UFC 317: Campeão há dois anos, Pantoja tenta entender desvalorização no ranking

No próximo sábado (28), Alexandre Pantoja sobe no octógono do UFC 317 para defender seu cinturão peso-mosca pela quarta vez; agora contra o quarto colocado Kai Kara-France. E mesmo já tendo praticamente varrido a categoria, o brasileiro ainda não está nem perto do top 5 do ranking geral do Ultimate; na frente dele tem nomes […]

Jun 25, 2025 - 15:00
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UFC 317: Campeão há dois anos, Pantoja tenta entender desvalorização no ranking

No próximo sábado (28), Alexandre Pantoja sobe no octógono do UFC 317 para defender seu cinturão peso-mosca pela quarta vez; agora contra o quarto colocado Kai Kara-France.

E mesmo já tendo praticamente varrido a categoria, o brasileiro ainda não está nem perto do top 5 do ranking geral do Ultimate; na frente dele tem nomes que ainda nem fizeram a primeira defesa de título.

“Eu ainda não entendo qual é o critério. Já tentei imaginar que talvez fosse sequência de lutas, finalização por uma luta de cinturão… Mas eu finalizei na minha última luta e não subi muito. Talvez seja a questão do peso, da categoria”, disse ele, em entrevista exclusiva ao UmDois Esportes.

Pantoja se tornou campeão dos moscas no meio de 2023; isso faz dele o segundo campeão mais antigo do UFC, atrás apenas de Islam Makhachev —que no momento, nem é mais campeão, já que deixou o título vago para subir de categoria. E depois do russo, o fluminense também é o atual campeão com mais defesas de cinturão.

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Nomes como Magomed Ankalaev, Jack Della Maddalena e Alexander Volkanovski passaram o brasileiro assim que se tornaram campeões —o australiano já havia sido dono do título de sua categoria anos atrás, mas perdeu duas lutas antes de reconquistá-lo, enquanto Pantoja tem uma sequência de sete vitórias.

Já Ilia Topuria e Merab Dvalishvili fizeram uma e duas defesas de cinturão, respectivamente, e mesmo assim estão no topo do ranking geral. E assim como Makhachev, o espanhol não detém mais o título de campeão, pois também deixou o cinturão vago para subir de categoria.

Alexandre Pantoja no UFC 301. Foto: Icon sport
Alexandre Pantoja no UFC 301. Foto: Icon sport

A questão do peso também não é uma justificativa, já que Dvalishvili, campeão peso-galo —uma categoria acima do mosca— é o segundo colocado, com apenas duas defesas na conta. Mas o critério desconhecido não desanima Pantoja.

“Vou continuar lutando, batalhando pelo meu espaço. Essa parada de ranking parece que é besteira, mas não é. Pro lutador, significa muito. Eu quero ser o melhor lutador do mundo, quero estar no número um. É isso que eu venho buscando”, afirmou.

Pantoja x Kara-France

Antes de a luta ser confirmada, Pantoja já imaginava que seu próximo adversário poderia ser Kai Kara-France; os primeiros colocados já foram derrotados pelo brasileiro.

“Na minha categoria, eu deixei as portas abertas para todo mundo. Já venci o número um e o número dois mais de uma vez. E aí trouxeram o número 10, eu venci. Trouxeram um campeão de outro evento, eu venci. Me agrada muito ver toda essa loucura na divisão, todo mundo acha que vai ser o próximo”, se divertiu Alexandre.

alexandre-pantoja-ufc

O peso-mosca é a categoria mais leve do UFC, mas isso não diminui o mérito dos lutadores da divisão. Por enquanto, o fluminense não pensa em subir para o peso-galo, já que entre os moscas, ainda há nomes bons para enfrentar e de vários lugares do mundo.

“Fico muito feliz de ser o campeão da minha categoria, de representar uma uma categoria tão difícil quanto a minha. Se você olhar os lutadores da minha categoria, vai ver gente de todo lugar do mundo. Tem japonês, russo, americano, mexicano, australiano… Acho que é a categoria mais diversificada do UFC, e isso diz muito”, concluiu Pantoja.

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