Do sertão mineiro para o mundo: conheça a história das bonecas de barro que ganharam reconhecimento internacional
Conheça a história das bonecas de barro que ganharam reconhecimento internacional Reprodução/TV Globo O artesanato do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, foi um dos destaques do Globo Repórter desta sexta-feira (18). A reportagem percorreu o coração do Brasil e mostrou como a arte transformou a realidade de uma das regiões historicamente mais pobres do país. Em Santana do Araçuaí, distrito de Ponto dos Volantes (MG), a vida ganhou novos contornos com o barro. Foi ali que nasceu a tradição das bonecas de barro, criadas pelas mãos de Dona Izabel Mendes da Cunha, uma das ceramistas mais importantes do Brasil. Seu legado atravessa gerações e hoje é mantido por filhos, netos, bisnetos e muitos alunos. “Ela não morreu, ela só não está presente aqui no nosso meio, mas ela está presente em todo momento da nossa vida e, graças a Deus, estamos mantendo isso”, diz Glória Maria Andrade, uma das filhas da artesã. Sem saber ler nem escrever, Dona Izabel criou uma linguagem visual única. Suas bonecas, com traços fortes e expressões marcantes, conquistaram o Brasil e o mundo. Em 2004, o talento de Dona Izabel foi reconhecido pela Unesco com o prêmio de artesanato para a América Latina. O reconhecimento internacional valorizou ainda mais a produção cultural do Vale do Jequitinhonha e transformou a vida de inúmeras famílias da região. “Eu vou completar 50 anos e, desde criança, lembro disso. Não tinha água encanada e a água era dos córregos e, com isso, a mortalidade infantil era grande. Com a descoberta da Dona Izabel, a Codevale [Comissão de Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha] fez um acordo junto com as prefeituras para trazer água encanada para Santana do Araçuaí. Ela fez esse fator histórico que mudou a história da população”, disse Alice Ribeiro, ceramista e aluna de Dona Izabel. “Eu sobrevivi do barro e sobrevivo do barro. Nós compramos uma casa, criamos nossos filhos com o barro. Eu digo que é uma riqueza porque você vê a gente passar fome e hoje chegar onde a gente chegou hoje graças a Deus e a ela”, lembra a filha Glória Maria. Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo: Globo Repórter - Brasil do Meio - 18/07/2025 Confira as últimas reportagens do Globo Repórter:


Conheça a história das bonecas de barro que ganharam reconhecimento internacional Reprodução/TV Globo O artesanato do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, foi um dos destaques do Globo Repórter desta sexta-feira (18). A reportagem percorreu o coração do Brasil e mostrou como a arte transformou a realidade de uma das regiões historicamente mais pobres do país. Em Santana do Araçuaí, distrito de Ponto dos Volantes (MG), a vida ganhou novos contornos com o barro. Foi ali que nasceu a tradição das bonecas de barro, criadas pelas mãos de Dona Izabel Mendes da Cunha, uma das ceramistas mais importantes do Brasil. Seu legado atravessa gerações e hoje é mantido por filhos, netos, bisnetos e muitos alunos. “Ela não morreu, ela só não está presente aqui no nosso meio, mas ela está presente em todo momento da nossa vida e, graças a Deus, estamos mantendo isso”, diz Glória Maria Andrade, uma das filhas da artesã. Sem saber ler nem escrever, Dona Izabel criou uma linguagem visual única. Suas bonecas, com traços fortes e expressões marcantes, conquistaram o Brasil e o mundo. Em 2004, o talento de Dona Izabel foi reconhecido pela Unesco com o prêmio de artesanato para a América Latina. O reconhecimento internacional valorizou ainda mais a produção cultural do Vale do Jequitinhonha e transformou a vida de inúmeras famílias da região. “Eu vou completar 50 anos e, desde criança, lembro disso. Não tinha água encanada e a água era dos córregos e, com isso, a mortalidade infantil era grande. Com a descoberta da Dona Izabel, a Codevale [Comissão de Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha] fez um acordo junto com as prefeituras para trazer água encanada para Santana do Araçuaí. Ela fez esse fator histórico que mudou a história da população”, disse Alice Ribeiro, ceramista e aluna de Dona Izabel. “Eu sobrevivi do barro e sobrevivo do barro. Nós compramos uma casa, criamos nossos filhos com o barro. Eu digo que é uma riqueza porque você vê a gente passar fome e hoje chegar onde a gente chegou hoje graças a Deus e a ela”, lembra a filha Glória Maria. Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo: Globo Repórter - Brasil do Meio - 18/07/2025 Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: