Athletico de Medellín? No Furacão colombiano, troca-se o samba pela cumbia
A moda atual no futebol brasileiro é o jogador colombiano. Como se fosse uma regra, há pelo menos um jogando em (quase) todos os times do Brasileirão. Ninguém mais explora esse mercado do que o Athletico, que conta com sete nomes do país. Seu principal jogador é Kevin Viveros, um modelo raro de atacante que […]
A moda atual no futebol brasileiro é o jogador colombiano. Como se fosse uma regra, há pelo menos um jogando em (quase) todos os times do Brasileirão.
Ninguém mais explora esse mercado do que o Athletico, que conta com sete nomes do país. Seu principal jogador é Kevin Viveros, um modelo raro de atacante que se exige no futebol atual: forte, veloz, lúcido e com bom domínio de bola. Tem o poder de desmontar defesas e fazer gols. Se fosse conceituado pela literatura do passado, Viveros seria um artilheiro nato.
O camisa 9 é a identidade central dos colombianos na Baixada. Mas o ex-jogador do Atlético Nacional já era conhecido, ao contrário de Carlos Terán, que foi uma aposta e pode vir a quebrar a banca. Aos 25 anos de idade, é um zagueiro técnico que entende e sabe jogar o jogo proposto.
Há também os experientes zagueiro Aguirre e atacante Mendoza, além do meio-campista Élan Ricardo, que chegou mal fisicamente e pouco jogou. Quem chegou agora foi o volante Alejandro Garcia, ex-Once Caldas. Também irá desembarcar no CT do Caju o desejado e sonhado volante Juan Portilla, o único deles que, às vezes, é chamado para a Seleção da Colômbia e tem chance de ir à Copa do Mundo. Não será surpresa que ao invés de samba, dance-se a cúmbia para comemorar gols do Furacão.
A pergunta que faço: por que o jogador colombiano tornou-se atrativo para os clubes brasileiros? Com a base técnica comprometida, a revelação contínua e em massa de bons jogadores como no passado, deixou de existir. A consequência foi de um mercado interno inacessível para os próprios clubes brasileiros.
E já não é mais possível afirmar que o nosso jogador tenha a supremacia técnica natural como antigamente. Essa,
tornou-se exceção. A maior prova é que o melhor jogador do Brasileirão, em 2025, foi um uruguaio Giorgian De Arrascaeta, do campeão Flamengo.
No caso do Furacão, há um comprometimento maior da sua política recente. A revelação de jogadores no Caju tornou-se eventual. E já não tem mais as parcerias que lhe proporcionaram ganhos técnicos, títulos e dinheiro com Léo Pereira, Renan Lodi e Bruno Guimarães. Bem por isso, foi empurrado para o mercado sul-americano pelo critério perigoso critério do custo-benefício.


