Associação de torcedores rebate Athletico por museu virtual
A Associação Nosso Atlético, grupo de torcedores crítico à atual diretoria, rebateu o Athletico com uma contranotificação extrajudicial em defesa do Museu Virtual da História Atleticana. A reação acontece depois do clube ter enviado uma notificação alegando que o clube precisaria autorizar a utilização de “seu nome institucional, nome fantasia, marcas, logotipos, emblemas, hinos, uniformes, cores, […]

A Associação Nosso Atlético, grupo de torcedores crítico à atual diretoria, rebateu o Athletico com uma contranotificação extrajudicial em defesa do Museu Virtual da História Atleticana.
A reação acontece depois do clube ter enviado uma notificação alegando que o clube precisaria autorizar a utilização de “seu nome institucional, nome fantasia, marcas, logotipos, emblemas, hinos, uniformes, cores, mascotes e demais elementos distintivos e de propriedade intelectual que o identificam e o diferenciam no cenário esportivo e cultura”.
O clube se baseia no artigo 87 da Lei Pelé, que diz: “As entidades de prática desportiva têm o direito de propriedade sobre os seus símbolos, denominações e hinos, e de uso exclusivo dos mesmos”.
Contudo, o site é independente do clube, que não possui um museu próprio, e visa contar a história dos 101 anos do Furacão, com destaque para o acervo do historiador Heriberto Ivan Machado, autor de diversos livros sobre o Rubro-Negro.
Na contranotificação, a Associação Nosso Atlético aponta que o projeto está mantido e “será implementado no momento oportuno” com base no artigo 46 da Lei de Direitos Autorais.
“(…) vale dizer aqui que o projeto virtual (…) está sustentado, principalmente, na obra do professor, pesquisador e historiador paranaense HERIBERTO IVAN MACHADO, a qual inclui livros, jornais, cronicas, manifestações de realizadores da história, imagens de televisão, dentre outros. Dos 17 livros que escreveu sobre o futebol e o esporte no âmbito do Paraná, inclusive, está incluido o seu livro dos Cem Anos da História do CAP”, aponta.
“Nascido do ideal e do amor dos Atleticanos pelo CAP, é relevante resaltar que o projeto não tem fins comerciais”, completa.
Lançamento do museu teve críticas a Petraglia

O lançamento do Museu Virtual da História Atleticana ocorreu no último dia 14, no Teatro Cleon Jaques, localizado no Parque São Lourenço. O evento contou com a presença de ex-presidentes do Rubro-Negro, que não esconderam o descontentamento com a atual gestão liderada por Mario Celso Petraglia.
“Este movimento está suprindo uma lacuna que o clube não soube preencher. É lamentável que isso não tenha partido de dentro do clube. O Athletico está sem representatividade. O conselho do clube é omisso e subserviente à vontade de uma única pessoa. Tem que representar a torcida, a história e a tradição do clube”, disse Marcos Coelho, que presidiu o Athletico em 2001.
Valmor Zimermann, que teve dois mandados à frente do clube nos anos 1980, acredita que o projeto une pessoas que querem mudar o Athletico nos próximos anos.
”É o início de um grande projeto, desse pessoal que futuramente deve dirigir o Athletico. Precisamos de gente nova, jovem, que precisa impulsionar o clube a se renovar. O clube completou 100 anos, vai continuar e ninguém é eterno”, afirmou.
Já Ademir Adur, presidente do Athletico em 1997, 1998 e 2000, vê no movimento uma ferramenta de fiscalização do clube e de uma futura SAF.
“Esta associação é o único caminho para que a torcida possa ter uma voz. O clube hoje é uma caixa preta. Eu entendo que a SAF virá de uma forma ou de outra e como nosso Conselho Deliberativo não tem voz, acredito que a associação terá força para fiscalizar a SAF e o clube como um todo, pois logo teremos aqui 20, 30 mil sócios”, ressaltou.