De influenciador condenado a juiz afastado: as decisões da Justiça que marcaram 2025 em MT
Carlinhos Maia; Leonardo; Adreson Gomes; Ivan Lúcio Amarante Reprodução Algumas decisões judiciais envolvendo casos registrados em Mato Grosso tiveram repercussão nacional em 2025. Entre os que chamaram atenção estão a condenação do influenciador Carlinhos Maia, a soltura do lobista Andreson Gonçalves, a anulação de um contrato de show do cantor Leonardo e a abertura de processo contra um juiz afastado que pagou R$ 750 mil a um pai de santo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Em maio, o influenciador Carlinhos Maia foi condenado ao pagamento de R$ 200 mil por danos morais a Luiz Antônio dos Santos, por uma piada feita em 2023 sobre uma má formação óssea. Na última semana, o caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a decisão da instância anterior. Na ação, a defesa do influenciador alegou que o valor da indenização seria “exorbitante”. Carlinhos diz que não teve a intenção de ofender o jovem. No mesmo mês, uma decisão judicial movimentou o município de Gaúcha do Norte, que tem cerca de 8,6 mil habitantes. Isso porque a Justiça anulou um contrato firmado entre a prefeitura e o cantor sertanejo Leonardo, por meio da empresa Talismã, ao considerar o valor superfaturado. O show foi realizado em 1º de junho de 2024, durante a 13ª Feira Cultural do município, mesmo após notificação do Ministério Público Estadual (MPE). Com a decisão, a empresa foi obrigada a devolver R$ 300 mil aos cofres públicos, quantia considerada excedente. Segundo levantamento do MPE, a média de valores pagos por entidades públicas em shows contratados em períodos próximos era de R$ 432 mil. Já em julho, a saúde do lobista Andreson Gonçalves ganhou destaque nacional após a divulgação de uma foto em que ele aparece extremamente debilitado. Preso havia oito meses, Andreson perdeu mais de 30 quilos, o que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a conceder prisão domiciliar, atendendo a um pedido da defesa. Investigado por envolvimento em um esquema de venda de sentenças, ele voltou ao sistema prisional em novembro, após novas apurações indicarem que continuava cometendo crimes durante a prisão domiciliar, especialmente lavagem de dinheiro. Com saúde debilitada lobista recebe mudança para prisão domiciliar Reprodução Outro caso de grande repercussão ocorreu em junho, quando o juiz Ivan Lúcio Amarante foi afastado da comarca de Vila Rica, no âmbito da oitava fase da Operação Sisamnes, que apura um esquema de venda de sentenças, com pagamento de propina ao magistrado e a familiares. As investigações têm ligação com o assassinato do advogado, Roberto Zampieri, morto a tiros em frente ao escritório, em Cuiabá, em 2023, crime que revelou um esquema de corrupção judicial com ramificações nacionais. O que chamou a atenção foi que, durante a investigação, a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) identificou que o magistrado recebeu R$ 750 mil da própria esposa, Mara Patrícia Nunes Amarante, por meio de 43 depósitos realizados entre setembro de 2023 e julho de 2024. A defesa alegou que os valores seriam destinados ao “desenvolvimento espiritual e religioso” do juiz, com acompanhamento de um pai de santo. Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça decidiu pela abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Ivan Lúcio Amarante e manteve o afastamento cautelar do magistrado.

Carlinhos Maia; Leonardo; Adreson Gomes; Ivan Lúcio Amarante Reprodução Algumas decisões judiciais envolvendo casos registrados em Mato Grosso tiveram repercussão nacional em 2025. Entre os que chamaram atenção estão a condenação do influenciador Carlinhos Maia, a soltura do lobista Andreson Gonçalves, a anulação de um contrato de show do cantor Leonardo e a abertura de processo contra um juiz afastado que pagou R$ 750 mil a um pai de santo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Em maio, o influenciador Carlinhos Maia foi condenado ao pagamento de R$ 200 mil por danos morais a Luiz Antônio dos Santos, por uma piada feita em 2023 sobre uma má formação óssea. Na última semana, o caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a decisão da instância anterior. Na ação, a defesa do influenciador alegou que o valor da indenização seria “exorbitante”. Carlinhos diz que não teve a intenção de ofender o jovem. No mesmo mês, uma decisão judicial movimentou o município de Gaúcha do Norte, que tem cerca de 8,6 mil habitantes. Isso porque a Justiça anulou um contrato firmado entre a prefeitura e o cantor sertanejo Leonardo, por meio da empresa Talismã, ao considerar o valor superfaturado. O show foi realizado em 1º de junho de 2024, durante a 13ª Feira Cultural do município, mesmo após notificação do Ministério Público Estadual (MPE). Com a decisão, a empresa foi obrigada a devolver R$ 300 mil aos cofres públicos, quantia considerada excedente. Segundo levantamento do MPE, a média de valores pagos por entidades públicas em shows contratados em períodos próximos era de R$ 432 mil. Já em julho, a saúde do lobista Andreson Gonçalves ganhou destaque nacional após a divulgação de uma foto em que ele aparece extremamente debilitado. Preso havia oito meses, Andreson perdeu mais de 30 quilos, o que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a conceder prisão domiciliar, atendendo a um pedido da defesa. Investigado por envolvimento em um esquema de venda de sentenças, ele voltou ao sistema prisional em novembro, após novas apurações indicarem que continuava cometendo crimes durante a prisão domiciliar, especialmente lavagem de dinheiro. Com saúde debilitada lobista recebe mudança para prisão domiciliar Reprodução Outro caso de grande repercussão ocorreu em junho, quando o juiz Ivan Lúcio Amarante foi afastado da comarca de Vila Rica, no âmbito da oitava fase da Operação Sisamnes, que apura um esquema de venda de sentenças, com pagamento de propina ao magistrado e a familiares. As investigações têm ligação com o assassinato do advogado, Roberto Zampieri, morto a tiros em frente ao escritório, em Cuiabá, em 2023, crime que revelou um esquema de corrupção judicial com ramificações nacionais. O que chamou a atenção foi que, durante a investigação, a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) identificou que o magistrado recebeu R$ 750 mil da própria esposa, Mara Patrícia Nunes Amarante, por meio de 43 depósitos realizados entre setembro de 2023 e julho de 2024. A defesa alegou que os valores seriam destinados ao “desenvolvimento espiritual e religioso” do juiz, com acompanhamento de um pai de santo. Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça decidiu pela abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Ivan Lúcio Amarante e manteve o afastamento cautelar do magistrado.

