Corpo de Francisco Cuoco é sepultado em SP
Ator morreu na tarde de quinta-feira (19) em SP. O velório foi aberto ao público, das 7h às 15h. Ele foi sepultado por volta de 17h desta sexta (20). Relembre personagens de Francisco Cuoco Globo O corpo do ator Francisco Cuoco, um dos maiores nomes da televisão brasileira, foi sepultado na tarde desta sexta-feira (20), em São Paulo. Ele morreu na quinta-feira (19), aos 91 anos, de falência múltipla dos órgãos. O velório foi aberto ao público, das 7h às 15h, no Funeral Home, na Rua São Carlos do Pinhal, 376, Bela Vista, região central de São Paulo. Na saída do cortejo para o sepultamento, Cuoco foi homenageado com aplausos. Saída do cortejo fúnebre com o corpo do ator Francisco Cuoco do Funeral Home, no bairro da Bela Vista. RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A cerimônia de sepultamento foi fechada para familiares e amigos. A previsão é que ocorreria às 17h. Com mais de 60 anos de carreira, Cuoco atuou no teatro, cinema e televisão. O ator nasceu em 1933, no Brás, região central de São Paulo. Corpo do ator Francisco Cuoco é velado na manhã desta sexta em São Paulo Fã segura um cartaz e faz homenagem em frente ao local onde o ator Francisco Cuoco está sendo velado no bairro da Bela Vista, na região central da capital paulista. RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Cuoco deixa três filhos - Rodrigo, Diogo e Tatiana - e cinco netos - Lorenzo, Bernardo, Enrico, Maria Luiza e Maria Manuela. Filhos e parentes de Francisco Cuoco participam do velório do ator na Bela Vista, Centro de São Paulo, nesta sexta-feira (20). Edu Araujo/Agnews O ator Fulvio Stefanini esteve presente no velório de Francisco Cuoco. Natalia Rampinelli/ Agnews LEIA MAIS: REPERCUSSÃO: Famosos lamentam: 'um ícone', 'um dos maiores' TRAJETÓRIA: Francisco Cuoco, um dos maiores galãs da TV, teve carreira marcada por protagonistas icônicos FOTOS: Veja os principais personagens da carreira do ator Local onde está sendo velado o corpo do ator Francisco Cuoco, na Bela Vista, Centro de São Paulo. Reprodução/TV Globo Para o filho Diogo Cuoco a simplicidade do pai foi um dos ingredientes que o tornou tão querido e amado por todos. "É difícil entender ou decifrar que faz uma pessoas ter sucesso profissional e ter toda a repercussão que ele teve, mas talvez a humildade, a essência dele, ele não perdeu. De alguma maneira as pessoas sentiam isso." Coroa de Flores enviada pelos netos. Natalia Rampinelli/ Agnews Início na TV Francisco Cuoco em cena de 'O salvador da pátria', de 1989 Bazilio Calazans/Globo Aos 20 anos, ao fazer o vestibular, trocou o Direito pela Escola de Arte Dramática de São Paulo. Quatro anos depois, Cuoco estava formado e fazendo parte do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Em 1959, ingressou no Teatro dos Sete, formado por Gianni Ratto, Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Fernando Torres, Sérgio Britto, Luciana Petruccelli e Alfredo Souto de Almeida. Sem se afastar dos palcos, Cuoco deu os primeiros passos na televisão, no “Grande Teatro Tupi”, programa que exibia peças de teatro adaptadas para a TV. “Interpretamos peças completas. A TV ainda era ao vivo e, lógico, tínhamos que improvisar muito. Foi um aprendizado incrível”, relembrou, em entrevista ao Memória Globo. A primeira novela foi “Marcados pelo Amor” (1964), na TV Record. Em seguida, "Redenção" (1966), na Excelsior, um grande sucesso da época. Em “Legião dos Esquecidos” (1968), da mesma emissora, o ator fez par romântico com a atriz Regina Duarte. Relembre os trabalhos marcantes da carreira de Francisco Cuoco Na Globo, a estreia foi em 1970, na novela "Assim na Terra Como no Céu", de Dias Gomes, interpretando padre Vitor. Ídolo de atores mais jovens, principalmente quando chegou à televisão, Cuoco sempre se preocupou em ajudá-los com a técnica. “É importante que o ator tenha uma percepção que eu chamo de inteligência cênica: o Francisco não faz determinadas coisas na vida real, mas seu personagem faz. Porque, às vezes, se você não tem experiência, faz uma coisa mecânica e sem alma. É importante que os personagens tenham vida própria… Eu prefiro que o personagem sufoque o Francisco”", disse ao Memória Globo. Sua trajetória também foi marcada pela série de protagonistas que a novelista Janete Clair escreveu especialmente para ele. Um sucesso após o outro: o ambicioso Cristiano Vilhena, de "Selva de Pedra" (1972), noivo de Simone Marques (Regina Duarte), foi o primeiro deles. Após interpretar o jornalista Alex, em "O Semideus" (1973), e o aviador garanhão Mário Barroso em "Cuca Legal" (1975), trama de Marcos Rey com direção de Oswaldo Loureiro, Cuoco foi convidado para fazer o carismático taxista Carlão, em "Pecado Capital" (1975), de Janete Clair. “O Carlão tinha essa generosidade, essa coisa de olhar para o semelhante e ver o semelhante, não era um estranho para ele, era um igual. Eu acho que ele tinha a mágica do personagem popular”, disse ao Memória Globo. Na novela, feita a toque de caixa para substituir a primeira versão de "Roque Santeiro", censurada pela


Ator morreu na tarde de quinta-feira (19) em SP. O velório foi aberto ao público, das 7h às 15h. Ele foi sepultado por volta de 17h desta sexta (20). Relembre personagens de Francisco Cuoco Globo O corpo do ator Francisco Cuoco, um dos maiores nomes da televisão brasileira, foi sepultado na tarde desta sexta-feira (20), em São Paulo. Ele morreu na quinta-feira (19), aos 91 anos, de falência múltipla dos órgãos. O velório foi aberto ao público, das 7h às 15h, no Funeral Home, na Rua São Carlos do Pinhal, 376, Bela Vista, região central de São Paulo. Na saída do cortejo para o sepultamento, Cuoco foi homenageado com aplausos. Saída do cortejo fúnebre com o corpo do ator Francisco Cuoco do Funeral Home, no bairro da Bela Vista. RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A cerimônia de sepultamento foi fechada para familiares e amigos. A previsão é que ocorreria às 17h. Com mais de 60 anos de carreira, Cuoco atuou no teatro, cinema e televisão. O ator nasceu em 1933, no Brás, região central de São Paulo. Corpo do ator Francisco Cuoco é velado na manhã desta sexta em São Paulo Fã segura um cartaz e faz homenagem em frente ao local onde o ator Francisco Cuoco está sendo velado no bairro da Bela Vista, na região central da capital paulista. RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Cuoco deixa três filhos - Rodrigo, Diogo e Tatiana - e cinco netos - Lorenzo, Bernardo, Enrico, Maria Luiza e Maria Manuela. Filhos e parentes de Francisco Cuoco participam do velório do ator na Bela Vista, Centro de São Paulo, nesta sexta-feira (20). Edu Araujo/Agnews O ator Fulvio Stefanini esteve presente no velório de Francisco Cuoco. Natalia Rampinelli/ Agnews LEIA MAIS: REPERCUSSÃO: Famosos lamentam: 'um ícone', 'um dos maiores' TRAJETÓRIA: Francisco Cuoco, um dos maiores galãs da TV, teve carreira marcada por protagonistas icônicos FOTOS: Veja os principais personagens da carreira do ator Local onde está sendo velado o corpo do ator Francisco Cuoco, na Bela Vista, Centro de São Paulo. Reprodução/TV Globo Para o filho Diogo Cuoco a simplicidade do pai foi um dos ingredientes que o tornou tão querido e amado por todos. "É difícil entender ou decifrar que faz uma pessoas ter sucesso profissional e ter toda a repercussão que ele teve, mas talvez a humildade, a essência dele, ele não perdeu. De alguma maneira as pessoas sentiam isso." Coroa de Flores enviada pelos netos. Natalia Rampinelli/ Agnews Início na TV Francisco Cuoco em cena de 'O salvador da pátria', de 1989 Bazilio Calazans/Globo Aos 20 anos, ao fazer o vestibular, trocou o Direito pela Escola de Arte Dramática de São Paulo. Quatro anos depois, Cuoco estava formado e fazendo parte do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Em 1959, ingressou no Teatro dos Sete, formado por Gianni Ratto, Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Fernando Torres, Sérgio Britto, Luciana Petruccelli e Alfredo Souto de Almeida. Sem se afastar dos palcos, Cuoco deu os primeiros passos na televisão, no “Grande Teatro Tupi”, programa que exibia peças de teatro adaptadas para a TV. “Interpretamos peças completas. A TV ainda era ao vivo e, lógico, tínhamos que improvisar muito. Foi um aprendizado incrível”, relembrou, em entrevista ao Memória Globo. A primeira novela foi “Marcados pelo Amor” (1964), na TV Record. Em seguida, "Redenção" (1966), na Excelsior, um grande sucesso da época. Em “Legião dos Esquecidos” (1968), da mesma emissora, o ator fez par romântico com a atriz Regina Duarte. Relembre os trabalhos marcantes da carreira de Francisco Cuoco Na Globo, a estreia foi em 1970, na novela "Assim na Terra Como no Céu", de Dias Gomes, interpretando padre Vitor. Ídolo de atores mais jovens, principalmente quando chegou à televisão, Cuoco sempre se preocupou em ajudá-los com a técnica. “É importante que o ator tenha uma percepção que eu chamo de inteligência cênica: o Francisco não faz determinadas coisas na vida real, mas seu personagem faz. Porque, às vezes, se você não tem experiência, faz uma coisa mecânica e sem alma. É importante que os personagens tenham vida própria… Eu prefiro que o personagem sufoque o Francisco”", disse ao Memória Globo. Sua trajetória também foi marcada pela série de protagonistas que a novelista Janete Clair escreveu especialmente para ele. Um sucesso após o outro: o ambicioso Cristiano Vilhena, de "Selva de Pedra" (1972), noivo de Simone Marques (Regina Duarte), foi o primeiro deles. Após interpretar o jornalista Alex, em "O Semideus" (1973), e o aviador garanhão Mário Barroso em "Cuca Legal" (1975), trama de Marcos Rey com direção de Oswaldo Loureiro, Cuoco foi convidado para fazer o carismático taxista Carlão, em "Pecado Capital" (1975), de Janete Clair. “O Carlão tinha essa generosidade, essa coisa de olhar para o semelhante e ver o semelhante, não era um estranho para ele, era um igual. Eu acho que ele tinha a mágica do personagem popular”, disse ao Memória Globo. Na novela, feita a toque de caixa para substituir a primeira versão de "Roque Santeiro", censurada pela ditadura militar, ele disputava o amor de Lucinha (Betty Faria) com o empresário Salviano Lisboa (Lima Duarte). Anos depois, no remake de "Pecado Capital", em 1998, o ator assumiu o papel de Salviano. Francisco Cuoco na novela 'Sol nascente', de 2016 João Miguel Júnior/Globo Cuoco ainda trabalhou em “O Outro” (1983), “O Salvador da Pátria” (1989), “Passione” (2010), “Sol Nascente” (2016), “Segundo Sol” (2018), entre outras novelas. Entre o fim dos anos 1990 e o início de 2000, Cuoco dedicou-se ao cinema. Nessa época, participou de filmes como “Traição” (1998), de José Henrique Fonseca e Arthur Fontes, “Gêmeas” (1999), de Andrucha Waddington, “Um Anjo Trapalhão” (2000), de Alexande Boury e Marcelo Travesso, “A Partilha” (2001), de Daniel Filho, e “Cafundó” (2005), de Clóvis Bueno e Paulo Betti. Em 2005, depois de mais de 20 anos de dedicação praticamente exclusiva à TV e aos filmes, ele voltou ao teatro -- o ambiente em que começou sua carreira. Em "Três Homens Baixos", dividiu o palco com Gracindo Jr. e Chico Tenreiro. O último papel de Cuoco na TV foi em 2023 quando fez uma participação na série “No Corre”, do Multishow. Francisco Cuoco teve mais de 60 anos de carreira na TV e no teatro. Reginaldo Teixeira/TV Globo Vida em SP Francisco Cuoco nasceu no bairro do Brás, em São Paulo, em 29 de novembro de 1933. Segundo o Memória Globo, o ator sempre se recordava do terreno baldio em frente ao sobrado onde morava com os pais, Antonieta e Leopoldo, e a irmã, Grácia. Era ali que, vez por outra, um picadeiro surgia diante dos olhos do menino: “Era um universo que me fascinava”. E bastava o circo partir para Francisco atravessar a rua e fazer daquele quintal o seu palco. “Eu encenava uns diálogos engraçados para os vizinhos, tudo imaginação de criança”. Tributo: Francisco Cuoco, 6 de junho Cena de 'O outro', novela de 1987 com Francisco Cuoco Acervo/Globo