“Rotulado”: Ex-Paraná, Guilherme Biteco se aposenta aos 31 anos e começa estágio
Revelado pelo Grêmio e com uma passagem importante pelo Paraná Clube, o meia Guilherme Biteco anunciou a aposentadoria dos gramados, aos 31 anos. Nas últimas três temporadas, o jogador estava atuando no futebol de Hong Kong. De acordo com Biteco, questões físicas o fizeram tomar a decisão de pendurar as chuteiras. “Eu resolvi parar porque […]
Revelado pelo Grêmio e com uma passagem importante pelo Paraná Clube, o meia Guilherme Biteco anunciou a aposentadoria dos gramados, aos 31 anos.
Nas últimas três temporadas, o jogador estava atuando no futebol de Hong Kong. De acordo com Biteco, questões físicas o fizeram tomar a decisão de pendurar as chuteiras.
“Eu resolvi parar porque tenho seis procedimentos cirúrgicos. Quatro cirurgias no joelho e duas no tendão de Aquiles”, explicou, em entrevista ao ge.globo.
“Então, já não estava sendo prazeroso para mim, minha saúde e meu mental. Aí resolvi parar. Conversei com algumas pessoas, amigos, olhei algumas entrevistas de ex-jogadores e sentei com a minha esposa, minha filha e minha família e resolvi parar”, continuou.
Após deixar os gramados, o ex-meia canhoto estuda Educação Física e atualmente é estagiário das categorias de base do Grêmio, clube em que foi revelado ao lado do irmão, Matheus Biteco, uma das vítimas do acidente da Chapecoense, em 2016.
“Todo dia estou aprendendo um pouquinho nessa transição. Antes, eu estava ali, sonhando. Hoje eu trabalho com o sonho deles”, analisou Biteco, que trabalha de segunda a sábado no Tricolor Gaúcho e participa da captação de novos talentos.
LEIA TAMBÉM:
- Empresa desiste da SAF e Paraná Clube corre risco de falência
- “Recomeçar do zero”: SAF do Paraná Clube sofre duro golpe
O futuro no esporte, garante Biteco, ainda está em aberto. Ele não descarta sequer voltar a jogar. “Se eu melhorar as dores que tenho no joelho, em dois, três anos, eu queria voltar. Também não fecho essa porta mas, por enquanto, estou em busca de conhecimento”, prosseguiu. 
“Pretendo seguir no futebol, mas não sei o que quero ainda. Estou aqui para conhecer de tudo um pouco e o Grêmio me dá essa liberdade”, reforçou.
Por fim, durante a entrevista, Biteco também traçou um panorama da própria carreira.
“Eu não tive uma carreira brilhante, mas realizei meus sonhos. Joguei no Grêmio, no Vasco, seleções de base. O que infelizmente me marcou foram as lesões. Querendo ou não, marca muito. A gente fica rotulado por se lesionar e, às vezes, não tem culpa. Vou fazer o que com o meu tendão? Isso foi o que mais me marcou”, desabafou.
Revelado pelo Grêmio, Biteco passou pelo Hoffenheim, da Alemanha, e na sequência defendeu Vasco, Santa Cruz, Náutico e Ceará, antes de chegar ao Paraná Clube, em 2017. Naquele ano, ele foi parte importante do elenco que obteve o acesso à Série A e virou xodó da torcida.
Ele ainda teria outras duas passagens pelo Tricolor, entre 2018 e 2020, além de passar por Cascavel, São Caetano, Rio Branco, Barra-SC, São José-RS e, por fim, terminar a carreira em Hong Kong.
