'Tentaram dar um golpe de dentro para fora', diz Tebet sobre ocupação da oposição no Congresso
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (12) que a ocupação dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, realizada pela oposição na semana passada, foi uma tentativa de golpe “de dentro para fora”. “O que eu vi na semana passada não é só lamentável. O Congresso Nacional se apequenou. E mais do que isso, uma tentativa de golpe de dentro para fora", disse Tebet. Hugo Motta retoma controle da Mesa Diretora da Câmara após ocupação de deputados da oposição Reuters/Mateus Banomi A ministra, que também é senadora, prosseguiu: "O que eu nunca imaginei poder viver, alguém querer trancar as portas do Congresso Nacional. Porque o plenário do Congresso Nacional é o pulmão, é o coração, por onde nós exercemos a nossa democracia". Deputados e senadores de oposição ocuparam a Mesa Diretora – local de onde o presidente comanda as sessões legislativas – dos plenários das duas casas na semana passada. “Muitos jovens hoje vivem e não sabem o que é um golpe. O golpe não é mais um golpe que se faz com armas. Um golpe hoje se faz fragilizando as instituições. Depois desse episódio da semana passada para mim, o 8 de janeiro não acabou”, completou a ministra. Tebet afirmou ainda que atualmente a tentativa de golpe não é mais feita com armas, "um golpe hoje se faz fragilizando as instituições". "Não é um golpe onde vai paralisar as instituições, mas é um golpe onde quer se enfraquecer as instituições para se colocar pautas específicas de interesses muito específicos que não necessariamente são do interesse do povo brasileiro", completou a ministra. Corregedor da Câmara vai analisar denúncias contra ocupação do plenário A oposição ao governo anunciou obstrução dos trabalhos no Congresso Nacional devido à prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira (4). Senadores e deputados tentaram impor a discussão de projetos considerados prioritários para o grupo: São eles: perdão a condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023; fim do foro privilegiado; e impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. Anistia fica para depois Na manhã desta terça (12), o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), se reuniu com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e afirmou ter um acordo com outros líderes partidários para votar nesta semana a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado para autoridades no caso de crimes comuns. Segundo Sóstenes, com o acordo que diz ter feito líderes, a análise do projeto que anistia condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro ficaria para depois da votação da PEC do fim do foro.


A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (12) que a ocupação dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, realizada pela oposição na semana passada, foi uma tentativa de golpe “de dentro para fora”. “O que eu vi na semana passada não é só lamentável. O Congresso Nacional se apequenou. E mais do que isso, uma tentativa de golpe de dentro para fora", disse Tebet. Hugo Motta retoma controle da Mesa Diretora da Câmara após ocupação de deputados da oposição Reuters/Mateus Banomi A ministra, que também é senadora, prosseguiu: "O que eu nunca imaginei poder viver, alguém querer trancar as portas do Congresso Nacional. Porque o plenário do Congresso Nacional é o pulmão, é o coração, por onde nós exercemos a nossa democracia". Deputados e senadores de oposição ocuparam a Mesa Diretora – local de onde o presidente comanda as sessões legislativas – dos plenários das duas casas na semana passada. “Muitos jovens hoje vivem e não sabem o que é um golpe. O golpe não é mais um golpe que se faz com armas. Um golpe hoje se faz fragilizando as instituições. Depois desse episódio da semana passada para mim, o 8 de janeiro não acabou”, completou a ministra. Tebet afirmou ainda que atualmente a tentativa de golpe não é mais feita com armas, "um golpe hoje se faz fragilizando as instituições". "Não é um golpe onde vai paralisar as instituições, mas é um golpe onde quer se enfraquecer as instituições para se colocar pautas específicas de interesses muito específicos que não necessariamente são do interesse do povo brasileiro", completou a ministra. Corregedor da Câmara vai analisar denúncias contra ocupação do plenário A oposição ao governo anunciou obstrução dos trabalhos no Congresso Nacional devido à prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira (4). Senadores e deputados tentaram impor a discussão de projetos considerados prioritários para o grupo: São eles: perdão a condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023; fim do foro privilegiado; e impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. Anistia fica para depois Na manhã desta terça (12), o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), se reuniu com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e afirmou ter um acordo com outros líderes partidários para votar nesta semana a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado para autoridades no caso de crimes comuns. Segundo Sóstenes, com o acordo que diz ter feito líderes, a análise do projeto que anistia condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro ficaria para depois da votação da PEC do fim do foro.