Em meio a ataques, Agência de Energia Atômica da ONU alerta para o risco de vazamento em centrais nucleares atingidas no Irã
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos ressaltou que a escalada militar entre Israel e o Irã é profundamente preocupante. Em meio a ataques, Agência de Energia Atômica da ONU alerta para o risco de vazamento em centrais nucleares atingidas no Irã Reprodução/TV Globo A Agência de Energia Atômica da ONU avaliou os danos provocados pelos bombardeios israelenses ao programa nuclear iraniano e fez um alerta. No quarto dia de ataques, o Irã lançou uma nova ameaça no ar: retirar o país do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Parlamentares iranianos estão preparando um projeto de lei para isso, anunciou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã. Ele afirmou que a proposta ainda está em fase de elaboração, mas, destacou que, pela lei local, o governo é obrigado a seguir qualquer decisão do parlamento. O presidente Masoud Pezeshkian, porém, reafirmou que o Irã não pretende desenvolver armas nucleares e citou um decreto religioso do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, que proíbe armas de destruição em massa. Em 1970, o Irã ratificou o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Há 191 países signatários. Apenas Coreia do Norte, Índia, Paquistão e Israel estão de fora. Israel é considerado o único país do Oriente Médio com armas nucleares, mas nunca reconheceu formalmente seu arsenal. O tratado exige que os países que não possuem armas nucleares se comprometam a não desenvolvê-las e estabelece o compromisso com inspeções internacionais. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã acusou a agência da ONU responsável pela verificação por estimular os ataques israelenses. Em junho, um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica destacou que o Irã violou as regras. A agência afirmou que o regime iraniano tem material radiativo não declarado em instalações mantidas em segredo dos inspetores da ONU. E, pela primeira vez em 20 anos, aprovou uma resolução contra o país. O Irã insiste que seu programa é pacífico. Em Genebra, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos ressaltou que a escalada militar entre Israel e o Irã é profundamente preocupante. Em Viena, o chefe da agência de vigilância nuclear das Nações Unidas alertou para os riscos de vazamentos radioativos e pediu contenção. Rafael Grossi fez uma atualização sobre a situação das usinas nucleares iranianas. Disse que a agência não identificou danos à instalação nuclear mais bem protegida do Irã, Fordow, que fica dentro de uma montanha. Informou também que os ataques israelenses danificaram quatro prédios em Isfahan. Sobre o principal complexo nuclear iraniano, Natanz, Grossi disse que, apesar dos danos na parte superior, não há indícios de destruição na parte subterrânea, onde o urânio estaria sendo enriquecido. Ele, no entanto, explicou que a queda de energia pode ter danificado seriamente as centrífugas e fez um alerta: “A escalada militar ameaça vidas, aumenta a probabilidade de vazamentos radioativos com graves consequências para as pessoas e o meio ambiente e atrasa o trabalho indispensável em direção a uma solução diplomática”, concluiu. LEIA TAMBÉM Netanyahu diz que não descarta assassinar aiatolá Khamenei e sugere que matar o líder supremo do Irã acabaria com o conflito Sandra Cohen: Guerra entre Israel e Irã põe em evidência o dilema de Trump Israel ataca TV estatal do Irã durante transmissão ao vivo; Irã fala em 'crime de guerra' Países do G7 pedem desescalada do conflito entre Israel e Irã; Trump não assinou documento conjunto, diz agência Imagens de satélite mostram ANTES E DEPOIS de ataque aéreo de Israel à maior usina nuclear do Irã; VEJA


O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos ressaltou que a escalada militar entre Israel e o Irã é profundamente preocupante. Em meio a ataques, Agência de Energia Atômica da ONU alerta para o risco de vazamento em centrais nucleares atingidas no Irã Reprodução/TV Globo A Agência de Energia Atômica da ONU avaliou os danos provocados pelos bombardeios israelenses ao programa nuclear iraniano e fez um alerta. No quarto dia de ataques, o Irã lançou uma nova ameaça no ar: retirar o país do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Parlamentares iranianos estão preparando um projeto de lei para isso, anunciou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã. Ele afirmou que a proposta ainda está em fase de elaboração, mas, destacou que, pela lei local, o governo é obrigado a seguir qualquer decisão do parlamento. O presidente Masoud Pezeshkian, porém, reafirmou que o Irã não pretende desenvolver armas nucleares e citou um decreto religioso do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, que proíbe armas de destruição em massa. Em 1970, o Irã ratificou o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Há 191 países signatários. Apenas Coreia do Norte, Índia, Paquistão e Israel estão de fora. Israel é considerado o único país do Oriente Médio com armas nucleares, mas nunca reconheceu formalmente seu arsenal. O tratado exige que os países que não possuem armas nucleares se comprometam a não desenvolvê-las e estabelece o compromisso com inspeções internacionais. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã acusou a agência da ONU responsável pela verificação por estimular os ataques israelenses. Em junho, um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica destacou que o Irã violou as regras. A agência afirmou que o regime iraniano tem material radiativo não declarado em instalações mantidas em segredo dos inspetores da ONU. E, pela primeira vez em 20 anos, aprovou uma resolução contra o país. O Irã insiste que seu programa é pacífico. Em Genebra, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos ressaltou que a escalada militar entre Israel e o Irã é profundamente preocupante. Em Viena, o chefe da agência de vigilância nuclear das Nações Unidas alertou para os riscos de vazamentos radioativos e pediu contenção. Rafael Grossi fez uma atualização sobre a situação das usinas nucleares iranianas. Disse que a agência não identificou danos à instalação nuclear mais bem protegida do Irã, Fordow, que fica dentro de uma montanha. Informou também que os ataques israelenses danificaram quatro prédios em Isfahan. Sobre o principal complexo nuclear iraniano, Natanz, Grossi disse que, apesar dos danos na parte superior, não há indícios de destruição na parte subterrânea, onde o urânio estaria sendo enriquecido. Ele, no entanto, explicou que a queda de energia pode ter danificado seriamente as centrífugas e fez um alerta: “A escalada militar ameaça vidas, aumenta a probabilidade de vazamentos radioativos com graves consequências para as pessoas e o meio ambiente e atrasa o trabalho indispensável em direção a uma solução diplomática”, concluiu. LEIA TAMBÉM Netanyahu diz que não descarta assassinar aiatolá Khamenei e sugere que matar o líder supremo do Irã acabaria com o conflito Sandra Cohen: Guerra entre Israel e Irã põe em evidência o dilema de Trump Israel ataca TV estatal do Irã durante transmissão ao vivo; Irã fala em 'crime de guerra' Países do G7 pedem desescalada do conflito entre Israel e Irã; Trump não assinou documento conjunto, diz agência Imagens de satélite mostram ANTES E DEPOIS de ataque aéreo de Israel à maior usina nuclear do Irã; VEJA