“Rompimento”: Athletico apaga de vez marca de empresa na Baixada

O Athletico retirou nesta segunda-feira (29) os últimos painéis com a marca da Ligga Telecom da Arena da Baixada. O trabalho de funcionários foi registrado pela jornalista Monique Vilela, da Rádio Transamérica.

Os painéis com a marca da empresa estão sendo retirados desde julho, após o início do litígio entre clube e a empresa. O contrato de patrocínio da Ligga ao Furacão, que iria até 2038, foi judicializado em junho, após falta de pagamentos da empresa pelos naming rights.

Com a suspensão o acordo, o clube voltou a se referir ao estádio como Arena da Baixada, ou seja, interrompeu a utilização do nome Ligga Arena.

O processo fez com que o Athletico retirasse todas as menções da Ligga, que estavam previstas na nova identidade visual da Arena, que conta com pinturas e um novo letreiro. Contudo, o processo fez com que o estádio deixasse de conter mobiliário, banners e placas que faziam menções à empresa.

Em nota oficial, a Ligga se disse surpreendida com a suspensão dos naming rights e declarou que tentava negociar com o Athletico.

Athletico cobra R$ 50 milhões da Ligga na Justiça

A diretoria do Athletico pediu, na Justila, R$ 50 milhões da empresa, referente a parcelas que estariam em atraso. A informação foi divulgada com exclusividade pelo colunista Augusto Mafuz.

Na metade deste ano, os dirigentes informaram aos conselheiros que a Ligga atrasou pagamentos desde o ano passado.

Além disso, a Ligga ainda teria descumprido um acordo para a quitação dos débitos. Em uma tentativa de negociação, a empresa pediu uma redução dos valores, o que não foi aceito pelo Athletico, que decidiu acionar a Justiça.

Em 2023, a Ligga fechou o contrato aceitando pagar R$ 200 milhões ao Athletico pela cessão dos direitos de nome da Arena da Baixada pelo período de 15 anos, a partir de julho daquele ano. Anualmente, o valor devido era de R$ 13,3 milhões, além de correções monetárias. Isso representou o terceiro maior contrato de naming rights do país, atrás somente de Corinthians e Palmeiras.

O montante a receber da Ligga tinha importância estratégica para o Rubro-Negro, já que foi usado como garantia no novo contrato entre Fomento e Athletico na dívida da reforma do estádio, assim como mensalidades de sócio-torcedor.

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