas de que, no contexto da organização criminosa, o investigado WALTER SOUZA BRAGA NETTO contribuiu, em grau mais efetivo e de elevada importância do que se sabia anteriormente, para o planejamento e financiamento de um golpe de Estado, cuja consumação presumia, na visão dos investigados, a detenção ilegal e possível execução do então Presidente do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL e Ministro do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, com uso de técnicas militares e terroristas, além de possível assassinato dos candidatos eleitos nas Eleições de 2022, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA e GERALDO ALCKMIN e, eventualmente, as prisões de pessoas que pudessem oferecer qualquer resistência institucional à empreitada golpista", escreveu o ministro. Investigações De acordo com as apurações, o plano para matar autoridades foi elaborado o pelo general da reserva Mario Fernandes, preso em novembro. Ainda segundo os investigadores, os detalhes teriam sido apresentados a Braga Netto, em reunião na casa do ex-ministro de Bolsonaro em novembro de 2022. A reunião foi em 12 de novembro, três dias antes da data escolhida para os crimes. "A reunião contou com o tenente-coronel MAURO CESAR CID, o Major RAFAEL DE OLIVEIRA e o Tenente-Coronel FERREIRA LIMA, oportunidade em que o planejamento foi apresentado e aprovado pelo General BRAGA NETTO", disse a PF. Investigação da Polícia Federal aponta também que os golpistas previam colocar os generais Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Braga Netto como comandantes de um gabinete de crise como resposta às mortes das autoridades. O plano previa envenenar Lula e Moraes e, em seguida, instituir o "Gabinete Institucional de Gestão da Crise". Havia, inclusive, uma minuta pronta para a sua criação, documento encontrado com o general Mário Fernandes em 19 de novembro.